Para a UBES, a medida representa um passo importante para a democratização do acesso ao ensino superior
O Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovou em reunião realizada na tarde desta segunda (13), o Programa de Ações Afirmativas que, entre outras coisas, institui a política de cotas na instituição.
O programa valerá para o Processo Seletivo Seriado de 2010. Poderão participar todos os estudantes que cursaram os quatro últimos anos do Ensino Fundamental e todo o Ensino Médio em instituições da rede pública de ensino.
50% das vagas serão destinadas a estudantes de escolas públicas. Desse percentual, 70% serão dedicados aos que se declararem negros, pardos ou índios. Será garantida, também, uma vaga por curso aos portadores de necessidades especiais.
"A conquista da reserva de vagas na UFS é resultado de um longo período de muitas lutas, manifestações e mobilizações dos estudantes. A universidade que aderiu ao Reuni e pretende duplicar o número de vagas, entendeu que não basta aumentá-las, mas é preciso democratizar o acesso a educação, pois vivemos um sistema baseado nos vestibulares desiguais e excludentes e a reserva de vagas vem no sentido de garantir um futuro diferente para os estudantes das escolas públicas de Sergipe", afirmou o diretor de Relações Institucionais da UBES, Thiago Mayworn.
O vice-presidente da entidade no estado, Bruno Rezende, lembra que as vagas para cursos como medicina, odontologia, direito e pedagogia são ocupadas, majoritariamente, por estudantes de escolas particulares. "A medida dará oportunidade para que os filhos da classe trabalhadora tenham a possibilidade de ingressarem na universidade nos cursos que desejam. A relação candidato/vaga terá menos peso na hora de escolher o curso".
A intenção é acompanhar as mais de 30 universidades que já adotam o sistema. O programa tem duração prevista de dez anos. No entanto, nos primeiro cinco anos, após a formatura das primeiras turmas, será feita uma avaliação. Para isso, será montada uma comissão com o objetivo de monitorar o funcionamento, avaliar os resultados e sugerir ajustes e modificações.
"Trata-se de uma conquista histórica para os estudantes de Sergipe. Há 8 anos o movimento social luta pela democratização do acesso ao ensino superior e a aprovação pode ser avaliada como um importante passo nessa direção", resume o presidente do DCE da UFS, Natan Alves.
Fonte: www.une.org.br
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