30 de novembro de 2008

Saramago no Brasil

Saramago: 'Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo'

De passagem no Brasil para inaugurar a exposição A Consistência dos Sonhos e lançar seu mais recente romance, A Viagem do Elefante (Cia das Letras), o escritor português José Saramago mostrou na terça-feira que o pessimismo tomou conta de seus sonhos. Ganhador do prêmio Nobel de literatura em 1998, Saramago falou com jornalistas por mais de uma hora no Consulado de Portugal. A certa altura da conversa, declarou: “Não sou pessimista. O mundo é que é péssimo”.

Para o autor de Ensaio Sobre a Cegueira, não há alternativas políticas, e a esquerda não está organizada. Hábil com as palavras, em vez de responder perguntas, foi Saramago quem elaborava questões. “Nessa longa história da humanidade, em que ponto tomamos uma direção errada que nos levou ao desastre que estamos hoje, do qual somos responsáveis? A literatura pode salvar o mundo? Mas salvar o mundo como? Principalmente depois de tudo o que já se escreveu. Como não conseguimos mudar o rumo de nossas vidas?”
Depois de instaurar a perplexidade, o escritor continuou as provocações, sinalizando que a saída é a transformação individual — para mudarmos a vida, é preciso mudarmos de vida. “Quantos delinqüentes existem no mundo? A violência já atingiu o nível da barbárie. A corrupção chegou a tal ponto que é um problema de linguagem”, afirmou.“A palavra bondade hoje significa qualquer coisa de ridículo. É preciso conquistar, triunfar. Ninguém se arrisca a dizer que seu objetivo é ser bom. Querer se bom em uma época como esta é se apresentar como voluntário para a eliminação. Como chegamos a isso?”, acrescentou Saramago.
A Viagem do Elefante é, entre tudo o que escreveu, a obra em que há mais humor, disse o escritor. “A história pedia isto. Mesmo eu tendo parado de escrever o livro quando fiquei doente, não deixei em nenhum momento que transparecesse na obra que se tratava de um livro de um escritor à beira da morte.”
Saramago lembrou de um tempo em que a literatura brasileira era tão conhecida em Portugal quando à literatura portuguesa. “Agora desapareceu. Não sei por quê. O governo ou as editoras deveriam fazer algo. Mas creio que Portugal está muito bem representado em termos de literatura no Brasil e seria certo reequilibrar isso.”


A Consistência dos Sonhos — exposição que reúne mais de 1.200 documentos de Saramago, entre manuscritos, primeiras edições, agendas, fotos e material audiovisual — foi organizada por Fernando Gómez Aguilera. Após dois anos de pesquisa entre o acervo e acesso a todo o material do escritor, Aguilera selecionou as preciosidades que retratam a vida e o trabalho do escritor.
A mostra será aberta para convidados e fica em cartaz no Instituto Tomie Ohtake até 15 de fevereiro com entrada franca.

5º Marcha dos trabalhadores e trabalhadoras do BRASIL.


No próximo dia 3 de dezembro, mais de 15 mil trabalhadores do país inteiro deverão marchar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para exigir que “os ricos paguem a crise do capitalismo”.


O protesto unitário, organizado pelas centrais sindicais (CTB, CUT, FS, NCST, UGT e CGTB) e que tem o apoio de diversos movimentos sociais, cobrará do presidente Lula que o ônus da grave crise econômica mundial não seja jogado sobre as costas da classe trabalhadora.



Um documento conjunto será entregue ao governo federal contendo as principais reivindicações do sindicalismo.Entre outras medidas para aliviar os efeitos da crise, a marcha reivindicará a redução imediata da taxa de juro e do superávit primário, dois mecanismos da política macroeconômica que entravam o crescimento do país e a geração de emprego e renda.


Também exigirá o controle da remessa de lucros e do fluxo de capitais. Segundo Pascoal Carneiro, dirigente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), o manifesto ainda pleiteará que qualquer recurso público destinado às empresas seja acompanhado de contrapartidas sociais, com destaque para a estabilidade no emprego.


Em defesa do trabalho“Vamos exigir a redução da jornada de trabalho, a ratificação da Convenção 158 da OIT [contra as demissões imotivadas], a adoção de medidas anticíclicas com base nos recursos públicos, com o uso das verbas do FGTS e do FAT em empreendimentos habitacionais, e a continuidade do acordo firmado pelo presidente com as centrais pela valorização do salário mínimo”, explica o secretário-geral da entidade.


A CTB ainda reivindicará a ampliação do prazo de validade do seguro-desemprego e a extensão deste benefício para os assalariados agrícolas.


A marcha, a quinta organizada em conjunto pelas centrais, terá enorme significado. Ocorre num momento de agravamento da crise capitalista, que já começa a ter reflexos no Brasil – com o anúncio de férias coletivas, que sempre prenunciam demissões, e péssimas notícias no campo.


Durante a curta fase expansiva da economia, a burguesia privatizou os lucros; agora, diante da crise, ela pretende socializar os prejuízos. Seguindo o ditado de quem não chora não mama, ela pressiona o governo para abocanhar os recursos públicos. A marcha será o contraponto à pressão do capital. Daí a importância de intensificar, desde já, os preparativos deste protesto unitário.


Do contrário, a crise recairá sobre os trabalhadores e, depois, não adiantará chorar o leite derramado.


Reforçando:

será dia 03/12

em Brasilia!

Encontro em Brasilia prepara a I CNC



Encontro em Brasília prepara a I CNC

Um passo decisivo para a realização da I Conferência Nacional de Comunicação será dado no dia 2 de dezembro de 2008, das 9h às 18h, no plenário 04 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O Encontro Preparatório da Conferência Nacional de Comunicação será realizado pelas Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Direitos Humanos e Minorias e a de Legislação Participativa. Os três colegiados integram, ao lado de organizações da sociedade civil, a Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação, articuladora desta iniciativa.
O Encontro Preparatório tem a finalidade de conhecer propostas dos diversos segmentos da comunicação no Brasil para o calendário, a organização e os temas da Conferência. Será também um espaço de apresentação de propostas de políticas públicas e de elementos para atualizar o marco regulatório da comunicação.
Histórico
No decorrer de 2008, o movimento em prol da I Conferência Nacional de Comunicação construiu uma rede atuante em todo o país, tendo sido formadas várias comissões estaduais. Conferências e seminários estaduais reuniram cerca de 4 mil de participantes em 14 Estados.
As conferências nacionais são uma conquista da democracia brasileira, e têm sido eficientes como fórum amplo de reflexão e formulação de propostas. Desde 2003, 48 conferências nacionais foram realizadas em vários campos de atividade, com uma produção significativa de propostas para o poder público, o setor produtivo e a sociedade civil. Agora é hora de se pactuar a realização da I Conferência Nacional de Comunicação.
O propósito da conferência
A Conferência deverá tratar a comunicação como um direito fundamental, refletindo sobre o papel da comunicação democrática na garantia da liberdade de expressão, da inclusão social, da diversidade cultural e religiosa, da participação social, regionalização da produção e da convergência tecnológica.
Inscrições
As inscrições para participar do evento devem ser feitas em http://www.proconferencia.com.br/
Secretaria da Comissão de Direitos Humanos pelos fones (61) 3216-6570, (61) 3216-6573 ou pelo e-mail: cdh@camara.gov.br.

Vamos respeitar !

Como podes julgar alguém?

Continuas vivo...

Errarás também!

Solidariedade com Santa Catarina

Servidores da UFMT fazem campanha de solidariedade a Santa Catarina

Os técnicos administrativos da UFMT aprovaram ontem, em assembléia geral do Sindicato dos Trabalhadores (Sintuf) a campanha de solidariedade aos desabrigados pelos temporais e desaamentos em Santa Catarina.
O Sindicato se engajará no movimento nacional recebendo roupas, calçados, remédios, alimentos não perecíveis e água na sede da entidade (Campus de Cuiabá), no horário comercial e podem entregar para a galera da UJS em todos os municipios:
Adriana (UFMT / Campus Sinop) : (66) 9626-9985
Grazy (UFMT / Campus Rondonopolis): (66) 9213-9656
Leandro (UFMT / Campus Barra do GArça): (66) 3402-1118
Eveline (UFMT / Campus Cuiabá): (65) 8427-4177
Rogério (Professor de Caceres): (66) 9627-5937
O material arrecadado será encaminhado ao 9º Batalhão de Infantaria (9º BEC), designado pela Defesa Civil de Cuiabá para o recolhimento de donativos.
Mais informações (65) 3615.8292
Eveline - Diretora de MOV. Universitário (UFMT)

NATAL 2008 - ESPALHE ESSA IDÉIA.

Que tal fazer algo diferente, este ano, no Natal?
Que tal ir a uma agência dos Correios e pegar uma das 17 milhões de cartinhas de crianças pobres e ser o Papai ou Mamãe Noel delas?
Há a informação de que tem pedidos inacreditáveis.
Tem criança pedindo um panetone, uma blusa de frio para a avó, uma boneca ..etc.etc!
É só pegar a carta e entregar o presente numa agência do correio até dia 20 de Dezembro.
O próprio correio se encarrega de fazer a entrega.

Pacto pela juventude - O Brasil precisa, a juventude quer!


Proposta assegura aos jovens prioridade em direitos como saúde, alimentação, educação e lazer, entre outros.


O Plenário aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 138/03, do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que acrescenta o jovem entre aqueles aos quais a Constituição assegura prioridade em direitos como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura. A proposta deve ser votada ainda pelo Senado.


A PEC foi aprovada com o voto de 382 deputados na forma do substitutivo da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), relatora na comissão esPECial. "Temos a maior geração jovem de todos os tempos a exigir políticas esPECíficas, inclusivas e diferenciadas. O Brasil é responsável por cerca de 50% dos jovens da América Latina e 80% do Cone Sul", afirmou. A faixa etária considerada na definição de jovem pela comissão esPECial é dos 15 aos 29 anos.


Ela lamentou que a Constituição não tenha ainda um artigo sequer destinado esPECificamente à juventude, embora o País já conte com uma Secretaria Nacional da Juventude e um Conselho Nacional da Juventude.


Prioridade


A criança e o adolescente já constam como prioridade na garantia desses direitos, considerados um dever da família, da sociedade e do Estado, que devem ainda protegê-los da negligência, da discriminação, da exploração, da violência, da crueldade e da opressão.


O jovem é incluído também em dispositivos que tratam da obrigação do Estado de promover programas de assistência integral à saúde e outros destinados a pessoas portadoras de deficiência desse grupo.


Destaques


O texto aprovado no segundo turno exclui alguns pontos, considerados pelos partidos como assuntos a serem tratados pela legislação infraconstitucional.Um deles é a exclusão da prioridade dada às crianças, aos adolescentes e aos jovens portadores do vírus HIV em programas de prevenção e atendimento esPECializado dessa doença.


Os deputados também retiraram do texto a proposta de criação de unidades de referência juvenil, com pessoal esPECializado em jovens, além da implantação de políticas públicas esPECíficas (formação profissional e acesso ao primeiro emprego).


Estatuto da Juventude


Normas legais a serem feitas depois da promulgação da futura emenda deverão prever um estatuto da juventude, para regular os direitos, e um plano nacional da juventude, de periodicidade decenal, para articular as esferas do poder público na execução de políticas públicas

Carta entregue no último dia da Caravana da UNE, saúde, Educação e Cultura


''Carta dos movimentos sociais ao presidente Lula''

''Cumprimentamos o governo federal pela iniciativa de ouvir os movimentos sociais e sindicais, populares, pastorais sociais e entidades que atuamos organizando nosso povo, diante do grave quadro de crise que já se faz sentir, e que - tudo leva a crer - se aprofundará sobre nossa economia, nossa sociedade e em especial sobre o povo brasileiro.

Queremos aproveitar essa oportunidade para manifestar nossas propostas concretas que o governo federal deve tomar para preservar, sobretudo, os interesses do povo, e não apenas das empresas e do lucro do capital.

O conjunto dessas propostas se insere no espírito geral, de que devemos aproveitar a brecha da crise para mudar a política macroeconômica de natureza neoliberal, e ir construindo um novo modelo de desenvolvimento nacional, baseado em outros parâmetros, sobretudo na distribuição de renda, na geração de emprego e no fortalecimento do mercado interno.

Nossa preocupação fundamental é aproveitar para que nessa mudança se logrem medidas concretas que visem melhorar as condições de vida de nosso povo, garantindo os direitos à educação pública, gratuita, democrática e de qualidade em todos níveis, à moradia digna, ao acesso à cultura e às reformas urbana e agrária.

Infelizmente, a maioria do nosso povo não tem acesso a esses direitos básicos. Sabemos que poderosos interesses dos capitalistas locais, das empresas transnacionais e, sobretudo do sistema financeiro, concentra cada vez mais riqueza, renda, e impedem que nosso povo usufrua da riqueza por ele produzida.

Já estamos cansados de tanta dominação capitalista, e agora assistimos às crises financeiras e à ofensiva dos interesses do império que controla as riquezas naturais, minerais, a água, as sementes, o petróleo, a energia e o resultado de nosso trabalho.

Diante disso, queremos apresentar-lhe algumas propostas concretas para que possamos resolver, de fato, os problemas do povo, e impedir que de novo as grandes empresas transnacionais e os bancos transfiram para o povo o custo da crise:

Propostas de articulações internacionais:

1 – Defendemos como resposta à crise o fortalecimento da estratégia de integração regional, que se materializa a partir dos mecanismos como: Mercosul, Unasul e Alba.

2 – Apoiamos medidas como a substituição do dólar nas transações comerciais por moedas locais, como recentemente fizeram Brasil e Argentina, e sugerimos que esta medida deva ser adotada pelo conjunto dos paises da América Latina.

3 – Defendemos a consolidação o mais rápido possível do Banco do Sul, como um agente que promova o desenvolvimento regional e que auxilie o crescimento do mercado interno entre os paises da América Latina e como um mecanismo de controle de nossas reservas, para impedir a especulação dos bancos, do FMI, e dos interesses do capital dos Estados Unidos.

4 – Nós afirmamos que a atual crise econômica e financeira é de responsabilidade dos países centrais e dos organismos dirigidos por eles, como a OMC, o Banco Mundial e o FMI. Defendemos uma nova ordem internacional, que respeite a soberania dos povos e nações.

5 – Pedimos vosso empenho e compromisso pela retirada imediata de todas as forças estrangeiras do Haiti. Nenhum país da América Latina deve ter bases e presença militar estrangeira. Propomos, em seu lugar, a constituição de um fundo internacional solidário para reconstrução econômica e social daquele país. Apresentamos também nossa oposição à reativação da Quarta Frota da Marinha de Guerra dos Estados Unidos em águas da América Latina.


Propostas de politicas internas

1 – Controlar e reduzir imediatamente as taxas de juros.

2 – Impor um rigoroso controle da movimentação do capital financeiro especulativo, instituindo quarentenas e impedindo o livre circular, penalizando com elevados impostos suas ganâncias.

3 – Defendemos que todos os governos devem utilizar as riquezas naturais, da energia, do petróleo, dos minérios, para criar fundos solidários para investir na solução definitiva dos problemas do povo, como direito ao emprego, educação, terra e moradia. Para isso, o governo brasileiro precisa cancelar imediatamente o novo leilão do petróleo, marcado para dia 18 de dezembro.

4 – O governo federal deve revisar a política de manutenção do superávit primário, que é uma velha e desgastada orientação do FMI - um dos responsáveis pela crise econômica internacional. E devemos usar os recursos do superávit primário para fazer volumosos investimentos governamentais, na construção de transporte publico e de moradias populares para a baixa renda, dando assim uma grande valorização à reforma urbana e agrária, incentivando a produção de alimentos pela agricultura familiar e camponesa. É preciso investimentos maciços, na construção de escolas, contratação de professores para universalizar o acesso à educação de nossos jovens, em todos os níveis, em escolas públicas, gratuitas e de qualidade.

5 – Defendemos que o governo estabeleça metas para a abertura de novos postos de empregos, a partir de um amplo programa de incentivo à geração de empregos formais, em especial entre os jovens. Reajustar imediatamente o salário mínimo e os benefícios da previdência social, como principal forma de distribuição de renda entre os mais pobres.

6 – Controlar os preços dos produtos agrícolas pagos aos pequenos agricultores, implantando um massivo programa de garantia de compra de alimentos, através da Conab. Hoje, as empresas transnacionais que controlam o comércio agrícola estão penalizando os agricultores, reduzindo em 30%, em média os preços pagos do leite, do milho, dos suínos e das aves. Mas, no supermercado, o preço continua subindo.

7 – Revogar a Lei Kandir e voltar a ter imposto sobre as exportações de matérias primas agrícolas e minerais, para que a população não seja mais penalizada, para estimular sua exportação.

8 – O governo federal não pode usar dinheiro público para subsidiar e ajudar a salvar os bancos e empresas especuladoras, que sempre ganharam muito dinheiro e agora, na crise querem transferir seu ônus para toda sociedade. Quem sempre defendeu o mercado como seu ''deus-regulador'', agora que assuma as conseqüências dele. Nesse sentido os bancos públicos (BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil) deveriam estar orientados não para socorrer o grande capital e sim para o benefício de todos os povos.

9 – Reduzir a jornada de trabalho, em todo o país e em todos os setores, sem redução de salário, como uma das formas de aumentar as vagas. E penalizar duramente as empresas que estão demitindo.

10 – A mídia permanece concentrada nas mãos de poucos grupos econômicos. Este quadro reforça a difusão de um pensamento único que privilegia o lucro em detrimento das pessoas e exclui a visão dos segmentos sociais e de suas organizações do debate publico. Para reverter esta situação e colocar a mídia a serviço da sociedade, é preciso ampliar o controle da população sobre as concessões de rádio e TV, fortalecer a comunicação pública e garantir condições para o funcionamento das rádios comunitárias, acabando com a repressão sobre elas. Por tudo isso, é urgente que o governo federal convoque a Conferencia Nacional de Comunicação.

11 – Para garantir os territórios e a integridade física e cultural dos povos indígenas e quilombolas como determina a Constituição, o governo federal deve continuar demarcando as terras e efetivando a desintrusão desses territórios em todo o país, sem ceder às crescentes pressões dos setores antiindígenas – tanto políticos, como econômicos. Na luta por seus direitos territoriais, os povos indígenas e quilombolas têm enfrentado a violência e a discriminação cada vez mais forte em todo o país. Chamamos especial atenção, nesse momento, para a urgência de se demarcar as terras tradicionais do povo indígena Guarani Kaiowá que vive no Mato Grosso do Sul. Atualmente, eles estão confinados em ínfímas porções de terra e, principalmente por causa disso, há um alto índice de suicídios entre o povo.

12 – Realizar a auditoria integral da dívida pública para lançar as bases técnicas e jurídicas para a renegociação soberana do seu montante e do seu pagamento, considerando as dívidas histórica, social e ambiental das quais o povo trabalhador é credor.

13 – Defendemos uma reforma política que amplie os espaços de participação do povo nas decisões políticas. Uma reforma não apenas eleitoral, mas que amplie os instrumentos de democracia direta e participativa.

14 – Em tempos de crise, há uma investida predatória sobre os recursos naturais como forma de acumulação fácil e rápida, por isso não podemos aceitar as propostas irresponsáveis de mudanças na legislação ambiental por parte dos representantes do agronegócio, que pretende reduzir as áreas de reservas legais na Amazônia e as áreas de encosta, topo de morros e várzeas no que resta da Mata Atlântica. Propomos a criação de uma política de preservação e recuperação dos biomas brasileiros.

15 – Contra a criminalizacao da pobreza e dos movimentos sociais. Pelo fim da violência e pelo livre direito de manifestação dos que lutam em defesa dos direitos econômicos, sociais e culturais dos povos.

Esperamos que o governo ajude a desencadear um amplo processo de debate na sociedade, em todos os segmentos sociais, para que o povo brasileiro perceba a gravidade da crise, se mobilize e lute por mudanças.

Atenciosamente,

Via Campesina
Assembléia Popular – AP
Coordenação dos Movimentos Sociais – CMS
Grito dos Excluídos Continental
Grito dos Excluídos Brasil
Associação Nacional de Ong’s – Abong
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
Central Única dos Trabalhadores – CUT
União Nacional dos Estudantes – UNE
Marcha Mundial de Mulheres – MMM

Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB
Central de Movimentos Populares – CMP
Associação Brasileira de Imprensa – ABI
Confederação das Associações das Associações de Moradores – Conam
Caritas Brasileira
CNBB/Pastorais Sociais
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Conselho Indigenista Missionário – CIMI
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento das Mulheres Camponesas – MMC
União Brasileira de Mulheres – UBM
Coordenação Nacional de Entidades Negras – Conen
Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD
Movimento Trabalhadores Sem Teto – MTST
União Nacional Moradia Popular – UNMP
Confederação Nacional das Associações de Moradores – Conam
Movimento Nacional de Luta por Moradia – MNLM
Ação Cidadania
Conselho Brasileiro de Solidariedade com Povos que Lutam pela Paz – Cebrapaz
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias – Abraço
Coletivo Brasil de Comunicação – Intervozes
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
Jubileu Sul Brasil
Movimento pela Libertação dos Sem Terras – MLST
União Estudantes Secundaristas – Ubes
União Juventude Socialista – UJS
Evangélicos pela Justiça – EPJ
União nacional de Entidades Negras – Unegro
Federação Estudantes de Agronomia do Brasil – Feab
Pastoral da Juventude do Meio Rural – PJR
Associação dos Estudantes de Engenharia Florestal – Abeef
Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTD
Confederação Nacional Trabalhadores Entidades de Ensino – Contee
Confederação Nacional Trabalhadores da Educação – CNTE
Confederação Nacional do Ramo Químico – CNQ/CUT
Federação Única dos Petroleiros – FUP
Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas – SintaP/CUT
Associação Nacional de Pós-graduandos – ANPG
Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM/CUT
Movimento Camponês Popular – MCP
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – Couab
Conselho Indigenista de Roraima – CIR
Federação Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul
Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
Instituto Nacional Estudos Sócio-econômicos - Inesc

29 de novembro de 2008

UJS MT convoca todas os movimentos para discutir o impunidade dos torturadores

A UJS é uma das entidades que está convocando para o debate sobre o Direito à Memória e à Verdade. O debate tem como principal objetivo exigir a punição dos torturadores da ditadura militar. Também vamos discutir a abertura de todos os arquivos militares, a responsabilização pelos crimes de lesa humanidade e a localização dos corpos dos desaparecidos políticos.
Convocado para se discutir o Direito à Memória e à Verdade onde se colocá mais lenha na fogueira de uma discussão que parece sem fim. Isso porque o governo federal se recusa a tomar uma posição clara. Até aqui, apenas os ministros Paulo Vannuchi e Tarso Genro têm exigido claramente a punição aos torturadores daqueles anos tristes da nossa história. Além deles, só a ministra Dilma Roussef sinalizou com declarações neste mesmo sentido.

O posicionamento da Advocacia Geral da União, através do ministro José Antonio Toffoli, indicando que caberia à União a defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra — um dos principais mandantes das torturas nas masmorras de São Paulo — dividiu de vez o governo e parte da opinião pública. Enquanto isso, o presidente da República não toma nenhuma posição. E o presidente do STF, Gilmar Mendes, não perde a oportunidade para discordar de Vannuchi e Genro.

Entidades ligadas às Forças Armadas, ex-policiais e militares, civis saudosos dos tempos sem democracia também se mobilizam na tentativa de desviar o foco das atenções. Dizem que só pode haver punição aos torturadores se também haver para os que chamam de “terroristas”. Ou, com outra linha de raciocínio, pedem para que se passe uma borracha no passado e se esqueça tudo, como, segundo a interpretação que fazem, definiria a Lei da Anistia.

Já os mais assanhados, na semana passada, inundaram as caixas de mensagens dos órgãos de imprensa com um pretenso fac-símile da ficha da ministra Dilma quando militante de uma organização de esquerda durante aquele período. A ficha atribuía à hoje ministra uma série de atentados, seqüestros e assaltos. Não dedicava, porém nenhuma linha que descrevesse a prisão e as selvagens torturas que ela sofreu no mesmo período. Por mera coincidência, o ataque à ministra ocorreu exatamente na semana em que o presidente Lula reiterava seu apoio à candidatura de Dilma em 2010.

Aos defensores da impunidade dos torturadores, têm se respondido que a tortura é crime de lesa humanidade e, portanto, imprescritível. Também tem sido dito à exaustão que os ditos “terroristas” (e muitos não “terroristas”) foram exterminados da face da terra e os que sobreviveram são exatamente os que podem contar a história das sevícias que sofreram durante aquele regime de terror imposto pelas armas.

Nada tem adiantado. Daí a mobilização da UJS em torno deste debate aqui em Mato Grosso, pois sabemos que diversos torturadores moram aqui e vivem "livremente" por nosso querido estado, sem contar que algumas dessas fazem parte do contexto político da nossa querida capital.
Por isso queremos um debate acerca da LEI DA ANISTIA e para que isso ocorra, precisamos de todas as entidades para ajudar na construção do debate, pois sabemos que será muito importante para o movimento estudantil a abertura dos arquivos e a prisão de todos aqueles que fizeram parte dos crimes de lessa humanidade.
A todos que acham que a boa memória faz bem ao país, mandem um e-mail para ujs-mt@hotmail.com ou tyle.ujsocialismo@hotmail.com e ajudem na construçao desse movimento aqui no estado de Mato Grosso.

DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE

* com informações da CartaCapital

27 de novembro de 2008

Eles querem torna a meia-entrada inteira


Lá vamos nós esperar que o senado tenha a boa vontade de votar à favor dos estudantes...


ESPERAR?!?!


A UJS MT vai estar puxando essa bandeira aqui dentro do estado, para que esse debate seja feito dentro das universidades, escolas, bairros, congregações, igrejas e todos os espaços possíveis, pois a comunidade geral será lesada se isso passar e se tornar lei.


Devemos e Podemos


De acordo com Márvia, na terça-feira (2), haverá novamente a votação na Comissão de Educação e a estratégia é lotar o Plenário da Educação no Senado e procurar os parlamentares para que eles sejam sensíveis à defesa da meia-entrada sem a criação de cotas.


Em outra frente de luta, os estudantes conseguiram a aprovação de uma moção contrária à cota elaborada pelo Conselho Nacional de Juventude: "Se na terça-feira nós perdermos, apresentaremos um requerimento solicitando que o projeto não vá da Comissão de Educação direto para a Câmara, mas sim, que ele seja encaminhado ao Plenário", conclui Márvia.


Hoje a nível latino americano, somente a Federação Estudantil Universitária de Cuba, possui um sistema semelhante de meia-entrada estudantil, concedida mediante a Carteira de Identificação Estudantil emitida e fiscalizada pela própria entidade e por órgãos reguladores do país. Medida que anula a comercialização ilegal do instrumento.


Por isso, pedimos que seja votada a carteira única do estudante, para barrar essa farra de carteira que ocorre hoje e que serve de desculpa para os empresarios e senadores serem à favor da COTA de meia - entrada. Queremos e sabemos que vamos conseguir, à partir de muito debate e luta, a anulação dessa votação que só fere a democracia dos estudantes, pois quem sobrevive de bolsas não conseguiria pagar um show, ir ao teatro ou até a uma exposição de artes plásticas, fazendo com que se crie uma falta de formação cultura.


Lutemos em defesa da meia-entrada estudantil!
Direito conquistado, não pode ser roubado!

Secretaria(s) de Juventude - Uma Contribuição ao Debate


Neste ano comemoramos 20 anos da promulgação da constituição Brasileira, resultante de uma trajetória de lutas da sociedade brasileira por um conjunto de direitos sociais e políticos, como o VOTO aos 16 anos, com o DNA da juventude. Tal conquista é, o símbolo da juventude pela retomada de uma construção democrática interrompida pelo golpe militar de 64. Esta foi uma conquista de uma geração política que resistiu ao período mais duro da ditadura militar.
Mas o neoliberalismo e os oito anos de governo FHC foram cruéis e são sentidos até hoje pela juventude brasileira. Ao falar em educação vemos que apenas 7,2% dos jovens têm acesso ao ensino superior e 40% param de estudar entre 16 e 17 anos, quase metade deles por dificuldades financeiras.

Dados apontam que 72,8% das mortes de jovens não são consideradas fruto de causas naturais. De acordo com o Mapa da Violência 2006, o Brasil aparece como o terceiro país em número de mortes de jovens por homicídios, com taxas de 55,5 para cada 100 mil jovens, só superado por Colômbia e Venezuela.
Os jovens, portanto, compõem o segmento populacional mais vulnerável aos males do Capitalismo, como a violência e a dependência de drogas. A juventude pobre, negra e da periferia sofre hoje, na realidade, um verdadeiro processo de extermínio, derivado de um sistema injusto e excludente. A saída é a participação

Levando em conta todas essas mazelas e também os anseios dos jovens é que hoje em dia se fala tanto em políticas públicas de juventude (PPJ). São diversos temas ligados à nossa realidade – trabalho, educação, esporte, lazer, moradia, segurança, sexualidade, cultura, drogas, meio ambiente, e outros. Como em qualquer política pública, as PPJs também são tema de disputa política e ideológica. Defendemos a ampliação dessa discussão, com garantia de participação de toda a sociedade civil, e principalmente dos movimentos juvenis. Em outras palavras, são os próprios jovens que podem contribuir melhor para a formulação de políticas mais próximas de suas reais necessidades.


Todos os direitos pelos quais lutamos devem ser bandeiras na discussão das PPJs, assim como devemos levar em conta todos os dados da realidade concreta da juventude brasileira. Também é necessário fazer recortes importantes ao se pensar as PPJs, lembrando que existem jovens deficientes, negros, mulheres e homossexuais. Para citar um exemplo, mais de metade das jovens já engravidaram, sendo que 30% delas até os 18 anos. Ou seja, esse recorte tem que ser levado em consideração.

Portanto, criar a(s) Secretaria(s) de Juventude nos Municipíos, é a forma de promover um debate democrático, envolvendo os próprios Jovens, sobre temas que dizem respeito a 50,5 milhões e Brasileiros e Brasileiras entre 15 e 29 anos, visando, sugerir, aprimorar e integrar políticas e programas desenvolvidos pelo poder público, seria, por si só, motivo de grande comemoração. Principalmente se lembrarmos que até em 2005, quando foram criados a Secretaria e o Conselho Nacional de Juventude, a preocupação com políticas específicas para a juventude praticamente inexistia na agenda nacional, muito menos diálogo com os movimentos juvenis. Para nós, no entanto, esse processo participativo se reveste de um sentido muito mais amplo. A(s) Secretaria(s) de Juventude, além de catalisar as legítimas demandas ao poder público, é um espaço voltado para promoção do direito à participação, imprescindível para que outros direitos como a Educação, trabalho, Cultura, Esporte e Lazer sejam assegurados.

Não podemos, usar o argumento de gastos públicos, sem levar em conta a enorme dívida que o Estado Brasileiro acumulou com esta parcela a Juventude.

Novos ventos tem soprado no Brasil e na América Latina. E o frescor desta brisa mudancista de alguma maneira parece estar chegando ao norte do nosso continente. Respirando este ares de esperança, luta e realizações, visando dias melhores pra juventude e para o povo brasileiro é que seguimos nossa caminhada por um Brasil mais justo e soberano. Reafirmar, reencontrar, renovar e reencantar a política, esta é a nossa Bandeira.

Jovem: "Seja realista, peça o Impossivel!"

Pablo Rodrigo Silva
Presidente da União da Juventude Socialista- UJS-MT






A foice e o Martelo


A foice-e-martelo é um símbolo usado para representar o comunismo e os partidos políticos comunistas. O desenho apresenta uma foice sobreposta a um martelo, de forma que pareçam cruzados ou entrelaçados. As duas ferramentas simbolizam, respectivamente, o proletariado industrial e o campesinato — as duas classes cuja aliança é considerada fundamental pelos marxistas-leninistas para o triunfo da revolução socialista.
O emblema é mais conhecido por ter sido incorporado à bandeira vermelha da
União Soviética, bem como a cada uma de suas repúblicas constituintes, junto com a Estrela Vermelha.

Passagem está ameaçada



PRESENTE DE NATAL PARA O USUÁRIO DO COLETIVO.

A tarifa de Cuiabá pode ter um aumento, isso é um absurdo sem lógica, e ainda que vivam em uma democracia, e a maioria da população votaram no Wilson Santos e ele vem com esse papo, de MP que proíbe o aumento da passagem da tarifa até 31/12.

Isso é enganar o povo cuiabano que confiaram nele, e ainda vem disser que não irá aumentar, fica uma pergunta no ar. Será que ele vai aguentar a pressão do empresário do transporte, que foi uns dos doadores de sua campanha.

Povo cuiabano fique esperto, Santos ele não tem nada, somente o nome.
DIGA NÃO AO AUMENTO, E VAMOS BARRAR ESSE AUMENTO, SE NÃO A CATRACA VAMOS PULAR!

25 de novembro de 2008

Meia - Entrada estudantil

Meia-Entrada estudantil: Um direito Ameaçado!
O sistema de meia-entrada estudantil no Brasil existe desde a década de 1930, e representa uma política avançada, pois garante ao estudante o acesso a espaços que fazem parte da formação plena do indivíduo, como: teatros, cinemas, museus, circos e eventos esportivos.

No entanto este direito histórico corre sério perigo. O projeto que está em tramitação no Senado, e que foi aprovado pela comissão de Educação, Cultura e Esporte na manhã desta terça-feira 25 de novembro de 2008, prevê a restrição deste direito a somente 40% de estudantes, em cada sessão dos espetáculos. A justificativa apresentada é de que a quota irá fazer com que o preço dos ingressos aos eventos baixe de preço, e faça com que os eventos possam a ter sala cheia novamente. No entanto, a adoção desta medida toma a contra mão da história, pois não leva em consideração os reais fatores que acarretam a situação que vivemos hoje.

A quantidade de Carteiras falsificadas existentes é na realidade o que eleva o preço dos ingressos. Segundo o Ministro de Cultura Juca Ferreira, em entrevista a Folha On Line no dia 21/11/2008, cerca de 80% das carteiras são falsificadas. E aí mora a questão central. Se falarmos que hoje somente 20% das pessoas que utilizam o direito, são estudantes de fato, encontramos aí fonte do problema. A liberalização da emissão de carteiras criou uma verdadeira máfia em nosso país. Pouco preocupados com o garantia do direito estudantil, estes órgãos vendem carteiras a quem não é estudante. Estes efeitos são medidos após sete anos da aprovação da medida provisória 2208, proposta pelo então Ministro de Educação do Governo Fernando Henrique Cardoso, hoje Deputado Paulo Renato, que regulamentou este o sistema fraudulento que temos hoje.

Constituir um instrumento regulador da emissão de carteiras é a principal atitude a ser tomada para garantir o acesso ao direto. Fazer que somente estudantes, possam aceder ao beneficio. Hoje a nível latino americano, somente a Federação Estudantil Universitária de Cuba, possui um sistema semelhante de meia-entrada estudantil, concedida mediante a Carteira de Identificação Estudantil emitida e fiscalizada pela própria entidade e por órgãos reguladores do país. Medida que anula a comercialização ilegal do instrumento.

Justificar que a fixação de um limite para a compra de ingressos será a solução das fraudes na meia-entrada é um erro, pois com esta medida raiz do problema não é atingida, pelo contrário se cria um novo problema. A proposta representa uma arapuca para os estudantes, pois a falta de um mecanismo de controle de vendas de meia-entrada possibilitará que o segundo ou terceiro estudante que entre na fila para aceder ao seu direito, poderá receber uma negativa, com a resposta de que se esgotaram os ingressos estudantis.

E o que dizer, por exemplo, de eventos esportivos como os jogos de futebol. Este esporte genuinamente brasileiro, que possuí este reconhecimento a nível mundial, justamente por ser muito popular em nosso país. Esporte que apresenta na prática, o valor da coletividade e da mobilização popular. Pois um torcedor ao comprar o ingresso, o faz para prestigiar o espetáculo. Mas também o faz para apoiar o seu time rumo à vitória, junto a seus companheiros presentes no estádio. A verdade é que muitos dos que lotam os estádios são na realidade estudantes, trabalhadores acompanhados de seus filhos que por sua vez são estudantes, e que o fazem com maior freqüência graças ao direito a meia-entrada.
Como está não pode ficar!
Existe um consenso de que a situação atual prejudica a ambas as partes. Hoje meia-entrada para todos é meia-entrada para ninguém. Devido à liberalização da emissão de carteiras e o grande número de falsificações, fez com que os promotores de evento duplicassem o valor dos ingressos, para garantir suas margens de lucro. Os principais penalizados com a situação atual são os estudantes, que estão vendo legalmente seus direitos furtados. No entanto, a duplicação do preço dos ingressos, fez com que o preço da entrada integral se tronasse inacessível às demais parcelas da sociedade. Fruto disso as salas de espetáculos tem cada vez menos gente.

No entanto a saída não deve ser a de limitar o direito estudantil. Se os parlamentares querem ver nosso direito assegurado, ao invés de restringir-lo, comecem fazendo com que somente estudantes possam ter carteira de estudante!

Lutemos em defesa da meia-entrada estudantil!
Direito conquistado, não pode ser roubado!

* por Renan Alencar (Sec. Executivo OCLAE)

Manisfeto contra a criminalização das mulheres que praticam aborto




A UJS - União da Juventude Socialista apoia o manisfesto contra a criminalização do aborto!

Direito à memória e à verdade

Companheiros e Companheiras divulguem este evento e participem conosco do ato.

PELA ABERTURA DOS ARQUIVOS MILITARES
PELA LOCALIZAÇÃO DOS CORPOS DOS DESAPARECIDOS POLÍTICOS PELA RESPONSABILIZAÇÃO DOS CRIMES DE LESA HUMANIDADE

A tortura e desaparecimento de militantes políticos praticados por agentes do estado são crimes de lesa humanidade e portanto imprescritíveis e não passiveis de anistia. Julgar estes crimes praticados durante a ditadura militar 1964-1985 é um passo importante para que a justiça de transição seja feita em nosso país, no sentido de afirmar: Terrorrismo de Estado Nunca Mais!

23 de novembro de 2008

Oscar Niemeyer - O Comunista!


Dois poemas do maior arquiteto do Brasil e um dos maiores comunista do mundo:

Não é o ângulo reto que me atrai
nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a curva livre e sensual,
a curva que encontro nas montanhas
do meu país,
no curso sinuoso dos seus rios,
nas ondas do mar,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o universo,
o universo curvo de Einstein
______________________________

'Sentia-me longe de tudo. De minha família, dos amigos, das montanhas, mares e praias do meu país. Precisava voltar. Certo dia, não sei porquê, esse afastamento me pareceu mais doloroso. E escrevi estes versos, que preguei na parede do nosso escritório:

'Estou longe de tudo
de tudo que gosto,
dessa terra tão linda
que me viu nascer.
Um dia eu me queimo,
meto o pé na estrada,
é aí, no Brasil,
que eu quero viver.
Cada um no seu canto,
cada um no seu tecto,
a brincar com os amigos,
vendo o tempo correr.
Quero olhar as estrelas,
querosentir a vida,
é aí, no Brasil,
que eu quero viver.
Estou puto da vida,
esta gripe não passa,
de ouvir tanta besteira
não me posso conter.
Um dia me queimo,
e largo isto tudo,
é aí, no Brasil,
que eu quero viver.
Isto aqui não me serve,
não me serve de nada,
a decisão está tomada,
ninguém me vai deter.
Que se foda o trabalho,
e este mundo de merda,
é aí, no Brasil,
que eu quero viver.

Oscar Niemeyer

22 de novembro de 2008

16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres


Campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres
25 de novembro a 16 de dezembro- 2008
Há momentos em que sua atitude faz a diferença
Lei Maria da Penha: Comprometa-se!
Basta de Violência Contra a Mulher

Esta história precisa mudar. Crescemos ouvindo as pessoas dizerem que em mulher não se bate nem com uma flor. Mas a realidade tem sido bem diferente. A violência contra a mulher vem ocorrendo sistematicamente, na grande maioria das vezes silenciosa, entre quatro paredes, não importando a que classe social a mulher pertença. Sempre foi motivo de discussão, de reivindicação e de mobilização do movimento feminista no mundo inteiro.

Aqui no Brasil desde sempre as mulheres têm ido às ruas, às portas de tribunais, ao parlamento, ao executivo exigir políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e o fim da impunidade.

Há 23 anos atrás, em 1985, surge em São Paulo a primeira Delegacia de Defesa da Mulher que teve um papel importante em dar visibilidade a violência de gênero e, na seqüência, vieram os centros de referência que prestam às mulheres em situação de violência atendimento com uma equipe multidisciplinar, as casas abrigo para as mulheres e seus filhos quando sofrem violência com risco de vida e mais recentemente, surgem as Redes de Atendimento às mulheres em situação de violência, articulando vários serviços públicos no enfrentamento à violência contra a mulher.

A violência contra a mulher deixou de ser apenas uma questão de segurança pública, passando a ser encarada também como uma questão de saúde pública e de direitos humanos das mulheres. Mais recentemente as mulheres conquistaram a Lei Maria da Penha, através de um processo amplo de debate por este Brasil a fora, que além de tipificar a violência contra a mulher, penaliza o agressor e indica a necessidade da criação de serviços e mecanismos mais eficazes no combate a violência contra a mulher.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Governo Federal lançou o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, que deve ser assumido pelos governos estaduais, desenvolvendo ações articuladas nos três níveis de governamentais, visando reduzir os índices de violência, promover mudanças de comportamento e novos valores, garantindo os direitos das mulheres. As organizações da sociedade civil precisam e devem exercer o controle social, fiscalizando e exigindo as políticas públicas.

A mobilização das mulheres e suas lutas obtiveram conquistas e, através dos tempos, não se calaram frente a assassinatos de mulheres como Eliana de Grammont, Sandra Gomide e tantas outras, levantando bem alto a palavra de ordem “Quem ama não mata, não machuca e não maltrata”, exigindo a punição do agressor e não admitindo a impunidade.

Por que apesar dos avanços ainda somos obrigadas a conviver com assassinatos de mulheres que têm suas vidas ceifadas em nome do amor. Que amor é este que é predominado pelo sentimento de posse, de propriedade, de dominação.

A União Brasileira de Mulheres – UBM é parceira na Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, pois acredita nessa mobilização de cunho educativo e de massa, e luta pela erradicação deste tipo de violência e pela garantia dos direitos humanos.
União Brasileira de Mulheres(UBM-MT)
Por um Mundo de Igualdade contra toda Opressão!
Contatos: Lane Costa (65) 9974-5807
Meire Rose (65) 9606-2830

21 de novembro de 2008

Pega fogo a mobilização para o Coneb e a Bienal da UNE

As aulas estão nas últimas semanas e a mobilização para o Coneb e a Bienal da UNE está pegando fogo.
Em todos os estados os integrantes do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" devem aproveitar esses próximos dias para visitar os Centros Acadêmicos e debater as idéias do movimento para transformar a universidade brasileira.

A galera deve realizar atividades de apresentação da tese para todos os delegados, pois isso, além de comprometer ainda mais o estudante com a atividade, vai garantir que o Coneb cumpra o objetivo de formular as propostas do movimento estudantil para a educação e para o país.
Também é importante casar a mobilização das entidades com a inscrição de trabalhos para a Bienal da UNE, cujo prazo de inscrição termina dia 4 de dezembro.
Abaixo, segue a síntese da tese do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" para o 12º Conselho Nacional de Entidades da UNE.
Visite também o blog do movimento www.vainasceranovidade.blogspot.com/ e envie suas propostas.Para baixar o PDF da tese clique nos links abaixo:

20 de novembro de 2008

Mobilizar para a 5º Marcha da Classe Trabalhadora


Camaradas,

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), estará participando da 5ª Marcha da Classe Trabalhadora, convocada unitariamente pelas centrais sindicais para 3 de dezembro em Brasília, sob a bandeira do “Desenvolvimento com valorização do trabalho”.



Pretendemos sair com um ônibus daqui de Cuiabá. È importante a participaçao de todos e todas neste ato pois, a marcha cresce em importância devido à crise econômica irradiada dos EUA, cujos efeitos no Brasil podem afetar seriamente os direitos e interesses da classe trabalhadora, reduzir o ritmo de crescimento da economia nacional, elevar o nível de desemprego e arrochar os salários.


Constitui, por isto, uma séria ameaça às modestas conquistas sociais obtidas nos governos Lula. Proclamamos que os ricos devem pagar a conta da crise, mas não devemos esperar que isto ocorra espontaneamente.


É preciso lutar para evitar que o ônus recaia sobre os trabalhadores e trabalhadoras. A marcha deve ser um momento alto desta luta. Daí a necessidade de uma grande mobilização. A CTB pretende reunir pelo menos mil militantes em Brasília, com faixas, adesivos, bandeiras e outros materiais próprios.


VAMOS PARTICIPAR... ENTREM EM CONTATO PARA GARANTIR A SUA PARTICIPAÇÃO NESSA IMPORTANTE LUTA.

19 de novembro de 2008

Opinião: Nossa Consciência Negra

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, é feriado em 335 cidades, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
A data, que será tema de diversos eventos pelo país, lembra o dia em que foi assassinado,o líder Francisco Zumbi, do Quilombo dos Palmares, no ano de 1695. Herói e um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão.
Palmares de ontem e hoje
Havia em Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e outros estados cerca de 700 quilombos, 2600 comunidades remanescentes e milhares de insurreições que lutaram contra o jugo dos senhores de escravos, período que o sociólogo Clóvis Moura definiu como modo escravista colonial.
Em 1971, ativistas do Grupo Palmares, do Rio Grande do Sul, chegaram à conclusão de que o dia 20 de novembro tinha sido a data da execução de Zumbi e estabeleceram - na como Dia da Consciência Negra. Em 2003, a lei 10.639, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabeleceu a data como parte do calendário escolar.
Mas, apesar dessa agenda de eventos para celebrar a negritude, a nossa consciência negra é fenômeno novo dentre as várias manias adotadas pelo povo. Hoje é “chique ser black”. É moderno cultivar os valores da “cultura black”, enquanto o fosso social entre brancos e negros ( os pretos e os pardos juntos ) mantém o apartheid brasileiro inalterado.
O mito da democracia racial, por aqui, foi denunciado como mentira pela realidade socialmente perversa e pelos dramáticos indicadores sociais; que compravam que negro no Brasil está associado à miséria e exclusão social.
Por exemplo, somente o IBGE calcula que precisaremos de pelo menos 20 anos de políticas voltadas para as ações afirmativas para colocar brancos e negros em níveis mínimos de igualdade.

Resistência
Portanto, a lembrança de datas como essas têm um viés político muito forte: a resistência venceu a escravidão. Por isso, suas atividades vêm carregadas de tempero emocional. Dessa forma, o Dia da Consciência Negra traz consigo tantas e variadas atividades, como as marchas para aumentar a consciência do pertencimento étnico, os protestos mais raivosos e justos, e as homenagens aos homens e mulheres negros:
  • Zumbi e Dandara, líderes da República de Palmares;
  • Osvaldão, líder da Guerrilha do Araguaia;
  • Machado de Assis, escritor;
  • André Rebouças, engenheiro especialista em engenharia hidráulica-ferroviária e de portos;
  • Chiquinha Gonzaga, compositora, pianista e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil,
  • João Cândido, líder da Revolta da Chibata, entre outros...

... que, de alguma forma, ajudaram na construção da riqueza da nação-continente mais negra fora do continente africano.

E o maior significado desse dia é que longe do ranço contra quem quer que seja, hoje a população negra, ou os 49,8% do povo brasileiro, luta pelo cumprimento do plano de ação assumido na Conferência da ONU Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata em 2001 e pelas propostas da Conferência Nacional de Promoção de Igualdade Racial, organizada em 2005 pelo governo brasileiro.

Além disso, o Movimento Negro quer justiça social aos próprios negros, aos povos de tradição indígena e aos demais grupos que durante a construção dessa nação-continente tiveram seus direitos humanos violados. Ou seja, no século XXI o debate sobre as alternativas para o desenvolvimento sustentável, as soluções para superação dos conflitos étnicos e o combate ao preconceito e às desigualdades sócio-raciais se dão entrelaçadas pelo culto à capacidade de resistência dos povos e pelo clamor por eqüidade.

É inegável a herança africana na culinária, na dança, no ethos do nosso povo, mas é inegável também o atraso com que o Estado brasileiro trata essas questões. Às vezes quando as assumem o faz lentamente e de forma mais para negro ver do que para negro ter justiça e respeito de fato.

* Alexandre Braga é Coordenador de Comunicação da Unegro-MG e da Coordenação Executiva do FOMENE-Fórum Mineiro de Entidades Negras. Email:bragafilosofia@yahoo.com.br

16 de novembro de 2008

"Da UNIDADE vai nascer a NOVIDADE"

"DA UNIDADE VAI NASCER A NOVIDADE"
Tese para o Coneb da UNE


Conforme decisão da Direção Nacional, a diretoria executiva da UJS aprovou, em reunião, o lançamento do movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", que integrará na construção do Coneb da UNE. A proposta de tese do movimento começa a ser disponibilizada pela internet e remetida aos estados nos próximos dias.
A intenção agora é ampliar a mobilização de entidades, que já acontece em todo o Brasil, e debater as propostas com estudantes independentes e potenciais aliados de outras correntes políticas para agregar força ao movimento.

Veja abaixo entrevista com Márcio Cabral, diretor de movimento estudantil universitário da UJS:
Fale um pouco sobre o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" e a mensagem que ele procura passar:

MC: Vamos propor para os estudantes universitários o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade", nome inspirado numa linda música do Gonzaguinha regravada pela Maria Rita. Acho que esse nome tem tudo a ver com a conjuntura política e aponta perspectivas. Veja só: o neoliberalismo vive uma crise gravíssima que tem origem nos EUA. Quem aponta a saída da crise são justamente os países que têm questionado as políticas neoliberais. As nações em desenvolvimento, que não caíram na cantilena de que o mercado se auto-regula.
São esses países que apontam para o desenvolvimento, para o enfrentamento aos especuladores, para a garantia dos direitos sociais, para a geração de empregos, para os investimentos em políticas sociais. Em última análise, a crise mostra que o neoliberalismo fracassou e nós, que o combatemos, vamos vencer, pois a união dessas nações pode trazer a novidade, um mundo novo. E o Brasil e outros países da América Latina estão engajados na construção desse mundo novo.
E qual a correspondência dessa "novidade" para a educação?
MC: Na educação a palavra chave, a novidade é democracia. A democracia no sentido amplo, que abra a universidade aos interesses da nossa nação e do nosso povo. Teremos em 2010 um Conferência Nacional para construir o Plano Nacional de Educação que vai vigorar de 2011 a 2020, portanto é um momento de luta política que pode efetivamente trazer uma nova concepção para a universidade.Por isso, o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" vai chamar os CAs para um grande debate educacional, pautado numa radical ampliação do acesso com garantia de qualidade, com garantia de financiamento público.
Queremos pelo menos 50% de vagas no ensino superior gratuito até 2020, entre vagas em universidades públicas e no ProUni. É preciso também resolver o problema da permanência do estudante, para o que propomos a criação de um Fundo Nacional de Assistência Estudantil.Também queremos democratizar a estrutura acadêmica, reestruturação curricular e do corpo docente. Queremos paridade de representação, instituição do Ciclo Básico e fortalecimento da pesquisa e da extensão. E tem mais. É preciso que se regulamente o ensino privado a partir da concepção de que a educação é serviço público, embora nesse caso em regime de concessão. Mas o princípio é de atender à necessidade pública. Por isso, o ensino deve ter qualidade, não pode ter capital estrangeiro porque é ofensivo à soberania do país. Tem que ter mensalidade justa e tem que haver punição a quem trata a educação como mercadoria, como aconteceu no absurdo caso do SPC da Educação.
Qual a expectativa para o Coneb?
MC: Temos as melhores expectativas. Do ponto de vista político, o movimento estudantil universitário tem demonstrado força, tanto através das ocupações de reitorias na públicas quanto pela maior organização de entidades nas instituições privadas. Além disso, o movimento "Da Unidade Vai Nascer a Novidade" pretende fazer uma ampla aliança, a partir de muito debate de propostas, para lutarmos todos por uma universidade capaz de responder aos anseios da sociedade e do país.
O Coneb também pode ser compreendido como um início de construção do Congresso da UNE. Por isso, nosso movimento vai dialogar com Centro Acadêmicos em todo o Brasil, especialmente os organizados nas maiores universidades e nos centros políticos.
A Música:
O Homem Falou (Gonzaguinha)
Composição: Gonzaguinha

Pode chegar que a festa vai é começar agora
E é prá chegar quem quiser, deixe a tristeza prá lá
E traga o seu coração, sua presença de irmão
Nós precisamos de você nesse cordão
Pode chegar que a casa é grande e é toda nossa
Vamos limpar o salão, para um desfile melhor
Vamos cuidar da harmonia, da nossa evolução
Da unidade vai nascer a nova idade
Da unidade vai nascer a novidade
E é prá chegar sabendo que a gente tem o sol na mão
E o brilho das pessoas é bem maior, irá iluminar nossas manhãs
Vamos levar o samba com união, no pique de uma escola campeã
Não vamos deixar ninguém atrapalhar a nossa passagem
Não vamos deixar ninguém chegar com sacanagem
Vão'bora que a hora é essa e vamos ganhar
Não vamos deixar uns e outros melar
E a festa vai apenas começar

15 de novembro de 2008

igualdade?!?!?




Luana Bonone: Mimetismo e A Jean Cocteau

Luana Bonone, Jornalista e estudante de administração. Diretora de comunicação da UNE. É da direção nacional da União da Juventude Socialista - UJS.
Mimetismo

As ondas insuportavelmente abafadas que embaçam a paisagem
São as mesmas que se entranham em minhas malemolentes víceras
E caracterizam a indiferença deste domingo cinza-tédio
Enquanto abominava o rerato azedo da apatia humana
Uma fração de gesto impetuoso arrebatou minha lucidez
E fez explodir cores em todas as coisas
Cores absolutamente intensas, cores ruidosas
De mim transbordaram sensações igualmente multicores
Mimetizei-me
E gozei a plenitude de me confundir com o mundo
A Jean Cocteau

O impossível não se pede
É feito por nós mesmos
Longe das limitações e medos mundanos
Longe da descrença do mundo em sua própria humanidade

O impossível não é aquilo que ninguém pode realizar
É o que ninguém ousou conquistar
É feito mais de raça que de sonho
Suor e sangue mais que devaneios

O impossível não se sente, não se toca, não se vê
É palavra morta na cabeça dos racionais (os lógicos!)
É sentença de vida a quem deseja mais que o medíocre

O impossível é desafio
E superação não é palavra de indivíduo
(Não tem homem sozinho que possa com aquilo que não se pode)
É trabalho de homem coletivo
É sabedoria de quem já aprendeu com a vida
E concluiu que força e soma são como que uma coisa só

O impossível é bom
As coisas do mundo
E o até o ser humano
Podem ser bons também

Ruim é essa coisa que limita e desune
Essas opressões todas que tornam o impossível tão hermético
E a vida tão cinza

Torturadores tem que ser julgados em praça pública


Faz tempo que estou pra escrever algo sobre essa história de se a anistia vale ou não para torturadores. Acho que isso acontece porque inconscientemente tento escapar de temas onde apresento minhas vísceras aos leitores.


Agora, que há duas posições importantes com as quais concordo e que trazem, a meu ver, algo novo para o debate pelos segmentos que representam, toco no assunto: "Torturador tem que ser punido. Tortura não é crime político, é um crime abominável, que tem que se julgado e punido.


Para isso não há perdão, não tem desculpa. Torturou, tem que pagar". A afirmação foi feita pelo jornalista e escritor, pai do governador do Rio de Janeiro e um dos fundadores do jornal O Pasquim, Sergio Cabral. Espero que o filho dê uma declaração tão forte quanto a do pai e tente demover seu correligionário Nélson Jobim da posição estúpida em que se encontra.


Afora isso, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC colocou na rede uma nota de apoio ao ministro Vannuchi, solicitando a responsabilizaçã o de torturadores "Como Vannuchi, os Metalúrgicos do ABC entendem que tortura é crime de lesa-humanidade, imprescritível e não pode ser objeto da Lei de Anistia.


A legislação não pode ser mal interpretada e usada em benefício de torturadores, muito menos deve impedir o debate público para escancarar nomes e números dessa macabra passagem da história brasileira, justamente para que nunca mais se repita." (...) Como categoria que também entrou para a história do País por enfrentar as perseguições e cassações impostas pelo regime militar, o Sindicato entende a indignação e apóia a ação do ministro Vannuchi contra o parecer emitido pela Advocacia-Geral da União (AGU), que considera perdoados, pela Lei da Anistia (6.683), os crimes de tortura cometidos na ditadura.


O parecer da AGU integra o processo que responsabiliza os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi, e Audir Santos Maciel por morte, tortura e desaparecimento de 64 pessoas durante a ditadura militar. (...)


Estima-se que pelo menos 20 mil pessoas foram torturadas e centenas foram mortas ou estão desaparecidas, em ações que contrariam a Declaração Universal dos Direitos Humanos por atentarem cotra a vida e a liberdade. O Sindicato dos Metalúrgicos entende que tortura é crime de lesa-humanidade, imprescritível e não pode ser objeto da Lei de Anistia.


A legislação não pode ser mal interpretada e usada em benefício de torturadores, muito menos deve impedir o debate público para escancarar nomes e números dessa macabra passagem da história brasileira, justamente para que nunca mais se repita." É hora de intensificar a pressão. Torturador tem que ser julgado em praça pública.


E condenado, se culpado, com todos os requintes legais respeitados. Mas precisa servir de exemplo. Sabem por quê? Porque enquanto esses Ustras da vida continuarem desfilando por aí e sendo defendidos com o nosso dindim, as torturas continuarão sendo praticadas em delegacias e prisões.


A questão é: a tortura ainda é praticada, também porque nunca foi punida.


*blog do Rovai