30 de dezembro de 2008

Bienal de Cultura da UNE divulga os selecionados para a mostra estudantil

Durante a 6ª Bienal de Cultura da UNE acontece a mostra estudantil, um dos motores que giram o movimento cultural protagonizado pela UNE. Foram muitas inscrições de trabalhos vindas de todos os cantos do Brasil e o que de mais importante a coordenação tem pra falar neste momento é que tanto os selecionados como os não selecionados cumpriram o papel de engrossar o caldo e qualificar a 6ª Bienal de Cultura. Valeu mesmo! Desejamos uma boa Bienal a todos e torcemos para que continue essa relação saudável e produtiva entre a UNE e os estudantes do Brasil.
MOSTRA ESTUDANTIL DA 6ª BIENAL DE CULTURA DA UNE
ARTES CÊNICAS: Nenhum de MAto Grosso
ARTES VISUAIS: Nenhum de Mato Grosso
CIÊNCIA E TECNOLOGIA:
Daniela de Freitas Coelho MT
Josemeyre Kenya Carvalho da Silva MT
MÚSICA: Nenhum de Mato Grosso
CINEMA: Nenhum de Mato Grosso
LITERATURA: em processo de seleção
*Por problemas no envio dos Correios, os trabalhos de Rondonópolis e Cuiabá, chegaram na secretaria da 6ª Bienal de Cultura da UNE após a montagem da curadoria. Dessa forma, a seleção para esses casos será divulgada dia 05 de janeiro de 2009.

29 de dezembro de 2008

Presos Colombianos


Asilo politico?!

Asilo para Cesare Battisti?
*Por Rui Martins - correspondente

A comissão encarregada de julgar os pedidos de asilo no Brasil, Conare, decide amanhã (28) quanto ao destino do italiano Cesare Battisti, preso há quase dois anos no Brasil, a pedido da França e da Itália, que querem sua extradição. Battisti é acusado de ter cometido crimes, quando jovem, em nome de um movimento de extrema-esquerda italiano.

Há quase trinta anos, Battisti vive como foragido. Na França, no governo de Mitterrand, tinha encontrado abrigo, pois o presidente socialista francês havia dado refúgio aos italianos envolvidos nas agitações da época da Brigada Vermelha. Durante a campanha eleitoral, o atual presidente francês, com o objetivo de agradar os eleitores de direita, decidiu entregar Battisti à Itália, onde está condenado à prisão perpétua, num julgamento à revelia.

Battisti conseguiu fugir mais uma vez e se escondeu no Brasil, onde foi localizado quando alguém de Paris ia lhe entregar algum dinheiro para sobreviver. Ao mesmo tempo, outra militante daquela época, Marina Petrella, que vivia normalmente na França, foi presa e ia ser extraditada para a Itália.

Entretanto, ao ser separada de sua filha e de sua família para ser enviada à Itália, Marina entrou num processo depressivo e estava perto da morte quando, por intervenção da cunhada do presidente Sarkozi, foi suspensa definitivamente sua extradição para a Itália, onde deveria cumprir prisão perpétua. Cesare Battisti é o último dos italianos que a Itália quer recuperar para deixar apodrecer na prisão.

Além de negar ter praticados crimes de morte, Battisti se tornou escritor no exílio forçado, quando vivia no México, casou, tem duas filhas e sua extradição, por acusações de atos cometidos há trinta nos, não seria um ato de justiça mas de vingança da Itália berlusconiana. Hoje, no Brasil, diversas personalidades que lutaram contra a ditadura fazem parte do governo e seria um absurdo extraditarem alguém que, na juventude, também lutou contra o que acreditava ser um Estado totalitário.

Nada a ver com torturadores do Doi-Codi que massacravam e matavam por profissão ou por sadismo, sem qualquer ideal, senão o desejo de manter uma ditadura militar que havia deposto um governo eleito pelo povo brasileiro. Justiça para os torturadores do Doi-Codi e assassinos do Cenimar, mas asilo político para Cesare Battisti, que não foi nem torturador nem assassino profissional.

É hora de se passar a esponja nos excessos políticos da juventude italiana de há 30 anos. Fernando Gabeira, o senador Suplicy já se pronunciaram em favor do asilo a Cesare Battisti no Brasil, porque se trata de um foragido político e não um autor de crime comum.

O Brasil deve dar a Cesare Battisti o asilo para que possa trazer a esposa e filhas. E iniciar, em terra brasileira, uma outra fase de sua vida, num país de justiça e liberdade

23 de dezembro de 2008

Paralização de transporte público

Reunião define paralisação de funcionários do transporte coletivo em Cuiabá
Justiça impede reajuste em tarifa do transporte coletivo na capital.

A Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (MTU) informou que está tentando um acordo com os trabalhadores do transporte coletivo quanto ao pagamento da segunda parcela do 13º. As empresas estariam em dificuldades financeiras para quitar o pagamento em função da crise econômica mundial.

Todos os anos as empresas recorrem a empréstimos para quitar o benefício. Este ano não está havendo liberação de crédito. Por isso, segundo eles, houve a necessidade de parcelamento.

Na última negociação com o Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região(Stett/CR) foi feita a proposta de parcelamento em três vezes, que foi recusada pela categoria.

A MTU disse em nota que está empenhada em encontrar uma solução rápida junto aos trabalhadores para que a população tenha a garantia do transporte coletivo de Cuiabá.

O sindicato da categoria está reunido com o prefeito Wilson Santos, esta manhã, para definir se haverá paralisação das atividades do transporte coletivo na capital.

Há a possibilidade dos funcionários entrarem em greve ainda hoje se não houver um acordo entre as partes envolvidas. Os representantes do sindicato disseram ainda que o parcelamento não se justifica porque em Várzea Grande os funcionários já receberam todo o 13º salário.

Em Cuiabá, cerca de 1.800 funcionários trabalham nas empresas de transporte coletivo com excessão das empresas de microônibus, onde trabalham outros 300 funcionários.
vamos esperar...se houver...VMS APOIAR a paralização!

21 de dezembro de 2008

Ano Novo...Batalhas antigas!


tecendo

... Tecendo a teia dos pensamentos ...

Esses dias são de Alexis, a raiva da juventude

Uma raiva que quis sair para as ruas e arrastar tudo o que há nelas. E saiu.
No dia 6 de dezembro morre um jovem de 16 anos vítima de uma bala perdida no bairro de Exarchia, em pleno centro de Atenas. O único pecado desse jovem – não lhe deram tempo de ter mais que um pecado -, como o de muitos, milhares e milhões de outros jovens, o pecado que lhe custou a vida, foi o de gritar a dois policiais que passavam por ele e por seus amigos num sábado à noite, algo como: "fora deste bairro seus porcos policiais!"

Seu nome é Alexis, mais um Alexis de um país distante que se chama Grécia.

A notícia corre rápido e chega aos ouvidos de outros jovens como ele. As pessoas se indignam. Não, não está certo. Não é apenas indignação. É um acúmulo de raiva. Uma raiva que quis sair para as ruas e arrastar tudo o que há nelas. E saiu. As pessoas com suas raivas saíram para as ruas e colocaram Atenas, assim como quase todas as cidades deste país, em estado de emergência.

Em sua maioria jovens, com pedras nas mãos e raiva nos corações, saíram para as ruas. E arrastaram tudo. As lixeiras, as calçadas, os prédios, as lojas, os bancos, os carros; arrastaram também as promessas vazias e o presente que os priva delas.

Arrastaram a má educação, a falta de emprego, a inseguranç a do futuro, o presente que nos oprime, o passado que se esqueceu. Arrastaram os símbolos que o sistema lhes oferece para olhar de longe, porque tocá-los lhes custa muito caro. Arrastaram os símbolos que, aliás, nem sequer necessitam. Arrastaram os anúncios luxuosos, espelhos de uma vida encarcerada nas quatro paredes do trabalho, da escola, da universidade, que obedece ordens de gente que suga toda a sua energia em troca de migalhas.

O governo de direita que no momento governa este país passou dos limites de tolerância aprovando leis que eliminam os direitos trabalhistas, o direito à saúde, à educação, à moradia, à própria vida e reprimindo aos que gritam com toda sua força que não deve ser assim.

Nos estão tirando a vida cotidiana e o assassinato de Aléxis foi a gota que quebrou e transbordou o copo da tolerância e do silêncio.

Nada mais será igual aqui para nenhum de nós. O que vivemos esses dias na Grécia é uma revolta juvenil, de meninos, de meninas, de 14 e 15 e 16 e 17 e 18 anos de idade. É uma revolta de jovens que sentiram que suas vidas estão em risco: "já mataram um de nós, quem será o próximo?". E nos estão dando uma lição de vida.

Depois da primeira expressão dessa raiva acumulada, veio a organização espontânea da juventude. Mais de 400 escolas secundárias de todo o país foram ocupadas, assim como muitas universidades e já há uma coordenação das ações de alunos e estudantes.

Todos os dias alunos e alunas da escola secundária chegam até diferentes delegacias, cercam-nas, rodeiam-nas, gritam aos policias, lhes atiram pedras, queimam seus carros, enfrentam-nos diariamente nas ruas, sem pensar nos riscos e nas conseqüências.

Raiva pura e bonita. Os jovens deste país já gritaram seu "já basta!". E pedem para que toda a sociedade esteja do seu lado para, assim como eles e elas, gritar seu "já basta!" e tomar as rédeas de suas vidas. As pessoas nos bairros de Atenas e de outras cidades em alguns casos os escutou.

Em vários bairros foram organizadas ocupações de edifícios municipais e, no geral, há muitas tentativas de, cada vez mais, se organizar e coordenar essas ações. Há protestos generalizados. Barricadas são armadas todas as noites ao redor da universidade politécnica de Atenas e resistem a noite inteira aos policiais.

Os mais reprimidos também encontraram sua oportunidade para expressar sua raiva. Os ciganos que sofrem repressão policial e sua impunidade, os migrantes que, diariamente, são mortos de diferentes maneiras, também saíram para as ruas e agarraram suas pedras como as jovens.

A repressão também se generaliza. Em toda a cidade de Atenas há uma nuvem permanente de gás lacrimogêneo e outros químicos. Os policiais de uniforme verde, os mais truculentos, reprimem, golpeiam, prendem, dão tiros para cima, insultam. E todos que assistem suas ações de perto já não as podem tolerar.

Há quem saia das "cafeterias" onde tomam seus cafés para gritar aos policiais: "fora daqui!". Há quem lhes atire ramos de flores de suas varandas. Há aqueles que quando vêem os policiais agarrando os jovens correm e lhes tiram de suas mãos violentas.

Do outro lado há a propaganda permanente dos meios de comunicação de massa. Repetindo imagens de destruição, falando dos pequenos empresários que perderam tudo, das propriedades de uns coitados, do espírito de natal que uns vândalos estão destruindo, dos ladrões que se aproveitam para roubar as propriedades destruídas.

Mas esses dias têm se desenhado imagens tão bonitas em nossas ruas. E nossos corações se enchem de uma esperança, mesmo que ainda não possamos assimilar o que está acontecendo em nossa sociedade. É chegada a hora de escutar àqueles mais sãos de nosso país: os mais jovens, os mais inocentes que essa semana cresceram muito e rápido, e suas ações se fizeram postura de vida.

Temos que escutá-los e estar junto deles, junto delas, porque o que pedem é o que nós também queremos: nossas vidas tratadas com dignidade e respeito.

Do lado de fora do Congresso do país, uma menina está conversando com um policial em um momento de calma, lhe perguntando por que estão batendo nos meninos e meninas, por que reprimem a ela e a seus companheiros.

O policial pergunta quantos anos ela tem. Ela responde que tem 18 anos. O policial ri e diz que quando ela tiver 40 anos mudará de idéia. E a menina de 18 lhe responde: "quer dizer que quando eu tiver 40 e matarem a um menino de 15, do meu lado, eu vou ficar quieta?".

A conversa acaba aí e a palavra se perde por detrás do som das bombas molotov e do som do cassetete, de novo o mesmo, caindo sobre as costas de outros jovens como ela.

19 de dezembro de 2008

Programação

6ª Bienal de Cultura da UNE e 1ª Trienal Latino americana de Estudantes da Oclae

20 de Janeiro - Terça-feira

09h00 às 18h00: Recepção, credenciamento, alojamento das delegações e Inscrições das oficinas (Colégio Manoel Novais – Canela)

19h00 às 23h00: Abertura da 6ª Bienal da UNE – 30 anos da reconstrução (com Cine Jornal – vídeo – e encenação teatral que revive a história da UNE de Honestino Guimarães aos dias atuais);
Abertura da 1ª Trienal da OCLAE – intervenções pres. UNE e pres. OCLAE
Passeata com ex-presidentes para frente do Teatro Castro Alves
Convidados:
Jacques Wagner, Juca Ferreira (repr. MinC), ex-presidentes da UNE, Lázaro Ramos, MST, CTB, CUT, ANPG, UBES
Trio Elétrico (campo Grande – Praça Castro Alves) – Margareth Menezes e afro-pop + Moraes Moreira

21 de Janeiro – Quarta-feira

09h00 às 12h00: Oficinas e mini-cursos
Artes Visuais
01 - Poéticas da rede: Cláudio Bueno / São Paulo
02 - Pin role: Bianca Portugal / Bahia
03 - Monotipia: Evandro Sybini / Bahia
04 - Iniciação teórico-prática à Crítica Institucional dos Coletivos de Arte na contemporaneidade desse momento atual, ou seja, hoje
Grupo de Interferência Ambiental – GIA / Bahia

Artes Cênicas
01 – Mamulengo: Gil Teixeira / Bahia
02 – Danças Circulares: Patricia Ferraz / Bahia
03 – Palhaço: Palhaço Xuxu (Luís Carlos Vasconcelos) / Paraíba
04 – Dança Afro
Balé Folclórico da Bahia

Literatura
01 – Epigramas: Elieser César / Bahia
02 – Poesia ritmada: James Martins / Bahia
03 – Fanzine: Mauricio Tavares e André Czarnobai / Rio Grande do Sul
04 – Adaptação cinematográfica de romances nacionais

Cinema
01 – Cineclubismo: Hermano Figueiredo
02 – Cinema de animação stop motion: Luciano Dami
03 – Edição de vídeo em software livre: Elielson
04 – Roteiro: Roberto Duarte
05 - Câmera (noções basica p/ amadores, visando novos mídias como youtube e festivais de videos de celular)
Nelson FTC

Música
01 – Percussão corporal: Barbatuques / São Paulo
02 – Vivência Musical Indígena: João José Felix / Paraná
03 – Música e a rede Software Livre – Produção Musical: Marcos di Silva Cristiano Figueiró Prof escola de Música da UFBA
04 – Rumpilezz
Orquestra Rumpilezz

Ciência e Tecnologia
01 - Antropologia da culinária: Lígia Amparo / Bahia
02 - Semiótica
03 – Farmacologia: Farmácia da Terra / Bahia

Oficinas Espaço Cuca: Passeio Público

14h00 às 16h00: Debates Simultâneos / Debates gerais
1) 10 anos de Bienal – Balanço dos avanços e desafios da relação UNE versus Cultura:
Tininha (atriz e prod. cultural, ex-coordenadores do CUCA);
Santini (atual coordenador do CUCA);
Fernanda Montenegro (atriz – Eles não usam Blck Tie);
Sérgio Mamberti (pres. Funart);
Aldo Arantes (ex-pres. da UNE, CPC);
Luis Parras (ccordenador da VI Bineal);
Ricardo Capelli (ex-pres. UNE)

2) Juventude e Políticas Públicas
Beto Cury (Secretário Nacional de Juventude);
Serginho Groisman (Apresentador TV Globo);
Regina Novaes (ex-pre. CNJ);
Alejo Ramirez – OIJ (Argentina);
Manuela D’Ávila (dep. Fed.);
Rodrigo Abel (Superint. Juv. RJ)

3) Hip-Hop como elemento político social
Nação Hip-Hop Brasil;
MH2O;
Lamartina Silva (MHHOB);
Preto Zezé (CUFA)

4) A AL e as relações Sul-Sul – Integração dos povos e desenvolvimento
Paulo Visentini (RI – UFRGS);
Gilberto Marigoni (jornalista),
Min. RI de Cuba,
Samuel Pinheiro Guimarães (Itamaraty),
Gustavo Codas (ASC);

Artes visuais: Espaço da Arte Contemporânea
Xiclet ( RJ),
Grupo de interferência urbana Callajero (SP),
Marilei Fiorelli (BA)

Artes Cênicas: O amador profissional: o que é se profissionalizar no Brasil
Luis Carlos Vasconcelos – Piollin (PB),
Fernando Marinho / SATED (BA)
Literatura: As variedades do português
Américo Venâncio (BA),
Rosa Virgínia Mattos e Silva (BA)
Marcos Bagno (SP)

Cinema: Circulação Cinema Brasileiro: alternativas para distribuição
Ancine / Manoel Rangel,
Mário Diamante (SP),
Claudino de Jesus – Presidente do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC),
Rita Cajaíba ABCV (BA)

Música: Musica e Ritual
Lucas Rehen Antropólogo e Músico da Banda Ponto de Equilíbrio (RJ),
Xavier Vatin – Diretor do Centro de Artes, Humanidade e Letras UFRB (BA),
João José – Professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Ciência e Tecnologia: Josué de Castro
Silvio Tendler (RJ),
Anna Maria de Castro (RJ),
Patrus Anananias (DF),
Luciano Rezende (MG)

17h00: Mostras Convidadas:

Artes visuais: Mostra Cildo Meireles – será composta por obras originais do artistas, vídeos e reproduções em imagens dos trabalhos mais significativos. Compondo a Mostra, jovens artistas, na maioria que acompanharam a trajetória do CUCA nestes 8 anos e que sofrem influência direta do artista, matarão uma exposição de objetos, instalações e novas experiências
Artes Cênicas: Nego Fugido (homenageados) manifestação popular do interior da Bahia, com bases no imaginário afro brasileiro. Audio tur – grupo Bio Neural – teatro experimental de rua, o grupo promove uma imersão na cidade, pode-se saber mais no blog da Bienal, onde tem uma matéria sobre o grupo - (Argentina) (Trienal)

Literatura: café literário é o espaço da mostra, o homenageado é Machado de Assis, além disso, entre 17h e 22h acontecem saraus, lançamentos de livros e mostra de vídeos

Cinema: Homenagem a Nelson Pereira dos Santos, exibição do Filme “Como era gostoso meu francês” TCA 20h do dia 21/01

Música: Shows no Terreiro de Jesus, a partir das 20h00

Ciência e Tecnologia: Homenagem a Josué de Castro, exibição do filme “Josué de Castro, cidadão do mundo” de Silvio Tendler, com participação do diretor e da filha do geógrafo

Espaço Cuca: Passeio Público
PC APAE BA/CIA DE DANÇA OPAXORÔ/”ORQUESTRA DE ATABAQUES (Bahia)
PC GRÃOS DE LUZ E GRIÔ/SHOW FAMÍLIA GRÃOS DE LUZ E GRIÔ
PC PRACATUM/ CORDEL VIRA MUNDO (Teatro Vila Velha)

22 de Janeiro (Quinta-feira)

09h00 às 12h00: Oficinas e mini-cursos
3º Diálogos da Juventude – local a definir (Juremar e Bia Costa)

14h00 às 16h00: Debates Simultâneos / Debates gerais
1) Leis de anistia no Brasil e AL- A questão da Tortura e a abertura dos arquivos das Ditaduras
Baltazar Garsón (juiz);
Tarso Genro (Min. Justiça);
Paulo Vanuchi (Secr. Direitos Humanos);
Cezar Britto (Pres. OAB);
FUA (Argentina)

2) Democratização dos meios de comunicação
Mino Carta (Carta Capital);
Paulo Henrique Amorim (Band, ex-IG);
Franklin Martins (Secom);
Raimundo Pereira (Retrato do Brasil);
Luiz Nassif (Blog do Nassif);
Altamiro Borges (Vermelho);
Intervozes; MST

3) Caravana da UNE saúde, educação e cultura
MS Temporão;
CEBS;
Jairnilson Paim ou Carmen Teixeira ou Leny Prates (UFBa);
Dalat;

4) Reformar a Universidade, para um projeto de integração latino americana
José Renato carvalho (IESALC/)UNESCO,
Dr. Gustavo Garcia de Paredes (UDUAL),
AUGM
M. Sc. Efraín Medin (CSUCA),
UNE,
reitor Amaro Pessoa Lins (ANDIFES),
reitor Hélgio Trindade (UNILA)

5) Ações, Projetos e Programas de Ações Afirmativas
Secr. Esp. De Políticas de Mulheres (SEPM);
Dra. Maria Inês (UNIFEM);
Helena Oliveira (UNICEF);
MEC;
Giovanni Harvey

Artes visuais: Tempo: Memória individual e social
José Rufino (PB),
Virginia Medeiros (BA),
Artes Cênicas: O que é artes cênicas – mapeamento da produção brasileira/latino-americana
Luciene Borges,
Maurício Dantas,
Clara Trigo

Literatura: Literatura Latino Americana: semelhanças, diferenças e a influência do contexto (todos a confirmar)
João Ubaldo Ribeiro (Brasil),
Pedro Juan Gutiérrez (Cuba)
Eduardo Galeano (Uruguai)
Mediador: Antonio Risério

Cinema: O Cinema Brasileiro e o cinema latino-americano
Nelson Pereira dos Santos (RJ),
Silvio Tendler ( RJ),
Erik Rocha (RJ)

Música: Semba, Samba e as Vertentes Originadas
Juliana Ribeiro – Cantora e Pesquisadora,
Riachão – Cantor da Velha Guarda do Samba (BA),
Martinho da Vila

Ciência e Tecnologia: Ciência e Universidade
Ildeu de Castro (RJ),
Lucia Stumpf (SP),
Hugo Valadares (SP),
Naomar Monteiro (BA)

17h00: Mostras Convidadas

Artes Cênicas: Audio tur – grupo Bio Neural – teatro experimental de rua, o grupo promove uma imersão na cidade, pode-se saber mais no blog da Bienal, onde tem uma matéria sobre o grupo - (Argentina) (Trienal)

Cinema: Lançamento da caixa dos filmes de Glauber Rocha, exibição do filme “Pachamama” de Eric Rocha TCA

Espaço Cuca: Passeio Público
SAMBA DE MUSSUCA – PAREIA
PC CASA DO SAMBA DO RECÔNCAVO/SAMBADEIRAS E SAMBADEIROS DO RECÔNCAVO
PC CUCA RJ BANDA PAIDÉGUARÁ
PONTÃO CTO BA (Teatro Vila Velha)

23 de Janeiro – Sexta-feira
09h00 às 12h00: Oficinas e mini-cursos

15h00: Concha Acústica-Conferência no tema “Raízes do Brasil: sentido e formação do poço brasileiro”
Exposição: Chico Buarque
Diálogo Cantado: Tom Zé e Jorge Mautner

17h00: Mostras Convidadas
Artes Cênicas: Companhia do Latão(SP) – A Cartomante (Teatro Castro Alves)
Cinema: Exibição do filme “Rio 40 graus, de Nelson Pereira dos Santos”, espaço de cinema
Espaço Cuca: Passeio Público
A BANDA/PC MUSEU DO HOMEM DO KARIRI
CLÃ NORDESTINO
NAÇÃO HIP-HOP/BATALHA DE MC's
Dia 14 o dia seguinte, peça teatral – Bahia (Teatro Vila Velha)
24 de Janeiro – Sábado
Manhã Livre

14h00 às 16h00: Debates Simultâneos / Debates Gerais
1) O esporte enquanto elemento de integração entre os povos
Orlando Silva (Min. Esportes);
Sócrates;
Fabiana Costa (CEMJ);
Luis Erlanger / Raphael Vandystadt;
Preto Zezé (CUFA);
FEUE do Equador

2) O Indígena nas raízes do Brasil e da AL
Sepir;
Tabajara Ruas;
COIAB

3) A mulher nas raízes do Brasil – sem as mulheres outra América não é possível
Nilcéa Freire (SEPM);
Mary Castro;
Eline Jonas (UBM);
Alessandra Terribili (MMM);
AMB

4) Educação e Cultura: meia-entrada e acesso aos bens culturais
UNE;
UBES

5) Financiamento da Cultura: Mudanças na Lei Rouanet
CUCA

6) O Movimento Social a partir da Cultura / Formação de Redes Culturais
Célio Turino (MinC);
Ivana Bentes (UFRJ);
Rede de Cultura da Bahia;
representante da CMS;
Tetê Catalão

7) Políticas de Promoção da Igualdade Racial: um movimento globalizado
Edson Santos (SEPIR);
Olívia Santana (UNEGRO);
Fund. Cultural Palmares;
OEA;
Valter Altino (Atitude Kilombola)

Artes visuais: Fronteiras
Diana Domingues (RS),
Pasqualino Romano Magnavita (BA),
Ayrson Heráclito (BA)

Artes Cênicas: O uso dos espaços abertos e da dramaturgia épica nas artes cênicas populares
Rafael V. Boas MST

Literatura: Escritores jovens, estreantes e a dificuldade de publicação
André Czarnobai (RS),
Patrick Brock (BA)
Wladimir Casé (RJ)

Cinema: Leis e editais: conhecendo políticas públicas
Solange Lima, presidente da ABD (Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas) (BA),
Silvio Da-Rin, secretário do audiovisual,
Daniel Lisboa, cineasta pela produtora Cavalo do Cão.(BA)

Música: Música Popular na Universidade
Armandinho (BA),
Rowney Scott (BA),
Ricardo Bordini UFBA,
Mart'nália ou Arlindo Cruz (RJ)

Ciência e Tecnologia: Propriedade Intelectual
Antonio Cabral (RJ),
Marco Raupp (SP)

17:00 as 21:00: Reunião Representativa da OCLAE
Mostras Convidadas
Espaço Cuca: Passeio Público
PC CASA DE TAINÃ/TAMBORES DE AÇO DA TAINÃ
PC MARACATU ESTRELA DE OURO
JORGE MAUTNER E NELSON JACOBINA
PC FUNDAÇÃO PIERRE VERGER/”SAMBAS DE ENGENHO” (Teatro Vila Vilha)
PC CRIA POESIA
MOSTRA OLHO NO PONTO DE CURTAS DE PONTOS DE CULTURA

todos os dias no Café literário, com votação de júri popular para os melhores vídeos, os mais votados farão parte de uma coletânia.

Mostra permanente de intervenções urbanas
Pia todo dia – Programa de Interferência Ambiental – CUCA UNE
EIA - SP
POLÍTICA DO IMPOSSÍVEL - SP
PANAMBY - MT
VIVARTE – AC
A CASA - MG
COLETIVO CAMARADAS - CE
PORO - MG
DIMENSSÕES – AP
JOÃO RAMOS – BA
FERNANDO G LOPES – BA
TUTI MINERVINO – BA
LAIS SOLILOQUIO - BA
Espaço Circo – todos os dias
Mostra Estudantil
25 de Janeiro – Domingo
10h00: Ato político da 1ª Trienal da OCLAE : CULTURATA – Caminhada cultural
14h00/14h40: Final da Bienal: Grupo Teatral “Ta na Rua” – Praça Castro Alves –

Espaços Permanentes da Trienal da OCLAE
- Mostra de Homenagem a Darcy Ribeiro (em parceria com a Fundação Darcy Ribeiro e Universidade da República Uruguai)
- Mostra de artes visuais em homenagem aos 50 anos da Revolução Cubana.
- Exposição das instituições, ex: UNESCO, UNILA, AUGM e etc.
- Espaço Latino americano, para as entidades estudantis internacionais.
Mostra de Dança do Equador
Documentário da Colômbia
Documentários da Nicarágua
Mini curso de Cine jornal com ICAIC – Cuba

Te volta pra casa...


Voluntários da UNE trabalham na distribuição de mais de 10 mil cestas de alimentos em SC



Voluntários foram mobilizados para estender a Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura em uma ação de solidariedade aos desabrigados


A equipe de voluntários da UNE, formada por 25 estudantes da área de saúde do Mato Grosso e Goiás, encerrará suas atividades no Parque da Marejada, em Itajaí (SC), no fim desta sexta-feira (19). Os jovens estão acampados na cidade mais atingida pelas fortes chuvas, desde o dia 12, para auxiliar as famílias desabrigadas na distribuição de donativos e também prestar serviço de apoio em postos e clínicas de saúde.


A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, se uniu aos voluntários no primeiro dia de trabalho. "Não poderíamos nos abster de participar dessa força-tarefa, por isso trouxemos toda nossa disposição para ajudar", conta a líder estudantil, lembrando o fato de os estudantes terem sido recebidos no final da tarde de sexta-feira pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, que esteve em Santa Catarina para assinar um documento liberando verba para a reconstrução do Porto de Itajaí.


Os jovens trabalharam no descarregamento e carregamento de caminhões, além de separar e organizar as doações. Foram montadas mais de 10 mil cestas de alimentos, 6 mil cestas de produtos de limpeza e carregados mais de 20 caminhões de leite. Os estudantes de Medicina e Enfermagem atuaram ainda na triagem do pronto-atendimento da Policlínica de São Vicente.


O presidente do Centro Acadêmico de Medicina e aluno do segundo ano da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Diogo de Carvalho, relatou que "esta foi uma experiência fantástica e também não deixa de ser, para nós, um estágio".


"Nós nos revezávamos nos plantões noturnos da Policlínica, sempre com dois estudantes de Medicina e dois de Enfermagem" explicou Ananda Castro, também estudante do segundo ano de medicina da UFMT. "Esse trabalho, apesar de muito cansativo, foi positivo, e contribuiu para a nossa formação, além de mostrar que a força do movimento estudantil também está na ajuda ao próximo", concluiu Ananda.


Para a presidente da União Catarinense dos Estudantes (UCE), Clarissa Peixoto "A UNE junto com a UCE conseguiram realizar um bom trabalho no Estado e ajudaram de fato no que precisava. Os voluntários mostraram que o movimento estudantil, além de lutar pelos diretos da juventude, também tem como princípio o exercício da solidariedade."


Amanhã, às 10:00, chega o avião da FAB com os estudantes de Medicina
Programação do 12º CONEB da UNE
Universidade popular: o desenvolvimento do Brasil passa por aqui

Dia 17 – Sábado

9h – Mesa de Abertura: A crise financeira e o papel do Estado brasileiro no desenvolvimento da nação (Conjuntura e perspectivas para o desenvolvimento nacional)
11h – Intervenção artística com grupo local
12h – Almoço
14h – Conferência 1: A universidade no centro do desenvolvimento da América Latina e do Brasil (A universidade no centro da integração Latino-Americana e do desenvolvimento do Brasil: importância da produção científica e do papel da universidade no desenvolvimento das culturas nacionais )
18h – Atividade Cultural
19h – Jantar
20h – Espaços de Convergência:
1. Encontros de Curso organizados pelas executivas e federações
2. Atividades autogestionárias inscritas pelo site da UNE
22h – Show com bandas locais

Dia 18 - domingo

9h – Conferência 2 - O caminho da democratização da universidade brasileira (Um debate sobre democracia interna, democratização do acesso, dos métodos e das próprias estruturas da universidade e o papel da pesquisa e da extensão)
12h – Almoço
14h - Painéis de Educação:
1. Pesquisa
2. Ensino Profissional e Tecnológico
3. Extensão Universitária
4. A ameaça da desnacionalização e os desafios da regulamentação do Ensino Privado
5. Estruturação Acadêmica e currículos
6. Democracia e participação na universidade
7. Democratização do acesso
8. Os desafios das universidades estaduais e fundações municipais
9. Políticas de Permanência e Assistência Estudantil, ProUni e FIES
10. Avaliação e a luta pela qualidade
11. Fundações Privadas
12. Autonomia Universitária
13. Financiamento
14. HU

16h30 – Intervalo
17h - Oficinas e GTs:
1. Democratização da Comunicação
2. CUCA
3. Movimentos Sociais
4. Mov. Mulheres
5. Mov. Negro
6. Meio-ambiente
7. Projeto Rondon
8. Ouvidoria do Estudante
9. MME
10. Inclusão Digital e Software Livre
11. Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia
12. Petróleo
13. A Amazônia como espaço de integração na AL (Lançamento da campanha da UNE em defesa do desenvolvimento sustentável e soberano da Amazônia – “Preservar sem entregar”)
14. 20 anos do SUS: conquistas e desafios
19h00 – Jantar

20h – GTs de ME:
1. GT de Comunicação
2. GT de Financiamento do ME
3. GT de Representação Discente
4. Encontro dos estudantes beneficiários do ProUni e do FIES
5. GT de Esporte
6. GT de Cultura
7. GT de organização do ME
8. GT de universidades pagas
9. GT de universidades federais
10. GT de universidades estaduais e municipais

22h - Atividade Cultural: bandas locais
Dia 19 - Segunda
9h - INÍCIO DA PLENÁRIA FINAL
tese 1: Contraponto
tese 3: Kizomba
tese 4: Mudança

17 de dezembro de 2008

UNE e OAB usam 40 anos do AI-5 para cobrar abertura dos arquivos da ditadura



Os 40 anos da edição do AI-5 (ato institucional que endureceu a ditadura militar brasileira) reacenderam a discussão sobre a abertura dos arquivos do regime (1964-1985) e as punições aos militares que torturaram presos políticos nesse período. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a UNE (União Nacional dos Estudantes) defendem que o governo federal torne públicos os arquivos da ditadura como forma de esclarecer à sociedade detalhes do que ocorreu durante o regime militar.

"Eu já afirmei que não podemos confundir anistia com amnésia. Nós temos de saber o que aconteceu durante a ditadura militar. Se não soubermos, erros serão repetidos, como já foi dito. Mas o mais grave: a história poderá ser contada de forma diferente, de modo que os vencedores passarão a ser vencidos e os heróis passarão a ser vilões", disse o presidente da OAB, Cezar Britto.

A OAB já ingressou com ações no STM (Superior Tribunal Militar) para que o órgão investigue as suspeitas de destruição de parte dos arquivos da ditadura. A entidade também solicita que a tortura seja reconhecida como crime de "lesa humanidade", imprescritível pela legislação brasileira.

"O Estado brasileiro tem o dever de punir aquele que torturou; é hora da ação, é hora de mostrarmos no agir que não compactuamos com a ditadura, ousando contar a história, ousando, na prática, dizer que eles não venceram", afirmou Britto.

A presidente da UNE, Lucia Stumpf, lembrou os 40 anos da edição do AI-5 com o pedido para que o Estado repare os seus "erros" abrindo os arquivos da ditadura e punindo os torturadores do regime militar.

"Temos que punir os torturadores e abrir os arquivos da ditadura. Só com isso poderemos avançar rumo a essa democracia plena", disse.

Stumpf afirmou que o resgate da memória sobre a edição do AI-5 deve servir de fortalecimento ao regime democrático brasileiro. "O Congresso precisa seguir dando demonstrações de sua autoridade para consolidar poderes da sociedade brasileira. Temos que fazer do dia de hoje, mais do que o resgate da memória, fortalecer a democracia plena no país, que só vamos alcançar superando esse período negro", afirmou.

Polêmica

O impasse sobre a punição aos torturadores da ditadura militar ganhou força este ano depois que integrantes do governo divergiram publicamente sobre mudanças na Lei de Anistia. A discussão sobre a prescrição dos crimes de tortura cometidos durante o regime colocou em posições opostas os ministros Tarso Genro (Justiça), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli.

Enquanto Tarso e Vannuchi consideram que os torturadores do período da ditadura militar não devem ser beneficiados pela prescrição dos crimes, a AGU elaborou parecer informando que atos de tortura cometidos no regime militar foram perdoados pela Lei da Anistia. A AGU chegou a elaborar parecer com sua posição, mas decidiu revisar o texto depois da polêmica provocada no governo.

Em relação à abertura dos arquivos da ditadura, o governo adiou para janeiro o lançamento do programa Memória Viva --que dará acesso público aos arquivos do período militar.

A Casa Civil afirma que, embora esteja tudo pronto para que os arquivos possam ser disponibilizados, a proximidade com o fim do ano e o período de recesso atrapalharia uma maior divulgação do tema.

* por: GABRIELA GUERREIRO (da Folha Online, em Brasília)

12 de dezembro de 2008




TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO


'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'






'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'





Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social. Plínio Delphino, Diário de São Paulo. O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.




Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiucomprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.




Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: 'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, podesignificar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica opesquisador.




O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz. Apesar do castigo do sol forte, do trabalho pesado e das humilhações diárias, segundo o psicólogo, são acolhedores com quem os enxerga. E encontram no silêncio a defesa contra quem os ignora.




Diário - Como é que você teve essa idéia?




Fernando Braga da Costa - Meu orientador desde a graduação, o professor José Moura Gonçalves Filho, sugeriu aos alunos, como uma das provas de avaliação, que a gente se engajasse numa tarefa proletária. Uma forma de atividade profissional que não exigisse qualificação técnica nem acadêmica. Então, basicamente, profissões das classes pobres.




Com que objetivo?




A função do meu mestrado era compreender e analisar a condição de trabalho deles (os garis), e a maneira como eles estão inseridos na cena pública. Ou seja, estudar a condição moral e psicológica a qual eles estão sujeitos dentro da sociedade. Outro nível de investigação, que vai ser priorizado agora no doutorado, é analisar e verificar as barreiras e as aberturas que se operam no encontro do psicólogo social com os garis.




Que barreiras são essas, que aberturas são essas, e como se dá a aproximação? Quando você começou a trabalhar, os garis notaram que se tratava de um estudante fazendo pesquisa?




Eu vesti um uniforme que era todo vermelho, boné, camisa e tal. Chegando lá eu tinha a expectativa de me apresentar como novo funcionário, recém-contratado pela USP pra varrer rua com eles. Mas os garis sacaram logo, entretanto nada me disseram. Existe uma coisa típica dos garis: são pessoas vindas do Nordeste, negros ou mulatos em geral. Eu sou branquelo, mas isso talvez não seja o diferencial, porque muitos garis ali são brancos também. Você tem uma série defatores que são ainda mais determinantes, como a maneira de falarmos, o modo de a gente olhar ou de posicionar o nosso corpo, a maneira como gesticulamos. Os garis conseguem definir essa diferenças com algumas frases que são simplesmente formidáveis.




Dê um exemplo.




Nós estávamos varrendo e, em determinado momento, comecei a papear com um dos garis. De repente, ele viu um sujeito de 35 ou 40 anos de idade, subindo a rua a pé, muito bem arrumado com uma pastinha de couro na mão. O sujeito passou pela gente e não nos cumprimentou, o que é comum nessas situações. O gari, sem se referir claramente ao homem que acabara de passar, virou-se pra mim e começou a falar: 'É Fernando, quando o sujeito vem andando você logo sabe se o cabra é do dinheiro ou não. Porque peão anda macio, quase não faz barulho. Já o pessoal da outra classe você só ouve o toc-toc dos passos. E quando a gente estáesperando o trem logo percebe também: o peão fica todo encolhidinho olhando pra baixo. Eles não. Ficam com olhar só por cima de toda a peãozada, segurando a pastinha na mão'.




Quanto tempo depois eles falaram sobre essa percepção de que você eradiferente?




Isso não precisou nem ser comentado, porque os fatos no primeiro dia de trabalho já deixaram muito claro que eles sabiam que eu não era um gari. Fui tratado de uma forma completamente diferente. Os garis são carregados na caçamba da caminhonete junto com as ferramentas. É como se eles fossem ferramentas também. Eles não deixaram eu viajar na caçamba, quiseram que eu fosse na cabine. Tive de insistir muito para poder viajar com eles na caçamba. Chegando no lugar de trabalho, continuaram me tratando diferente. As vassouras eram todas muito velhas. A única vassoura nova já estava reservada para mim. Não me deixaram usar a pá e a enxada, porque era um serviço mais pesado. Eles fizeram questão de que eu trabalhasse só com a vassoura e, mesmo assim, num lugar mais limpinho, e isso tudo foi dando a dimensão de que os garis sabiam que eu não tinha a mesma origem socioeconômica deles.




Quer dizer que eles se diminuíram com a sua presença?




Não foi uma questão de se menosprezar, mas sim de me proteger.




Eles testaram você?




No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.




O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?




Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.




E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?




Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.




E quando você volta para casa, para seu mundo real?




Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.



*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida! Respeito: passe adiante!

Voluntários

Caravana da UNE leva voluntários a Santa Catarina

A União Nacional dos Estudantes (UNE), solidária à população de Santa Catarina, vítima das fortes chuvas que atingiram o Estado, envia nesta sexta-feira (12) uma extensão da Caravana da Saúde da UNE, composta por um grupo de 30 estudantes-voluntá rios. A presidente da entidade, Lúcia Stumpf, acompanhará os caravaneiros, para ajudar no recebimento e distribuição de donativos e na limpeza da cidade de Itajaí, a mais atingida pelas enchentes e desabamentos. O ato deve começar pela manhã.

Os voluntários, a maioria estudantes da área da Saúde, ficarão trabalhando na Marejada, em Itajaí, durante uma semana. Os jovens serão recebidos pelo prefeito da cidade, Volnei Morastoni, em um ato público marcado para as 9 horas.

A iniciativa atende a um pedido feito pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de encerramento da Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura, no dia 27 de novembro, em Brasília.

Na ocasião, Lula solicitou que a expedição voltasse a Santa Catarina. "O presidente pediu que nossa Caravana pudesse ir ao Estado para atender as pessoas vítimas das chuvas. Vamos levar o mesmo espírito solidário que tivemos durante a Caravana e trabalhar muito para ajudar o povo catarinense", afirma Lúcia.

Durante os 109 dias em que a Caravana percorreu todos os Estados brasileiros, foram visitadas mais de 30 universidades, onde os estudantes promoveram ações de saúde, como testes rápidos de HIV, doação de sangue e vacinação contra rubéola. A iniciativa teve o apoio do Ministério da Saúde.
Lembrando:
São 16 alunos de Mato Grosso que estão em SC...4 da UNIC e 12 da UFMT

11 de dezembro de 2008

Informe CUCA-CU

Cuiabá agora tem um Centro Universitário de Cultura e Arte



Estudantes de diversos cursos da UFMT fundaram na última quinta-feira, 9, o CUCA Cuiabá. O grupo pretende reunir artistas e produtores culturais da universidade para criar projetos conjuntos e suprir demandas no fomento à produção universitária, nos eventos culturais e na ocupação de espaços da instituição.


Com núcleos formados pelos segmentos artisticos (audiovisual, artes cênicas, artes visuais, literatura e música) e um núcleo gestor que cuida da sistematização das ações e da difusão de conteúdos. O grupo é regido pelo princípio da autonomia e da liberdade de criação.


Na próxima quinta-feira (dia 11) o grupo volta a se reunir para traçar um calendário de ações. A reunião acontece no Cafil (Centro Acadêmico de Filosofia) às 17h e é aberta a todos que quiserem participar.

Cafil realiza primeira Semana Filosófica e SofiaLouca de Lua Cheia

A nova gestão do CA de Filosofia mal assumiu o posto e já organiza sua primeira ação: convida os alunos a participarem da Semana Filosófica e da Sofia Louca, evento que encerra as atividades do curso em 2009.

Música, artes plásticas, cinema e debate fazem parte da festa que tem os sons de Lu Bonfim, Raizera, Vênus de Milo, Dj KL Gibran de Casa Blanca, além de uma exposição fotográfica de Bia Saturnino e uma mostra das telas de Julho Vila, a Sofia Louca ainda tem debate sobre os filmes Waking Life e Koyaanisoatsi.

Tudo isso acontece na sexta-feira (dia 12) de lua cheia, partir das 18h30 na ADUFMAT. A entrada é franca e todo mundo te espera lá.

O evento rola com o apoio do CUCA Cuiabá. :)

CUCA na rede

O núcleo de comunicação do CUCA já está ativa. Além desse informativo que chega às vossas mãos, o CUCA tem um blog novinho, um flickr para o arquivo de fotos e está criando suporte para ajudar eventos e projetos se desenvolverem.

Acesse a gente, vamos sempre falar de cultura, arte e do que está rolando na cultura cuiabana. Aqui, jovem!

10 de dezembro de 2008

Informes do COngresso da Unemat


Galera,
Está rolando o Congresso da UNEMAT, com diversos seguimentos participantes, onde os estudantes estão fazendo história dentro da isntituição.
Há muito tempo vem se discutindo acerca das cotas dentro da instituição, das paridades de colegiados e escolha de reitor, sobre assistência estudantil, e agora vemos o resultado de tanta discussão e luta desses estudantes.
Foi aprovado ontem diversas lutas encampadas pelos estudantes, como:
  1. A paridade nos seus conselhos deliberativos;
  2. A criação de uma pró-reitoria de assistência estudantil
  3. Descentralização da administração
  4. Eleição direta da reitoria passou de universal para paritária

Agora Vamos espalhar essa noticia e encampar ainda mais essa LUTA dentro das IFES!

8 de dezembro de 2008

Nasceu o CUCA Cuyabá




Estudantes da UFMT fundam Centro Universitário de Cultura e Arte - CUCA

Estudantes de diversos cursos da UFMT fundaram no dia 04/12 o CUCA Cuiabá, Centro Universitário de Cultura e Arte. Em reunião aberta no Centro Cultural, o grupo discutiu a necessidade de ter um projeto conjunto que reunisse artistas e produtores culturais universitários afim de promover a qualificação da produção artística e a ocupação dos espaços da universidade que se aproximem das ações extensionistas e da comunidade.


O CUCA funcionará como um guarda-chuva que dará suporte e criará estruturas para que os projetos de seus núcleos, divididos em: Artes Cênicas, Artes Visuais, Audiovisual, Música e Literatura possam se desenvolver.



Na reunião, os núcleos começaram a levantar suas demandas para que nos próximos dias o grupo apresente um calendário de ações e eventos que incluirá a Semana do Calouro 2009/1, a Bienal de Cultura da UNE e diversas mostras artísticas.


Participaram da fundação estudantes dos cursos de Ciências Sociais, Geografia, Pedagogia, Medicina Veterinária, Letras, Arquitetura, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, História, Filosofia e Física, além de estudantes do Ensino Médio do CEFET e da Escola Nilo Povoas, representantes do Movimento Panamby, da União dos Jovens Socialistas, da Escola Modelo de Arquitetura e Urbanismo, dos grupos de teatro Cena 11 e Confraria dos Atores e do Nucleo de Produção Audiovisual Próxima Cena.


Nacional


O CUCA surgiu inicialmente da UNE (União Nacional dos Estudantes) em 2004 e resgata a história cultural do movimento estudantil. Ele funciona como instrumento de valorização da produção cultural nacional no interior das universidades e da necessidade de se criar um mecanismo para mantê-la articulada. Hoje, existem 11 CUCA's pelo país que trabalham pela criação de um circuito de circulação que conecte-se essas ações.


O CUCA desligou-se da UNE e passou a ser uma entidade regida pelo principio da autonomia. Vale lembrar que não é necessária a filiação a nenhum partido, grupo ou Centro Acadêmico para fazer parte do CUCA, já que este é um espaço de construção coletiva e não de disputas políticas.


Próximos Passos


A próxima reunião do CUCA acontece no dia 11 de dezembro às 17 horas, no CA do Curso de Filosofia em meio a programação da Semana Filosófica que acontece no Instituto de Ciências Humanas e Sociais. A pauta é a construção de um calendário de atividades a ser criado a partir da demanda dos núcleos artísticos.

4 de dezembro de 2008

35 mil trabadores em Brasília unidos contra a crise


“Direito não se reduz, se amplia”. Na faixa, uma entre centenas, e na multidão de mais de 35 mil manifestantes, a 5a Marcha da Classe Trabalhadora, que ocorreu nesta quarta-feira (3), em Brasília, demonstrou que tem “reivindicações” e que está unida em torno delas. “Não são seis centrais, é uma só voz”, gritava o orador do alto do carro de som, destacando a união que foi saudada por todos os demais oradores. O evento, que culminou com o ato político, no final da manhã em frente ao Congresso Nacional, deve continuar na agenda das lideranças e na mobilização dos trabalhadores nos estados.


Balões, cartazes, faixas, camisetas, apitos e buzinas deram o tom da manifestação – colorida e com muitas reivindicações, tendo como a principal delas a manutenção do emprego como alternativa para enfrentar a crise financeira internacional. Para os dirigentes das centrais e parlamentares, a principal arma para combater os efeitos da crise econômica é a preservação do emprego, que vai garantir o consumo e o desenvolvimento do País.

Eles destacaram ainda que o dinheiro público que está salvando bancos, indústrias exportadoras e agricultura deve ter como contrapartida a manutenção do nível de emprego nas empresas beneficiadas.

A cada cartaz e faixa correspondia um discurso. Os dirigentes sindicais defenderam a redução da jornada de trabalho, que sofreu um revés na votação prevista para esta quarta-feira (3), na Comissão de Trabalho da Câmara; e a ratificação da Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aprovada na votação desta quarta na mesma comissão. A Convenção 151 trata das relações de trabalho no serviço público.

Emprego, emprego, emprego”

Outra tônica dos discursos foi a redução das taxas de juros. O presidente da CTB, Wagner Gomes, o primeiro a falar no ato político, promoveu uma votação – vitoriosa – pela demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meireles. Segundo Gomes, o presidente do BC é responsável pela política de juros altos que impede o crescimento econômico do País e pode agravar os efeitos da crise econômica.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, foi um dos últimos a falar aos manifestantes, que já se dispersavam entre os gramados e calçadas. “Emprego, emprego, emprego”, gritou, chamando atenção das pessoas que, após quatro horas de manifestação, aproveitavam o resto do tempo tirando fotos, comendo pequenos lanches vendidos pelos ambulantes e aplacando o cansaço sentando ou deitando na grama.

Artur Henrique renovou o discurso de todos os que o antecederam, defendendo uma alteração na política macroeconômica do País, com a diminuição das taxas de juros. E fez um balanço da manifestação, destacando que o grande número de manifestantes demonstra a união e a força do movimento sindical. Ele lembrou ainda que a luta continua nos contatos dos dirigentes sindicais com as autoridades e na mobilização nos estados.

Poucos deputados

A Marcha recebeu apoio de parlamentares e outras lideranças. Apenas quatro deputados discursaram no evento, comprometendo-se com as reivindicações dos trabalhadores, embora alguns outros tenha comparecido rapidamente ao evento para cumprimentar os trabalhadores. Vicentino (PT-SP) anunciou o resultado das votações na Comissão de Trabalho, criticando os deputados da oposição – DEM e PSDB, que tentam evitar a aprovação de matérias de interesse dos trabalhadores.

A deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) parabenizou a união das centrais, acrescentando que “nesse momento de crise no mundo e no Brasil, não podemos deixar que mais uma vez a classe trabalhadora pague pela crise. Segundo ela, a crise, que é dos bancos, deve ser enfrentada com trabalho e com política de valorização dos salários.

Também falaram na manifestação os deputados Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que falou como presidente da Força Sindical, reforçando as reivindicação dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho, o fim do fator Previdenciário e a ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT.

Rollemberg disse que a crise é do capitalismo e que o compromisso dos socialistas não é salvar bancos e sim a população, criticando o uso de recursos que beneficiam os bancos e que poderiam já ter sido usados para garantir melhoria da qualidade de vida da população.

Apoios e solidariedade

Os trabalhadores receberam apoio também da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lúcia Stumpf, do representante da CTA da Argentina, Victorio Paulon e do líder indígena Ednaldo, da Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ednaldo aproveitou a ocasião para convidar os trabalhadores brasileiros a reforçarem a luita do povo indígena, lembrando que no próximo dia 10 de dezembro será votada no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade da demarcação da terra indígena.

Paulon elogiou a união dos trabalhadores brasileiros e conclamou a todos para maior integração dos trabalhadores do Mercosul, lembrando que a crise ameaça a todos e a primeira resposta a ela deve ser a união da classe trabalhadora. Ele disse que no próximo dia 12, em Buenos Aires, os argentinos farão uma marcha como a dos brasileiros. “Hasta la vitoria finale”, concluiu.

Stumpf saudou a manifestação, lembrando que todas as conquistas do mundo do trabalho foram obtidas pela união e mobilização dos trabalhadores, estudantes, mulheres e negros, que lutaram e continuando lutando por um Brasil melhor. E engrossou o coro de que “não é o povo que vai pagar o preço dessa crise.”

Longo percurso

A manifestação foi iniciada nas imediações do estádio de futebol Mané Garrincha, onde se reuniram os manifestantes vindos de todo o País – do Amazonas ao Rio Grande do Sul. Por volta de nove horas, sob uma chuva fina, eles iniciaram o percurso de nove quilômetros. Quando os primeiros manifestantes chegaram em frente ao Congresso Nacional, ainda havia manifestantes por um longo percurso.

Mulheres, homens, jovens e velhos, portanto cartazes, faixas, bandeiras, balões, apitos e buzinas, uniformizados com as camisetas que identificavam as várias centrais sindicais, encheram o gramado em frente ao Congresso. As faixas e cartazes foram estendidas na grama e as bandeiras fincadas no chão. Enquanto aguardavam a chegada de todos, o que demorou quase uma hora, o microfone era disputado pelas lideranças sindicais dos estados.

Em meio aos discursos, foi lembrando o acidente com o ônibus que trazia manifestantes do Maranhão, em que morreram duas pessoas. Uma salva de palmas saudou os dois militantes mortos. (Tragédia: ônibus do MA à 5º Marcha tomba e deixa 2 mortos)

Leia também:
- Parlamentares destacam luta dos trabalhadores contra a crise

- Deputados aprovam projeto em homenagem à Marcha

* por Márcia Xavier (www.vermelho.org.br)

3 de dezembro de 2008

O Brasil se UNE por Santa Catarina


Cancelamento da taxa de telefone


"Ligue para votar no CANCELAMENTO DA TAXA TELEFÔNICA de R$ 40,37 (residencial) e R$ 56,08 (comercial). Ligue 0800-619619, de segunda à sexta-feira das 08 às 20 horas, para a Câmara dos Deputados Federais.


Escolha falar com um atendente. Diga que é para votar a favor do cancelamento da taxa de telefone fixo. O Projeto de Lei é o de nº 5476. Esse tipo de assunto NÃO é veiculado na TV ou no rádio, porque eles não têm interesse e não estão preocupados com isso.


Entrando em vigor esta lei, você só pagará pelas ligações efetuadas, acabando com a assinatura mensal. Este projeto está tramitando na 'COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR'."

Só rindo mesmo


Estudante processa prefeitura por não ter beijado ninguém em micareta


Revoltado por não ter conseguido beijar ninguém em um carnaval fora de época promovido pela Prefeitura de Guararapes do Norte (230 km de Rio Branco - Acre) no último mês de maio, o estudante universitário J. C. A. ajuizou uma ação judicial bastante inusitada. Ele foi à Justiça pedir indenização porque "zerou" na micareta.



JCA pediu indenização por danos morais, alegando que "após quase dez horas de curtição e bebedeira não havia conquistado a atenção de sequer uma das muitas jovens que corriam atrás de um trio elétrico". Ainda segundo o autor, que diagnosticou na falta de organização da Prefeitura a causa de sua queixa, todos os seus amigos saíram da festa com histórias para contar.
Em sua contestação, a Prefeitura de Guararapes do Norte ponderou tratar-se de "demanda inédita, sem qualquer presunção legal possível", porque não caberia a ela qualquer responsabilidade no sentido de "aliciar membros da festividade para a prática de atos lascivos, tanto mais por se tratar de comemoração de caráter familiar, na qual, se houve casos de envolvimento sexual entre os integrantes, estes ocorreram nas penumbras das ladeiras e nas encostas de casarões abandonados, quando não dentro dos mesmos, mas sempre às escondidas".
Apesar da aparente inconsistência da demanda judicial, por seus próprios méritos a ação ainda ganhou força antes de virar objeto de chacota dos moradores da cidade, em virtude do teor da réplica apresentada pelo autor, que contou com um parecer desenvolvido pelo doutrinador local Juvêncio de Farias, asseverando que "sendo objetiva a responsabilidade do Estado, mesmo que este não pudesse interferir na lascívia dos que festejavam, o estudante jamais poderia ter saído tão amuado de um evento público".



Ao autor da demanda, no entanto, como resultado de uma "aventura jurídica" que já entrou para o folclore do município, não restaram apenas consequências nocivas. Afinal, em que pese a sentença que deu cabo ao processo ter julgado a demanda totalmente improcedente, o estudante se saiu vitorioso após ter arranjado como namorada uma funcionária do setor de aconselhamento psicológico do município, que passou a freqüentar por indicação do próprio magistrado responsável pelo encaminhamento do caso.


Segundo a própria Municipalidade, tal acontecimento afetivo ocorreu sem nenhuma participação do Estado.


* por Rodrigo Amaral Paula de Méo, da Gazeta Jurídica de Piracema Branca do Norte