28 de janeiro de 2009

Charges

Charge do Bessinha para 'Charge On Line':
Charge do Casso para o 'Diário do Pará':


Ênio Lins para a Gazeta de Alagoas:
Charge de Bello para a Tribuna de Minas:


Charge de Gilberto Maringoni
Charge de Bessinha para o Charge Online:


Charge do Pater para o 'aTribuna':


Por que Cuiabá deve investir na sua juventude?


Parte 1

O tema da juventude vem ocupando cada vez mais espaço no conjunto das preocupações políticas e institucionais. Muitos estudos e pesquisas revelam um retrato da juventude como um segmento extremamente vulnerável na sociedade, independentemente da sua condição socioeconômica e em que o nível de desenvolvimento social se encontra cada país ou região, o que significa dizer que não cuidamos bem dos jovens, que representam em muitos discursos, apenas o “futuro” da nação.

No Brasil, adolescentes e jovens também ganham espaços na mídia, porém na sua grande maioria em assuntos relacionados com atos de conflito com a lei, fortalecendo o adjetivo de “juventude problema”. Por outro lado, surgem, pelo país a fora estudos e pesquisas cuja conclusão é a de que o Estado Brasileiro não se preparou para receber um grande contingente de jovens.

Atualmente, cerca de um quarto da população Brasileira é de 15 a 29 anos, um total de 50,5 milhões de brasileiros/as em que muitos não são assistidos pelo Estado, não tem acesso a direitos básicos como saúde, educação, segurança e trabalho e muito menos acesso a cultura, esporte e lazer. A escola, principalmente, o ensino médio e o mercado de trabalho não conseguem atender essa demanda crescente.

Diante dessa ausência de proteção social e de garantia de direitos, aumenta-se o número de meninos e meninas envolvidos em atos infracionais aos quais, na sua maioria, são atribuídos os crimes que encenam a violência social contemporânea. Constituindo-se nas principais vítimas dessa mesma violência que invade as pequenas e grandes cidades do país, os jovens têm contribuído para o aumento da taxa de homicídio duas vezes e meia maior do que outros segmentos etários.

Não bastasse a violência, quase a metade dos desempregados do país é jovem (IBGE, 2007), em média os trabalhadores jovens ganham menos da metade do que ganham os adultos (PNAD, 2006). Dados como esses revelam um processo de exclusão social, aprofundado pelo modelo econômico adotado na última década, no qual os jovens não tendo acesso aos serviços públicos e sociais, conseqüentemente, têm sua cidadania incompleta. Esse grande contingente populacional, associado aos dados apontados assusta e trás incertezas para o país.

Todavia, acredito que em pouquíssimo tempo os jovens passarão para outra etapa de suas vidas, na qual poderão, inclusive, comandar nosso país tornando-se mola propulsora de um futuro melhor.

Vale ressaltar que para muitos, o Brasil possui uma juventude problema e a solução é criar mecanismos pra tratá-la como se fosse um câncer; consoante a estes os jovens devem ser controlados e domesticados. Porém, graças à boa e velha dialética, há outro pensamento cuja corrente eu me filio e que olha os dados não de forma superficial e, sim, mais profunda. Estes outros acreditam, ao contrário, que a juventude pode contribuir para a solução dos problemas sociais do nosso país.

Se no Brasil a juventude de 15 a 29 anos somam 50,5 milhões de jovens, em Cuiabá esta parcela da sociedade chega à 161.125 (IBGE,2007), vivendo quase os mesmos problemas já apontados anteriormente para quadro nacional ou seja, desassistidos pelo Estado, desempregados, sem acesso a educação, cultura, esporte e vivendo em áreas de vulnerabilidade social.

Nesse sentido, o Estado brasileiro deve corrigir de forma urgente os séculos de abandono dessa parcela significativa da sociedade, cada vez mais investindo em educação, geração de emprego, em segurança, moradia, saúde e programas que visem garantias de direitos aos jovens e, também, a sua formação como cidadão.

Acredito que a juventude pode e virá exercer uma influência positiva e determinante sobre nosso futuro, tornando-se um elo entre o Brasil que temos e aqueles que queremos construir. Pra que isso ocorra é necessário investir economicamente e politicamente neste segmento.

Umas das formas é implantação das chamadas Políticas Públicas de Juventude – PPJ’s – termo que vem ganhando destaque nos últimos anos, isso porque o tema só começa receber atenção das academias, dos governos e da mídia a partir da década de 90, como dissemos no inicio deste texto, aliás, com muito atraso diga-se de passagem, pois países como Chile e Argentina há muito vem discutindo, elaborando e investido nas suas juventudes.

Aislan Sebastião Cunha Galvão é Historiador formado pela UFMT; conselheiro titular do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso; Presidente Municipal do PCdoB em Cuiabá e atual Secretário Adjunto de Juventude de Cuiabá. e-mail: ascg65@yahoo.com.br

21 de janeiro de 2009

E o respeito nas relações entre os indivíduos? Já que vivemos numa sociedade de hipocrisia que diz não ter preconceitos...


Todos os dias nos deparamos com situações delicadas e cotidianas, a interpessoalidade e a hipocrisia vizinhas da falácia que é a não existência de diferenças implantadas pelo sistema e disseminadas todos os dias pela mídia marrom, que só servem as suas próprias convicções e vontades.

Do que adianta nos enganarmos que somos uma sociedade justa, se não somos capazes de enxergar o que está diante de nossos olhos. O conjunto é fatal, eles mostram o que querem que nós enxerguemos e nós engolimos o que nos dão.

Toda a sociedade está induzida a fazer o que é imposto como o correto, todos somos iguais até o ponto que o menos favorecido não tomam o lugar dito do cidadão civilizado, ou seja, o que tem o maior poder aquisitivo e fazem as leis.

Desta forma deixamos de ser válidos e passamos a ser uma ameaça eminente aos interesses deles, nós pobres, negros, índios, deficientes , oriundos de escola pública... somos o calo no sapato dessa dita sociedade, pois eles tomam o espaço que é nosso por direito e querem nos dar o presente de grego.

O estado capitalista mostra sua decadência dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, segundo a segundo, mas mesmo assim eles nos fazem engolir que a crise é mundial é um problema de todos, onde na verdade o que acontece é que o sistema caiu e a busca por riqueza faz com que, quem lucra com a crise não a abandone jamais e nós a menor fatia do lucro paguemos por seu luxo. Além de lutarmos por guerras com idéias que não são nossas.

Nós temos uma luz no fim do túnel, precisamos apenas tirar as vendas que nos impedem de enxergar, sairmos também do nosso comodismo e passar a enxergarmos os outros como seres humanos providos deveres e principalmente de DIREITOS. Corrermos atrás do tempo perdido acreditando em falsos heróis. O dia de amanhã é a esperança de manhãs de sol e socialismo.

12 de janeiro de 2009

Lei do piso está em vigor, mas a luta continua


O ano de 2009 começou com uma vitória para os Educadores do Brasil; a entrada em vigor da Lei nº 11.738, que institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da Educação Básica.
Desde o dia 1º de janeiro, os educadores que recebiam remuneração inferior ao valor estabelecido pelo piso, devem receber um reajuste, de maneira gradual até completar o valor estabelecido no ano de 2010.
Isso representa um ganho imediato para cerca de 800 mil professores no país inteiro, ou seja, 40% da categoria. O desafio agora é a revisão dos planos de carreiras da categoria, pois apesar da entrada em vigor da lei, a categoria precisa permanecer mobilizada para dar continuidade às reivindicações para melhoria da Educação brasileira.
É hora de se mobilizar para organizar também o plano de revisão das carreiras nos estados e municípios. A partir desse patamar, a condição de ter uma luta organizada nacional que procure devolver, por meio da valorização profissional, as condições de qualidade que todos estão buscando.
Investir no ensino público é apostar em um futuro mais justo para todos os brasileiros.
Vitória em 2008 - A Lei nº 11.738/08 chegou a ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará - governados por opositores ao Governo Lula.
Entretanto, em meados de dezembro, o STF decidiu manter o valor do piso. Com isso, o piso instituído foi de R$ 950,00 mensais para educadores com formação em nível médio, na modalidade Normal, para jornada de 40 horas semanais.
Os Estados e municípios devem se adequar ao novo piso, por meio de reajustes anuais graduais até cumprir o valor integral de R$ 950 em 2010. Aqueles entes federados que comprovarem não ter condições de atingir o piso salarial dentro do prazo poderão receber complemento financeiro da União, conforme prevê a lei.

OS SABUJOS DA IMPRENSA BRASILEIRA - Depoimento de MINO CARTA

"Eu pertenço a uma geração de jornalistas que tinha a convicção inabalável e definitiva de que a tarefa do jornalista é a elevar o leitor. Nivelar por cima, iluminar consciências. Isso dentro dos escassos limites de uma profissão que é exercida a toque de caixa. Essa grande vontade de iluminar os leitores, e o grande senso de responsabilidade decorrente, já não orientam mais a profissão.

O jornalismo brasileiro piorou brutalmente de quarenta anos para cá, que coincidem com minha vida profissional. O Golpe de 64 interrompe estupidamente um processo encaminhado que estava apenas no alvorecer. Um país que se industrializava, que , portanto, estava criando uma sociedade diferente - na qual um papel importante era reservado ao proletariado, que na época ainda não se definia como tal.


Isso acarretaria, claro, certos problemas para a chamada elite: Sindicatos fortes e uma noção de cidadania por parte de uma fatia imensa da população, o que poderia precipitar certas mudanças políticas muito importantes. O golpe de 64 foi um golpe preventivo.


Tanto que ele se deu sem derramamento de sangue, poucas horas bastaram para que os militares assumissem o poder. Militares esses que na verdade eram apenas os herdamos da elite, executavam um projeto da elite, daquilo que o Raymundo Faoro chama os "donos do poder". Executavam-no friamente em cima de uma nação ainda em formação, em cima de um povo que trazia ainda no lombo as marcas do chicote da escravidão.


Eu me lembro das marchas com deus, com a família, as marchas pela liberdade... Me vejo na esquina da rua Marconi com a Barão de Itapetininga vendo passar os sócios do Harmonia, do Paulistano, acompanhados por seus choferes, suas aias, por suas mucamas... todos felizes, enquanto Adhemar de Barros, governador de São Paulo, sobrevoava de helicóptero a passeata trabalhando as contas de um rosário.


Lembro que fiquei apavorado e pensei que isso não daria pé. Há quem diga que a Revolução Francesa nunca aconteceu no Brasil. Evidentemente, isso é um paradoxo; mas um paradoxo que faz sentido porque a burguesia nacional nunca conseguiu ser realmente independente.


Sempre esteve atrelada ao interesse estrangeiro, sempre teve pânico do desenvolvimento e do progresso do país. Tanto que é dela que se origina o golpe militar. Foi dela que partiu essa tragédia brasileira que foi o golpe de 1964, e foi ela que exasperou a sua própria violência com o AI-5, o golpe dentro do golpe de dezembro de 1968.


De lá para cá, a história do jornalismo brasileiro: Adequando-se, adaptando-se, conciliando, cumprindo seu papel de servo e de face do poder. Essa é a questão: O jornalismo brasileiro sempre serviu ao poder e continua servindo a ele porque é um dos rostos do poder.


Os donos da mídia são o poder; então é absolutamente lógico que ele sirva ao poder. O jornalismo brasileiro fez o possível e o impossível para- ao contrário de elevar os leitores- criar as trevas ao meio-dia. É um trabalho sistemático para aviltar a língua, embrutecer as pessoas, para lhes servir lugares-comuns e frases feitas, para obrigá-los a falar incansavelmente as mesmas palavras, como por exemplo, "com certeza".


Isso se explica também pelas condições de trabalho. Aqui se fazem jornais com 500 pessoas. Só uma sucursal de Brasília de um grande jornal existem mais jornalistas que num jornal inteiro da Europa. Alguns poucos ganham uma fortuna, em relação à larga maioria que ganha uma miséria.


De um lado os grandes sabujos que não perdem o emprego: é como o pessoal do mercado financeiro, um bando de ladrões! Pouquíssimos se salvam, pouquíssimos não batem carteira! Cheios de dinheiro: é a máfia no poder das redações. De outro lado, os miseráveis.


Então , torna-se dolorosamente ridículo comparar os nossos jornalistas aos europeus porque os brasileiros, de um modo geral, escrevem mal, escrevem errado, não sabem fazer cálculos, não conhecem as operações básicas da aritmética.


Essa é que é a verdade, triste, mas é a verdade. Se vocês lerem com atenção, vão concordar comigo. Na Folha, os jornalistas se orgulham porque escrevem em 30 linhas e usam 50 palavras, o que é o contrário do que me ensinaram quando comecei a trabalhar em jornal. No caso do Brasil, eu tenho a convicção de que houve uma tentativa deliberada de nivelar por baixo, de vulgarizar tudo.


E vulgarizar não no sentido de comunicar ao povo a verdade, mas sim tornar grosseiro. Acho que na origem existe uma intenção deliberada. As pessoas acabam se chafurdando na lama que elas vão criando porque acabam acreditando no que dizem.


A Miriam Leitão, por exemplo, é uma jornalista absolutamente notável, uma jornalista símbolo desse estado de coisas. Ela escreveu o seguinte: 'à parte o fato de Fernando Henrique ser o gênio da lâmpada, um Shakespeare revivido, a estabilidade econômica conquistada por ele é definitiva.' - Os patrões dela -seus donos- leram Miriam Leitão e acreditaram.


Fernando Henrique se elegeu e se reelegeu vendendo a estabilidade. E doze dias depois da posse ele desvalorizou o Real em 50%. A Miriam Leitão, até a véspera, escreveu que a estabilidade era um fato consumado e ninguém poderia mexer naquilo. Os Marinho acreditaram, achavam que era isso mesmo, tanto que se endividaram em dólar.


Acreditando nas próprias mentiras, a Imprensa brasileira gastou a rodo e se endividou em dólar, por isso estão todos quebrados. Alguns casos são irrecuperáveis. Duvido que a Globo possa sair dessa enrascada, por exemplo. Globo, que a certa altura se apresentava como uma das televisões mais importantes do mundo. Qual mundo? E dirigida a que país?


Temos, então, uma mídia, em geral, que se porta como se fosse a mídia de um país muito rico, enquanto somos paúpérrimos. Criamos um país de 30 a 40 milhões de pessoas enquanto o país tem 170 milhões. Em parte, todos nós colaboramos com isso. Por que não fechamos essa televisão dirigida por publicitários cretinos? Somos nós que oferecemos a eles essa chance maravilhosa de ser tão importantes; Fora do Brasil um publicitário não existe. Nem nos Estados Unidos. Ninguém fala deles.


Mas também o Brasil é o único país do mundo em que ainda existe coluna social nos jornais de grande circulação. Lugar em que esses senhores pontificam. Em que aparecem aquelas mil e duzentas pessoas sobre as quais sabemos toda a vida pessoal. Essa é a nossa sociedade.


Ao cabo de tudo isso, eu diria como o Marquês de Sade: "vamos colocar um pouco de ordem nesta orgia!". Porque tudo isso, claro, foi feito com o propósito evidente de impedir que a cidadania desperte, que a nação se forme, que tenhamos clareza quanto aos nossos verdadeiros interesses.


Nosso jornalismo fala muito nas vontades do mundo, naquilo que o Brasil pode servir ao mundo. Mas não nos coloca dentro do mundo. E essa tarefa de mediocrização foi determinada pelos próprios jornalistas, com raras e honroríssimas excessões.


A larga maioria serviu ao dono ou como lacaio ou como jagunço e sempre como sabujo. Não tenho a mais pálida sombra de dúvida a respeito. O livro de Mario Sérgio Conti, Notícias do Planalto, é para mim o "resumo da ópera." Nele tenta-se demonstrar que os jornalistas criaram Collor. ORA! NÃO FORAM OS JORNALISTAS QUE CRIARAM COLLOR MAS SEUS PATRÕES ATRAVÉS DOS SABUJOS.


Patrões, que naquele momento agarrariam um fio elétrico desencapado para impedir a vitória do Lula. Esse livro, para mim, é muito simbólico, e vendeu muito porque a mídia o bombeou, o enalteceu, o glorificou, o santificou.


É triste, é uma balela - como em geral são as histórias contadas pelo sabujos. "


"ENTRE OS QUE GANHAM UMA FORTUNA POUQUÍSSIMOS NÃO BATEM CARTEIRA"

A MÍDIA E O CONFLITO DE GAZA


Doze regras de redação da Grande Mídia Internacional quando a noticia é do Oriente Médio

1 - No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

2 - Os árabes, palestinos ou libaneses não tem o direito de matar civis. Isso se chama "terrorismo" .

3 - Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama "legitima defesa".

4 - Quando Israel mata civis em massa, as potencias ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama "Reação da Comunidade Internacional" .

5 - Os palestinos e os libaneses não tem o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isto se chama "Sequestro de pessoas indefesas."

6 - Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isto se chama "Prisão de terroristas" .

7 - Quando se menciona a palavra "Hezbollah", é obrigatória a mesma frase conter a expressão "apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã".

8 - Quando se menciona "Israel", é proibida qualquer menção à expressão "apoiada e financiada pelos EUA". Isto pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.

9 - Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões "Territórios ocupados", "Resoluções da ONU", "Violações dos Direitos Humanos" ou "Convenção de Genebra".

10 - Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre "covardes", que se escondem entre a população civil, que "não os quer". Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de "Covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e misseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama Ação Cirúrgica de Alta Precisão".

11 - Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama "Neutralidade jornalística" .

12 - Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são "Terroristras anti-semitas de Alta Periculosidade" .

SÉRIE JORNALISMO MERCENÁRIO (versão sem erros de digitação para não jornalistas)‏

O JORNALISMO COMO INSTITUIÇÃO BURGUESA
O jornalismo é uma invenção da era burguesa e se firma a partir dos séculos XVII e XVIII. A grande publicação que a burguesia mantém até hoje – e que para mim é uma referência – é o The Economist. Marx já brigava com essa publicação. The Economist tem 170 anos. É um semanário que dá de cem a zero no Times, sua cópia vagabunda. E de mil a zero na Veja, a cópia vagabunda do Times.

The Economist tem um mote editorial por trás de seu conservadorismo: a disputa da inteligência. Uma herança do tempo em que a burguesia era uma classe revolucionária, quando pretendia informar e travar uma disputa pelo conhecimento.

A burguesia desistiu disso numa data mais ou menos precisa, que é o final do século XIX. Desde então impôs-se um outro padrão, expresso numa máxima extraordinária de um jornalista norte-americano: “Você nunca perde dinheiro quando acha que o povo é ignorante”.

Até o começo do século XX, o grande jornal diário do mundo foi o Times de Londres. Era o chamado “jornal popular burguês”. Um jornal da burguesia para os trabalhadores. E tinha 30, 40 mil exemplares por dia.

Mas já chegava o tempo em que os trabalhadores se aglomeravam nas cidades, em que vigorava o capitalismo dos grandes monopólios, e dentro dele crescia o movimento socialista. A grande descoberta do empresário sensível daquela época foi transformar o Times num jornal que vendesse mis, eu chegasse ao milhão de exemplares, que atingisse trabalhador pela coisa mais imediata, vizinha a ele: o escândalo, o sujeito que matou o pai, a mãe.

O jornal que a burguesia fez na fase em que ela se acreditava uma classe capaz de levar o conhecimento ao povo foi aos poucos mudando, conforme ela se concentrava nos objetivos do lucro, de explorar, de fazer ampliar o capital.

Ainda atrelado a sua origem burguesa, o jornalismo atual está muitíssimo distante de qualquer visão capaz de envolver a participação popular, capaz de supera o dogmatismo do sensacional e do escandaloso, imposto pela ditadura do grande capital.

11 de janeiro de 2009

Nazistas ou Israelitas?

Dê um grito contra a matança em Gaza!
*por Adalberto Monteiro

Corre sangue no rio Jordão
E os sacrificados não são ovelhas,
Mas meninos e meninas
Que agora nos tanques
Já não poderão atirar pedras...
Já não há gaze para tantos
Feridos em Gaza.
Atacada por mar, ar e terra,
Gaza sangra, Gaza geme,
Cercada, mutilada, Gaza freme.
Gaza não é monte de argamassa,
Gaza é gente...

Mas, Gaza respira,
Gaza ama e resiste,
E lutará,
Até a última oliveira,
Até a última tamareira,
Até o último menino...

Ó povo judeu,
Que terrível crime comete
Vosso Estado!
A que estado caíste!
Vós, vítima dos guetos,
Vós, vítima do holocausto,
Vossos líderes
Tornaram-se de Hitler
Aprendizes.
Alguns já causam inveja ao mestre.

Ó povo judeu,
Liberta-te, pela memória
Dos teus,
Da vergonha de tua estrela
Adquirir a aparência
E a essência da suástica!

Como querer de um povo condenado ao gueto,
De um povo pelo inimigo dividido,
Reagir com a polidez dos diplomatas?
Ah!, amado povo palestino,
Por Arafat, por teus mártires,
Reconstrói tua unidade!

Que a bravura de Gaza,
Não nos acomode à poltrona,
Que a carnificina que a TV não mostra
Não seja apenas um filme que nos arranca lágrimas...
Olha para ti!
Acaso não és um romano
Sentando na torpe arquibancada
Vendo na arena
Os cristãos lutando contra os leões?
Faça alguma coisa por Gaza,
Mande uma carta ao teu político,
Meta a mão no bolso,
Sacuda os ombros de teu amigo,
Vá à tua janela e dê um grito,
Vá ao templo, corra à praça,
Mande um imeio, ou use outro meio,
Só não vale cruzar os braços
Ante essa matança, essa desgraça...

Camaradas,
Alguém se lembra de cenas como as descritas acima? É somente lembrar da história mundial, especificadamente por todo território soviético entre 1941 e 1943. Os homens que realizavam essas chacinas chamavam-se nazistas. Como vocês os chamariam hoje?
"Segundo comunicado do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), testemunha relatam que 'em 4 de janeiro os soldados israelenses evacuaram 110 palestinos, metade deles crianças, para uma casa de Zeitun e ordenaram que permanecessem dentro. Vinte e quatro horas mais tarde, as forças israelenses bombardearam várias vezes esta casa, matando 30 pessoas'".
Quem quiser conhecer um pouco da ação hitlerista na URSS assista o brilhante filme "Vá e Veja" de Elem Klimov. Quem quiser ver a ação dos "novos barbáros" pode simplesmente ligar a televisão.

Assistam nos links abaixo três partes desse importante filme soviético:



7 de janeiro de 2009

Verdadeira história NÃO é a contada por Israel

Terrorista é o Estado de Israel, financiado pelos Ianques... Palestina Livre Para Os Palestinos!!!

O mundo não está assistindo apenas aos crimes que Israel está cometendo em Gaza; estamos também assistindo à autodestruição de Israel.
* Por Johann Hari, no The Independent

Esta manhã (29/12/2008), amanhã de manhã e todas as manhãs, até que termine essa matança de palestinos, o ódio a Israel só aumentará, cada dia haverá mais ódio e mais os palestinos lutarão, com pedras, com coletes explosivos, com foguetes, com palavras. Os líderes israelenses crêem que quanto mais massacrem os palestinos, mais os amansarão. Já se foram esses tempos de medo, entre os palestinos. O ódio a Israel, hoje, lá, é duro, impenetrável. E os sentimentos mais primitivos, mais basais, de quem só aprendeu que viver é sobreviver em guerra, lá estarão esperando sempre, à beira da história, brutais.

Para entender o quanto é terrível ser palestino na manhã de hoje, é preciso ter estado lá, numa estreita faixa de terra à beira do Mediterrâneo, e ter experimentado na pele aquela claustrofobia quase insuportável. A Faixa de Gaza é menor que a ilha Wight. Mas lá vivem 1,5 milhão de pessoas que jamais podem sair de lá. Vivem amontoados uns sobre os outros, sem trabalho e com fome, em imensos prédios de quartos muito pequenos. Da laje superior dos prédios, vêem-se todos os limites daquele mundo: o Mediterrâneo e a cerca de arame farpado dos israelenses. Quando começam os bombardeios – como hoje, mais violentos do que nunca, desde 1967 –, não há onde se abrigar.


Começa agora outra guerra, em que se disputa o significado desses ataques de Israel, em 2008. O governo israelense diz: "Nos retiramos de Gaza em 2005 e, em troca, ganhamos o Hamás e os foguetes Qassam que destroem nossas cidades. 16 civis israelenses morreram. Quantos mais serão sacrificados?" É uma narrativa plausível, com vestígios de verdade. Mas com muitos buracos. Para entender o que realmente está acontecendo e conseguir que os foguetes parem, é preciso voltar um pouco, alguns anos, e analisar melhor os prolegômenos da guerra de hoje.
É verdade que Israel retirou-se da Faixa de Gaza em 2005 – para intensificar o controle sobre a Cisjordânia. O principal conselheiro de Ariel Sharon, Dov Weisglass, disse claramente: "A retirada [de Gaza] é o anestésico. Anestesiará a situação, o suficiente para que não haja processo político ou discussão política com os palestinos. Apagamos da agenda, por longo tempo, toda e qualquer discussão sobre o pacote chamado "Estado da Palestina".

Os palestinenses comuns ficaram horrorizados. Mais horrorizados ainda, pela fétida corrupção dos líderes de sua própria Fatah. E então votaram no Hamás. Eu não votaria no Hamás – jamais votaria em partido político com fundamento religioso –, mas... não sejamos hipócritas. As eleições foram democráticas, livres e perfeitas e não implicaram rejeição à Solução dos Dois Estados. A melhor pesquisa que se conhece, sobre tendências de opinião entre os palestinenses, feita pela University of Maryland, constatou que 72% dos palestinenses são favoráveis à Solução dos Dois Estados, conforme às fronteiras de 1967; e apenas 20% votariam pelo fim de Israel. Então, parcialmente por efeito dessa pressão popular, o Hamás ofereceu a Israel um longo cessar-fogo e aceitou, na prática, a Solução dos Dois Estados. Bastaria que Israel cumprisse o seu dever legal de manter-se dentro de suas fronteiras legais.


Em vez de colher essa oportunidade e de testar as reais intenções do Hamás, o governo de Israel reagiu brutalmente – e puniu, com genocídio, toda a população civil de Gaza. Anunciou o bloqueio da Faixa de Gaza, para "pressionar" os palestinos a revogar o resultado das urnas. Sitiaram os palestinenses dentro da Faixa de Gaza. Vedaram completamente qualquer possibilidade de contato com o mundo exterior. Racionaram comida, combustível, remédios – para impedir que sobrevivessem. Nas palavras de Weisglass, os palestinenses de Gaza estavam sendo postos "em dieta". A Oxfam denunciou que só foram autorizados a entrar em Gaza 137 caminhões com alimentos, em dezembro. Para alimentar 1,5 milhão de pessoas. A ONU e já declarou repetidas vezes, que a miséria em Gaza já alcançou "níveis sem precedentes".

Na última vez que estive em Gaza, já sob sítio dos israelenses, vi hospitais mandando doentes de volta para casa, porque não havia nem remédios nem aparelhos para atendê-los. Vi crianças revirando o lixo, pelas ruas, à procura de comida.

Nesse contexto – sob sentença de morte coletiva, sob ataque genocida, urdido para gerar efeitos de golpe de Estado e derrubar um governo democraticamente eleito –, então, alguns grupos dentro de Gaza adotaram solução imoral: puseram-se a bombardear, com foguetes Qassam, de quintal, indiscriminadamente, cidades israelenses. Nesses ataques, mataram 16 cidadãos israelenses. É crime. Matar sempre é crime. Mas é hipocrisia que, hoje, o governo israelense fale de defender a segurança de seus cidadãos, depois de ter passado anos assassinando civis. Depois de ter feito, do assassinato, a única política de Estado, em Israel.

Os governos dos EUA e alguns governos europeus têm fingido que não sabem disso. Dizem que não se pode exigir que Israel negocie com o Hamás, enquanto o Hamás não suspender os ataques com foguetes Qassam. Mas exigem que a Palestina negocie, apesar do sítio, apesar do bloqueio, apesar da brutal ocupação militar na Cisjordânia.

Antes de que tudo se apague no abismo dos esquecimentos construídos, lembremos que, semana passada, o Hamás propôs um cessar-fogo, em troca de alguns compromissos básicos e aceitáveis para Israel. Não precisam acreditar só em mim.

A imprensa em Israel noticiou que Yuval Diskin, atual chefe do Shin Bet, serviço interno de segurança de Israel, "informou ao governo israelense [dia 23/12] que o Hamás está interessado em manter a trégua, com apenas pequenas modificações nos termos do acordo." Diskin explicou que o Hamás desejava duas coisas: o fim do bloqueio de Gaza e que Israel parasse com os ataques na Cisjordânia. O gabinete – acometido de febre eleitoral e interessado em mostrar-se 'durão' aos eleitores – rejeitou tudo.

O núcleo duro da situação foi bem claramente exposto por Ephraim Halevy, ex-chefe do Mossad. Diz que, embora os militantes do Hamás – como boa parte da direita israelense – sonhem com varrer do mundo os adversários políticos, "eles já perceberam que esse objetivo ideológico não é viável e não será viável no futuro próximo." Então, "estão prontos a aceitar um Estado da Palestina, nos limites das fronteiras de 1967." Os militantes do Hamás sabem que isso significa "que terão de adotar um caminho que provavelmente os afastará de seus objetivos iniciais" – e levará a uma paz estável, sob acordo difícil de romper por qualquer dos dois lados.

Os 'do contra", dos dois lados – de Máhmude Ahmadinejad do Iran, a Bibi Netanyahu, de Israel – ficariam marginalizados. É a única via possível que ainda pode levar a paz. E é a única via que não interessa ao atual governo de Israel. Halevy explica bem: "Por razões que só interessam ao atual governo de Israel, não interessaria a Israel aceitar o cessar-fogo e convertê-lo em início de um processo de negociação diplomática com o Hamás."


Por quê? O governo de Israel quer a paz, mas só se for a paz imposta por Israel, nas condições que Israel determine e que sempre implicarão que os palestinos sejam definidos como derrotados. Assim, Israel poderá manter, do "seu" lado do muro, os cadeados que fecham a Cisjordânia. Assim, Israel poderá controlar as maiores colônias e o suprimento de água. Assim, a Palestina será dividida (e caberá ao Egito a responsabilidade sobre Gaza) e a Cisjordânia, com a espinha dorsal partida, ficará isolada. Qualquer tipo de negociação cria riscos para o sucesso desse 'plano': Israel sempre terá de ceder mais do que deseja ceder.

Ao mesmo tempo, qualquer paz imposta deixará de ser confiável: e continuarão a chover sobre Israel os foguetes da fome que gera ódio.
Se quer obter real segurança para os israelenses, o governo de Israel, mais dia menos dia, será obrigado a negociar com os palestinos que hoje Israel está matando; terá de obter deles alguma solidariedade e alguma compreensão. E Israel dependerá disso, para continuar existindo.O som dos incêndios de Gaza pode ser silenciado pelas palavras de um escritor israelense, Larry Derfner. Diz ele:


"A guerra entre Israel e Gaza é guerra inventada por Israel. A decisão de pôr fim à guerra não cabe ao Hamás. Cabe a nós. Cabe a Israel."

Como crer que há "progresso" no Oriente Médio?


Se o que mais atrai os olhos humanos é exatamente vislumbrar a loucura humana, então esse final de 2008 começo de 2009 se manterá como um prato cheio, infelizmente. Comecemos pelo homem que nada mudará no Oriente Médio, Barack Obama, o qual, semana passada, infinitamente previsivelmente, foi escolhido pela revista Time "o homem do ano". Enterrada numa entrevista longa e imensamente tediosa, nas páginas internas da revista, está a única frase que Obama dedicou ao conflito árabe-israelense: "Acho que podemos obter algum progresso, nas conversações pelo menos, acerca do conflito Israel-Palestina, que será prioridade."


Mas... o homem fala do quê? "Obter algum progresso?" Que progresso? Às vésperas de outra guerra civil entre o Hamás e a Autoridade Palestina, com Benjamin Netanyahu candidato a primeiro-ministro de Israel, com aquele muro horrendo, com as colônias israelenses que roubam cada dia mais terra dos palestinos e com os palestinos disparando foguetes contra Sderot... e Obama ainda acha que há "progressos" a obter?


Desconfio que essa língua sem lógica brota dos abismos mentais da futura secretária de Estado. A parte que diz "Nas conversações pelo menos" é típica de Hillary Clinton, no sentido de que não consigo entender o que signifique essa frase. O significado de obter progresso "acerca do conflito Israel-Palestina" é, para mim, mistério ainda mais impenetrável.


Claro que, se Obama falasse de pôr fim à construção de colônias de judeus em território árabe – a única que se "construiu" em torno dos conflitos com o Hamás e a ANP — ou se tivesse se referido à justiça e à segurança que necessitam os dois lados, pode ser que haja algum tipo de mudança. Teste interessante para aferir o quanto se pode esperar de Obama, em matéria de mudança, acontecerá logo, apenas três meses depois da posse, quando terá de cumprir uma promessinha que fez. Isso mesmo. Dia 24 de abril é dia de solenidades que lembram o genocídio dos armênios, quando 1,5 milhão de cidadãos do império otomano foram trucidados pelos turcos, quando rememoravam outros assassinatos, em 1915, quando os primeiros professores, artistas e outros, todos armênios, foram presos para serem executados pelas autoridades otomanas.Bill Clinton prometeu aos armênios que passaria a dizer "genocídio" ao referir-se ao genocídio, se os armênios votassem nele. George Bush, também. Obama, também. Os dois primeiros não cumpriram a promessa e continuaram a chamar o genocídio de "tragédia" (embora não tenham devolvido os votos que receberam), por medo da reação dos generais turcos.


Isso, para não falar, no caso de Bush, sobre as rotas de suprimentos para os exércitos dos EUA, que cruzam a Turquia, "as rotas e coisa e tal", como Robert Gates referiu-se a elas, numas das mais espantosas ironias da história, porque pelas mesmas "rotas e coisa e tal" andaram os armênios, em 1915, a caminho de serem mortos. Mr. Gates lá estará, para lembrar Obama. Portanto, aposto o gato da família que Obama dirá que o genocídio foi apenas "uma tragédia".Por acaso, passando os olhos pela revista de bordo da Turkish Airlines, quando voava para Istambul no início de dezembro, encontrei um artigo sobre a histórica região de Harput, na Turquia. "O jardim natural da Ásia", "estação popular de veraneio", "onde igrejas dedicadas à Virgem Maria erguem-se ao lado das tumbas dos antepassados de Mehmet, o Conquistador".Esquisito, não é, tantas igrejas? É preciso dar um tranco no cérebro, para lembrar que Harput foi o centro do genocídio dos cristãos armênios, a cidade de onde Leslie Davis, bravo cônsul norte-americano, enviou telegramas devastadores, de testemunha que viu, com os próprios olhos, os milhares de cadáveres de homens e mulheres armênios trucidados. Suspeito que essas lembranças detonariam o efeito "jardim natural". Seria mais ou menos como tentar atrair turistas para a cidade de Oswiecim, na Polônia, Auschwitz, para os alemães.


Hoje em dia, qualquer um pode reescrever os fatos. Veja Nicolas Sarkozy, o mais fofinho dos presidentes da França de todos os tempos, o qual, não satisfeito com bajular Bashar al-Assad da Síria, também ensaboa o doentio, o horrendo Abdelaziz Bouteflika, que acaba de "modificar" a constituição da Argélia para outorgar-se o terceiro mandato.


Não houve debate parlamentar, só foi necessário que levantassem as mãos 500 dos 529 parlamentares. E o que respondeu o Sarkô? "Melhor Bouteflika, que os taliban!" Ora essa! E eu que pensava que os taliban operassem um pouco mais para leste, no Afeganistão, logo ali, onde os rapazes de Sarkô arriscam a vida lutando contra... os taliban. Vivendo e aprendendo. E justamente quando ex-oficiais do exército argelino, hoje exilados, revelaram que soldados camuflados e argelinos islâmicos (os "taliban" de Sarkô) participaram dos brutais massacres das vilas, nos anos 90.


E por falar em "camuflagem", levei um susto, ao ler sobre o treinamento dos policiais ingleses que assassinaram Jean Charles de Menezes no metrô. Como declarou o ex-comandante da Polícia inglesa, Brian Paddick, os policiais são treinados para aqueles procedimentos (secretos), para "lidar" com homens-bomba; aprendem com "especialistas israelenses". O quê?! Quem são os tais "especialistas", que ensinam policiais ingleses a atirar em civis, pelas ruas de Londres? São os mesmos que assassinam combatentes palestinos na Cisjordânia e em Gaza e, praticamente no mesmo tiro, também matam palestinos civis e desarmados? A mesma gente que escandalosamente chama de "assassinatos programados" (ing. targeted killings), o assassinato de adversários políticos? São assessores também de Lady Cressida Dick [comandante da operação policial que resultou no assassinato de Jean Charles de Menezes, no metrô, em Londres] e seus rapazes?!


Mas nada que nosso garboso enviado da paz, Lord Blair, considere relevante ou digno de nota. É o tal, lembrem-se, cuja primeira e única visita a Gaza foi sumariamente cancelada, depois que outros "especialistas israelenses" informaram a ele que haveria algum risco de vida. Pois mesmo assim, talvez venha a ser presidente da Europa, presentinho que Sarkô quer dar a ele. Por isso, suponho eu, Blair escreveu as bajulações que escreveu em artigo publicado na mesma revista Time, a de Obama person of the year. "Há momentos em que Nicolas Sarkozy parece uma força da natureza", ele chafurda em servilismo. E são íntimos, tratam-se pelo primeiro nome. "Nicolas carrega a marca do verdadeiro líder"; "Nicolas adotou..."; "Nicolas reconhece.."; "Nicolas está conseguindo...". Ao todo, 15 "Nicolas". É o preço da presidência da Europa? Ou Blair, agora, meter-se-á também nas tais "conversações" com Obama, para alcançar "algum progresso" no Oriente Médio?
*por UJS/DF

Bienal da UNE

Trabalhos Aprovados por enquanto.

- Artes Cênicas
Nenhum de MT

- Artes Visuais

Téo de miranda | MT
Larissa de Abreu Sossai | MT

- Ciência e Tecnologia

Daniela de Freitas Coelho | MT
Josemeyre Kenya Carvalho da Silva | MT

- Música
Nenhum de MT

- Cinema
Nenhum de MT

- Literatura

Jivago Medeiro Ribeiro e Valérya Próspero Cardoso | MT
Larissa Nascimento Ribeiro | MT

4 de janeiro de 2009

Carta feita durante o 14º Congresso da UJS, em SP

Somos a juventude que se indigna contra qualquer injustiça cometida em qualquer parte do planeta. E vivemos uma época em que as injustiças são tantas que é preciso mudar o mundo.

O capitalismo massacra a nossa juventude, povo e destrói a natureza: a barbárie capitalista, a guerra, a exploração e o consumismo são as maiores razões da infelicidade e ameaçam a própria vida na Terra.

Por isso tudo, e graças às lutas dos que nos antecederam, assumimos para nós o desafio que a História nos legou: somos a geração das mudanças no Brasil.

Filhos (as) das lutas contra a ditadura e da resistência ao neoliberalismo, a maioria de nós ingressou na luta após a vitória de forças progressistas com a eleição de Lula – um período de maior democracia e conquistas do povo brasileiro, conquistas que defendemos e aprofundaremos.

Abraçamos com honra a oportunidade que nos foi dada pela História de sermos a geração a enterrar definitivamente o neoliberalismo neste país. Com a nossa militância diária, pelo nosso amor ao Brasil e ao povo, por todas as vítimas do capitalismo, assumimos nosso posto de combate na luta da Nação para que a triste noite neoliberal jamais volte a dominar nosso país.

Nossa luta é um importante capítulo da história que o povo trava em todo o mundo dos milhões de jovens, como nós, que se levantam contra o imperialismo e suas guerras. Em especial na América Latina, temos vencido a direita neoliberal e, em uma incrível sintonia, a Argentina, a Bolívia, o nosso Brasil, a indomável Cuba, o Equador, a Nicarágua, o Paraguai, o Uruguai, a Venezuela reescrevem os sonhos de Simon Bolívar, José Martí, José Bonifácio, Tiradentes, Castro Alves e Che Guevara, de libertar nossa América da dominação das grandes potências.

E é com a rebeldia desses próceres que alertamos às forças imperialistas que a América Latina não é quintal de ninguém. Defenderemos unidos a nossa soberania e a nossa Amazônia. E a forma mais concreta desta defesa é avançar na integração latino-americana que está ao alcance de nossas mãos.

Para concretizar tamanhos objetivos, esta nova geração de militantes da UJS é chamada a iniciar uma nova fase, ao consolidar os êxitos do relançamento. A UJS caminha a passos largos para uma maior consolidação orgânica, o enraizamento de seu trabalho através dos núcleos e direções municipais e estaduais, a diversificação, com o fortalecimento das frentes, o avanço no movimento estudantil e mais atenção ao movimento estudantil secundarista, o impulso na organização da juventude trabalhadora, a luta contra quaisquer formas de opressão e discriminação.

O Brasil é um país imenso e complexo e é necessária uma tática ousada que una todos aqueles que defendem o Brasil para que possamos definitivamente romper as cadeias da especulação financeira que ainda nos limitam. Isto só se fará com o protagonismo político da juventude brasileira e a nossa disposição em unir todas as juventudes que lutam para derrotar o neoliberalismo.

Para isto precisamos construir uma UJS ainda maior, mais influente, diversificada, de massas, uma UJS que fale para toda a juventude brasileira. Somos a escola do Socialismo. E, como aprendemos com o Che, “deveremos ser a vanguarda de todos os movimentos, os primeiros a estar dispostos para os sacrifícios que a revolução demande, qualquer que seja a sua natureza: os primeiros no trabalho, os primeiros no estudo, os primeiros na defesa do país. E para isto temos que nos colocar tarefas reais e concretas, tarefas que são do trabalho cotidiano que não podem admitir o menor vacilo”.

Estas lições aprenderemos juntos na UJS, fortalecendo a capacidade de transmitir à nossa militância e a toda a juventude os valores e a tecnologia social que desenvolvemos ao construir esta que é a maior organização socialista do Brasil. A consolidação deste amplo movimento com a cara do Brasil atinge um novo patamar com nossos 130 mil filiados que falarão para toda a juventude brasileira, traduzindo através de múltiplas linguagens a mesma mensagem socialista.

O Brasil contribuirá de maneira decisiva para construir um futuro de paz e solidariedade, de dignidade para todos (as), superando as trevas do capitalismo.Todo (a) revolucionário (a) é movido (a) por grandes sentimentos de amor, como nos ensinou Ernesto Che Guevara, cujo nascimento, há oitenta anos, celebramos dando a esse Congresso o seu nome, incorporando sua imagem ao nosso símbolo, seguindo sua mensagem emancipadora.

Nele nos inspiramos para dizer em alto e bom som: nosso presente é de luta e o futuro nos pertence!

Hasta la Victoria, siempre!

São Paulo, 15 de junho de 2008

2 de janeiro de 2009

UJS saúda companheiros cubanos pelo cinqüentenário da revolução que marcou o mundo

50 anos da Revolução Cubana

No dia primeiro de janeiro de 1959 ocorreu, em Cuba, a derrubada do governo do ditador Fulgencio Batista através do chamado “Movimento de 26 de julho”.

Liderado por Fidel Castro e Che Guevara, em meio à Guerra Fria o governo revolucionário destituiu o sistema político neocolonial, dissolveu os corpos repressivos e garantiu aos cidadãos o exercício pleno dos seus direitos e que os camponeses tornam-se donos de suas terras.

Um dos pontos mais importantes foi a Lei da Reforma Agrária, aprovada em 17 de maio, e que eliminava o latifúndio ao nacionalizar todas as propriedades de mais de 420 hectares de extensão e entregava aos camponeses.

Hoje o país apresenta ao mundo excelência em saúde pública e educação que são cartões postais aos que desconhecessem a historia de Cuba. Fidel construiu uma área social que supera a maior parte das nações mais ricas entre outras ações:

- Uma poderosa rede de assistência social impede que os cubanos passem necessidades;

- Por meio de uma reforma urbana 85% dos cubanos tornaram-se donos das suas residências e isso se mantém nos dias atuais;

- Não existem meninos de rua em Cuba. Os órfãos, filhos de presidiários ou de doentes mentais vivem em uma instituição que garante todos os direitos incluindo estudos de nível superior;

- 100% das crianças freqüentam a escola e os livros didáticos são distribuídos gratuitamente;

- As mais de sessenta mil crianças cubanas com algum tipo de deficiência, física ou psicológica, que estudam em escolas especializadas com acompanhamento para que desenvolvam ao máximo suas habilidades;

- O país tem a melhor medicina do mundo e ela é gratuita e beneficia igualmente a todos;

- No caso da passagem de ciclones as autoridades evacuam as áreas de risco e o número de mortes, quando há, é mínimo. Além disso, os animais também são protegidos e tentam salvar o máximo de alimentos e pertences que for possível;

- Há praticamente ausência de violência social.

Em todos os municípios do país acontecerá uma jornada cultural em homenagem aos 50 anos do triunfo da Revoluçao Cubana. O programa intitulado “Todos com a Revolução” se caracteriza pela grande diversidade da proposta cultural que também contará com ações desportivas, as atividades demonstrarão as vitórias obtidas nessas cinco décadas que resultou no aumento da qualidade de vida do povo cubano.