16 de agosto de 2008

Cerca de 150 pessoas, entre professores, acadêmicos e técnicos administrativos, reuniram-se na tarde do dia 14/08 (quinta), na UFMS ( Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para discutir a paralisação da instituição e a ampliação do movimento que já ocupa a reitoria desde o dia 7 de agosto.

Ao som do hino Nacional e gritando frases contra o atual reitor Peró, os estudantes realizaram a assembléia que, como não poderia deixar de ser, protestou contra o voto proporcional e a data das eleições para reitor, que está marcada para o dia 25, uma véspera de feriado.

Além das questões relacionadas às eleições, os manifestantes discutiram problemas estruturais da universidade como os critérios de distribuição de professores, melhorias de estrutura e não pagamento de taxas.

Para o 1º vice-presidente da UNE, União Nacional dos Estudantes, Bruno Elias, a manifestação dos acadêmicos mostra a insatisfação com a estrutura vigente na universidade. Ele ainda ressalta que não se trata apenas de reclamar em busca do voto paritário e de uma nova data das eleições que possibilite o debate. Além disso, há muitos problemas que precisam ser solucionados.

“È uma luta contra um projeto conservador, que convive com a falta de professores. A paridade é apenas a ponta do iceberg. A próxima eleição na UFMS vai ser livre, direta e paritária”, declara o membro da UNE.

Ocupação crescente

No oitavo dia de ocupação da reitoria, a manifestação dos estudantes ganha progressivamente mais força. Ao todo, oito cursos estão paralisados: Ciências Sociais, Direito (noturno), Jornalismo, Letras, Artes Visuais, Educação Física, Psicologia e Arquitetura. Além disso, cursos como o de Engenharia Ambiental e Direito (diurno) estudam se também aderem à paralisação.

Além da paralisação, os manifestantes estão agindo em várias esferas. Para o estudante de Direito, André Queiroz, a situação caminha para uma intervenção do MEC (Ministério da Educação). Segundo ele, dia 15/08 (sexta), os estudantes se reúniram com o Procurador da República, Felipe Braga, para discutir a contratação de professores efetivos, irregularidades do COUN (Conselho Universitário) e a cobrança de taxas abusivas.

Na próxima segunda (18), o protesto ganha mais força com a vinda de acadêmicos dos campi de Três Lagoas, Aquidauana, Corumba, Nova Andradina e UFMT, sem contar com a galera da UJS, que está ajudando nas discussões e na realização de uma nova assembléia com o intuito de discutir se haverá uma greve ou uma paralisação na UFMS.
VMS lutar pela paridade e pela autonomia e melhoria nas universidades

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