28 de fevereiro de 2009

Eduardo - Militante da UJS e PCdoB


Um olá coletivo e coletivizante a todos.


Hoje eu recebi uma graninha pela venda da minha força de trabalho semanal ( estou trabalhando como ajudante de um caminhão de fretes), comprei oque faltava para minha subsistência semanal (café, arroz, açúcar, sal, umas coisas enlatadas), fraldas pra minha filha Sophia e decidi vir aqui na Internet.


Abri vários sites de investigação científica: o Granma, o vermelho e dei uma abridinha no orkut, e fiz o que nunca faço, comecei a visitar quem há anos não falava comigo. A porta da Lan House estava aberta e bateu em mim aquele vento frio da nostalgia. Aquela coisa que separam fatos das suas reproduções mentais. Senti saudades de muita coisas.


Lembro-me quando cheguei em Cuiabá por volta de Fevereiro de 2001, tinha 16 anos, não conhecia ninguém, apenas minha sombra, com quem é difícil manter um diálogo racional (ou é normal conversar com a própria sombra?).


Em Março de 2001, foi formado pela primeira vez um Grêmio Estudantil na Escola Paciana Torres de Santana, no Residencial Coxipó. A praxe das escolas suburbanas, ninguém queria entrar, foi montada uma chapa única com os estudantes mais proeminentes do colégio (Não sei por que me colocaram na Chapa), virei Diretor de Comunicação do Grêmio.


Grupos de direita começaram a cooptar alguns quadros do Grêmio, entrei numa tal SDE (Social Democracia Estudantil). Uma farsa criada pelo PSDB, para fazer volume no Congresso da UNE. Da UNE?? Secundaristas no Congresso da UNE como supostos delegados? Esta é a direita. A esquerdelha faz a mesma coisa.


No dia 07 de Setembro de 2001, Dia da Independência do Brasil, e meu aniversário, completei 17 anos. No dia 09 de Setembro de 2001, depois de uma rica exposição do marxismo-Leninismo pelos camaradas Aislan Galvão, Rovilson Portela e Miguel Rodrigues, no Monumento a Ulisses Guimarães, eu me filiei a gloriosa UJS (União da Juventude Socialista).


No dia 11 de Setembro de 2001, numa manhã nublada, no Grêmio Estudantil Nilo Peçanha, antiga ETF, eu me filiei ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil). Antes mesmo de saber o que havia acontecido nos Estados Unidos, o atentado terrorista das Torres Gêmeas. Fomos saber o que aconteceu na hora do almoço, quando Rodrigo Mussnich, que trabalhava na UNESCO nos avisou. Isso que dá ñ assistir TV.


Fazem quase oito anos da minha filiação e da minha decisão pelo comunismo. Pelos caminhos do marxismo-Leninismo. Meu estudo ininterrupto do socialismo científico levou minha mente por horizontes que jamais chegaria sozinho, pois ver o que está há um palmo do nariz exige luta constante. Meu materialismo mecanicista (sempre fui ateu), evoluiu para o materialismo dialético, consequente 8 anos.


Poderia ter terminado dois cursos superiores, ter dois diplomas universitários, mas do que me adiantariam? Ter um bom emprego? E foi mesmo Engel quem disse que a liberdade de pensar não se compra com um diploma.


Viva o Socialismo cientifico!


Até, camaradas!

25 de fevereiro de 2009

A Origem do Carnaval


A vida humana está associada a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais, tais como o ano e o dia que permitiram a elaboração dos calendários civis e religiosos, onde as grandes festas universais, como a Páscoa, o Natal etc., constituem lembranças astronômicas de grande importância histórica e econômica para a época em que foram instituídas. Muitas dessas tradições de origem pagã foram absorvidas pelas religiões atuais do mundo ocidental. A grande maioria dos foliões do nosso carnaval, ao se divertir, não sabe que estará inconscientemente fazendo apelo a uma reminiscência astronômica de origem solar.

De fato, na Antigüidade a importância dos astros era enorme na vida econômica e social. Como não possuíssem um calendário preciso que lhes permitissem prever com segurança a ocorrência do início das estações e, portanto, a época da semeadura e colheita - eram os povos primitivos, em especial os camponeses, obrigados a observar o céu. Em função de determinadas estrelas muito brilhantes, sabiam com antecedência quando iria ocorrer a chegada da primavera, do verão, do outono e do inverno.

Por outro lado, a observação astronômica, além de ser motivada pela sua principal atividade econômica - a agricultura -, era estimulada também pela ausência de luz nas grandes metrópoles da época, o que facilitava muito a observação dos astros. Com efeito, a feérica iluminação das grandes cidades modernas tem afastado o antigo hábito de observação do céu. Assim, ofuscados pelas luzes, não vemos os astros, que regem a nossa vida social em virtude de toda uma série de tradições de origem astronômica que foram estabelecidas pelas civilizações que nos antecederam.

Festa de ÍsisDesde as mais recuadas eras, os diferentes povos estabeleceram algumas festas de grande alegria. Assim, encontram-se entre os egípcios as festas de Ísis – deusa antropomórfica da magia e da ressurreição -, e do Touro Ápis – deus da fecundidade e do renascimento, representado por um touro branco com um disco solar entre os chifres -; as dionisíacas – danças e festas em homenagem ao deus Dionísio -; festa em honra de Baco, deus do vinho, entre os romanos; entre os gregos; as lupercais – festas ao Luperco ou Pã, deus protetor dos pastores e dos rebanhos comemorado em 15 de fevereiro, na Roma Antiga -; e as saturnais – festas a Saturno, deus da agricultura, celebrado entre os dias 17 e 19 de dezembro, quando se comemorava a semeadura da safra, entre os romanos. Todas envolviam festins, danças e disfarces. Embora seja muito difícil caracterizar a origem verdadeira do Carnaval, parece que os nossos atuais festejos estão intimamente associados às duas últimas festas romanas.

Logo após o início do Ano Novo, os romanos, nas calendas de janeiro, comemoravam as saturnais, festas instituídas por Janus em memória do deus Saturno que, segundo a lenda, teria transmitido a arte da agricultura aos italianos. Durante as saturnais, as distinções sociais não eram levadas em consideração. Os escravos ocupavam os lugares dos seus patrões, que os serviam à mesa. Nesse período não funcionavam os tribunais e as escolas. Os julgamentos eram suspensos e os condenados não podiam ser executados. Interrompiam-se toda e qualquer hostilidade. Os escravos percorriam as ruas cantando e se divertindo na maior desordem. As casas eram lavadas e purificadas.

As pessoas de um certo nível social preferiam se retirar para o campo, durante as saturnais, o que permitia ao povo celebrar com maior alegria esse período de liberdade.Numa seqüência lógica aos excessos libertários, os romanos procediam à sua purificação pelas comemorações das lupercais, festas celebradas em 15 de fevereiro, em homenagem ao deus Pã, matador da loba que aleitara os irmãos Rômulo e Remo, fundadores de Roma segundo a lenda.

Princípio da fecundidadeNesses festejos celebrava-se o princípio da fecundidade. Durante as comemorações das lupercais, untados em sangue de cabra e lavados com leite, os lupercos nus, com uma pele de um bode sobre os ombros, saíam pelas ruas batendo nos pedestres com uma correia de couro. As mulheres grávidas saíam às ruas e se ofereciam aos golpes das correias na esperança de escaparem às dores do parto. Por outro lado, as mulheres com desejo de possuírem um filho também procuravam ser atingidas pelas correias dos lupercos na esperança de virem a engravidar.

Como todos esses festejos, que consistiam essencialmente em mascaradas, disfarces e danças, já estivessem de tal modo implantados nos costumes quando do aparecimento do cristianismo, a Igreja só teve uma saída: adotou-os e, ao mesmo tempo, procurou santificá-los.De fato, o Carnaval parece ter tido origem nessas antiquíssimas comemorações pagãs, em geral de grande alegria e liberalidade, que eram celebradas durante a passagem do ano e com o objetivo de anunciar a próxima chegada da primavera. Com efeito, o atual carnaval era o tempo de regozijo, que ia desde a Epifania (6 de janeiro). até a quarta-feira de Cinzas. Com o tempo, essa festa acabou limitada aos últimos dias que antecediam o início da Quaresma, período de 40 dias que vai da quarta-feira de Cinzas até o domingo de Páscoa, e durante os quais os católicos e ortodoxos fazem sua penitência.

O período carnavalesco variou e ainda varia segundo as tradições de cada país. Assim, parece que ele se iniciava primitivamente na Idade Média em 25 de dezembro, incluindo a festa de Natal, o dia do Ano Novo e a Epifania. Mais tarde, passou a ser comemorado desde o dia de Reis até um dia antes das Cinzas. Em alguns lugares da Espanha, sua comemoração inclui também a quarta-feira de Cinzas. Em alguns países só se comemora na terça-feira, ao passo que no Brasil é festejado no sábado, domingo, segunda e terça-feira.

Esses festejos de janeiro e fevereiro, ligados às antigas festas pagãs de abertura do ano, estão associados, como já demonstraram os peritos em folclore cristão. Não eram simples rituais desprovidos de significações mais profundas, como se podia supor inicialmente. Na realidade essas festas populares cíclicas dos países cristãos, que serviam para abrir o ano e anunciar a vinda da primavera, estão todas elas intimamente associadas ao fenômeno astronômico do solstício de inverno no hemisfério Norte, de onde surgiram todas essas práticas.

IgrejasAs igrejas católica e ortodoxa herdaram tais festas ou rituais do mundo greco-romano, que, por seu lado, as teria recebido do Oriente. Assim, na realidade, todos os festejos cíclicos, tais como o próprio carnaval, estariam associados aos antigos rituais pagãos referentes às mudanças de estação, quando então se adoravam os deuses naturais da fecundidade, do crescimento, da colheita e da abundância, praticando-se penitências ou até mesmo o sacrifício de seres vivos. Essas festas continuaram tradicionalmente a ser respeitadas mesmo nas regiões que não apresentam as mesmas mudanças meteorológicas.

Assim, as festas do carnaval comemoradas durante o inverno no hemisfério Norte são celebradas, no hemisfério Sul, em pleno verão.Micareta, o carnaval alternativoNos primeiros decênios do século XX, o jornalista Francisco Guimarães – o conhecido Vagalume -, percebendo que o sábado de Aleluia se distanciava muito do período carnavalesco, introduziu no Rio de Janeiro a Mi-Carême (Meia Quaresma), importada da França. Essa festa parisiense foi comemorada no Rio, nos anos de 1920 até 1922, anualmente.

O vocábulo Mi-Carême foi abrasileirado em Micareta ou Micarema, cuja comemoração é muito comum nas cidades do nordeste, principalmente em Feira de Santana. De fato, nessa cidade baiana, comemora-se a Micareta, anualmente, na quinta-feira da terceira semana da Quaresma. Ao contrário, do que ocorreu no Rio, a festa carnavalesca realiza-se 15 dias após a Páscoa. Ela surgiu, em Feira de Santana, em 1937, quando choveu muito durante o período do Carnaval e foi decidido que a festa de Momo fosse transferida para o mês de maio daquele mesmo ano. Em virtude do grande sucesso é habito até hoje, em Feira de Santana, comemorar um segundo carnaval também após a Páscoa.

Conclusão

Finalmente, convém lembrar este texto pouco conhecido de Albert Einstein:“Os homens não vivem só de pão. É possível que as pessoas não versadas nas ciências atinjam uma parcela da beleza e virtudes inerentes ao pensamento, com a condição de que este pensamento lhes seja tornado assimilável. Não devemos exigir que a ciência nos revele a verdade. Num sentido corrente, a verdade é uma concepção muito vasta e indefinida. Devemos compreender que só podemos visar à descoberta de realidades relativas. Além disso, no pensamento cientifico existe sempre um elemento poético. A compreensão de uma ciência, assim como apreciar uma boa música, requer em certa medida processos mentais idênticos.

A vulgarização da ciência é de grande importância, se proceder duma boa fonte. Ao procurar-se simplificar as coisas não se deve deformá-las. A vulgarização tem de ser fiel ao pensamento inicial.”A leitura desse pensamento seria suficiente para eliminar um pouco a incompreensão da importância da divulgação científica, mas Einstein continua:“A ciência não pode, é evidente, significar o mesmo para toda a gente. Para nos, a ciência é em si mesma um fim, pois os homens de ciência são espíritos inquisidores. Mas não devemos esperar que todos comunguem das nossas concepções, e assim os profanos em matéria de ciência devem constituir objeto de uma especial consideração. A sociedade torna possível o trabalho dos sábios, alimenta-os. Tem o direito, portanto, de lhes pedir por seu lado uma alimentação digestiva.”

Assim como Einstein acreditou que a sociedade pede aos que guardam segredos a sete chaves, sejam científicos ou de natureza política, que liberem-na de uma forma algo bem digestível.

*Por Ronaldo Rogério de Freitas Mourão - Astrônomo, criador e primeiro diretor do Museu de Astronomia e Ciências Afins.

O motivo do Carnaval não ter uma data FIXA

Você já percebeu que a data do Carnaval varia a cada ano? Isso acontece porque ela é calculada a partir do dia de Páscoa, que também é uma data móvel. Veja só como funciona:
A Páscoa sempre acontece no primeiro domingo de lua cheia após o dia 21 de março, que é o dia em que começa o outono aqui no Brasil. Definida a data da Páscoa, é só contar 47 dias pra trás e encontrar a terça-feira de carnaval!
Veja os dias em que cai o Carnaval nos próximos anos:
2009: 24 de fevereiro
2010: 16 de fevereiro
2011: 08 de março
2012: 21 de fevereiro
2013: 12 de fevereiro
2014: 04 de março
2015: 17 de fevereiro

Vitória do SIM: O POVO tem Razão


Estava em Belém para o Fórum Social Mundial, agora em janeiro. Em determinada ocasião, disse um motorista de táxi sobre as reeleições: “o problema não é o cara continuar no poder, é ele continuar no poder sem o povo querer. Se o povo quer, está tudo bem”. O taxista não se referia a Hugo Chávez, mas a frase pode responder àqueles que adoram chamar de ditador o campeão em eleições.


Agora, desmoralizados pela especial adoração de Chávez por chamar o povo às urnas, ao invés de ditador ele passou a ser aquele que, de tanto fazer eleições e plebiscitos, tornou o processo vulgar. A mídia marrom e as elites ainda o acusam de ter sido derrotado na outra votação das alterações na constituição e de ter-se dado uma “segunda” chance. Mas nesse caso, há diferença entre pesos e medidas.


No caso da União Européia, por exemplo, quando os povos de diversos países rechaçaram a constituição do bloco, ninguém se levantou contra novas consultas. A radicalização da democracia é apenas um dos traços da mudança de época no nosso continente, iniciada a partir da eleição e reeleição de governos progressistas, cujo pioneiro foi justamente Hugo Chávez, em 1998, na Venezuela.


O que tira as elites do sério é que, eleição após eleição, a vitória do campo progressista se confirma e o processo revolucionário se reafirma naquela nação. A vitória nesse referendo fortalece o processo de integração continental, o Mercosul, a Unasul e a Alba. Fortalece a soberania nacional, a cooperação, o combate às assimetrias, a multipolaridade, a aplicação de políticas sociais, a democracia, a unidade dos povos latino-americanos.


Além do mais, deve-se levar em conta o momento político em que o povo renova sua confiança nos rumos apontados por Chávez: num contexto de crise mundial do neoliberalismo, quando fica evidenciada a necessidade de um modelo alternativo, viável aos povos. Nesse caso, a vitória no referendo deste domingo fortalece a nova luta pelo socialismo, que se dá através de um caminho próprio para o desenvolvimento nacional e para a emancipação dos povos.


A histórica votação mostra que existe espaço para propor uma alternativa à esquerda como resposta à crise e cria a expectativa de que se avizinha um momento de retomada da ofensiva ideológica dos movimentos progressistas e das forças revolucionárias em contraponto às combalidas idéias neoliberais.


Na realidade venezuelana já é possível inclusive hastear novamente a bandeira da luta pelo socialismo, apontado nas palavras de Chávez como o “socialismo do século 21”.


* Titi Alvares é diretora de Relações Internacionais da UJS

O Mundo

Não duvide, teremos muitas lutas pela frente, as mobilizações de estudantes na Europa (Espanha, Itália, Grécia, etc) demonstram que a água já está borbulhando, os trabalhadores se mobilizam como a muito tempo não faziam na Europa, Japão, EUA. A crise do capitalismo faz cair sua máscara de bom moço e aparece a face monstruosa desse sistema. Por isso teremos um ano importante pela frente para difundirmos a idéia do socialismo, a única saída que interessa para os trabalhadores nessa crise.

O Mundo

Como viver em um mundo no qual crianças são vendidas pelos próprios pais? Como aceitar um mundo em que mulheres vendem o seu corpo e artistas vendem a sua sensibilidade e criatividade? Como pode nesse mundo tantos seres-humanos passarem fome, morrerem de fome, se existe tecnologia e condições de todos terem uma boa alimentação?

As pessoas “sérias” e “sensatas” dizem: o mundo sempre foi assim, os seres-humanos são assim, não há o que fazer, apenas cuidar para se dar bem nesse jogo. Quanto conformismo e ignorância! Como aceitar a barbárie tomando conta de tudo e nada fazer? Não! O mundo não deve ser assim e a raça humana tem toda a capacidade de construir um lugar melhor para se viver.

Um mundo em que tudo será feito e pensado para suprir as necessidades de toda a sociedade, um mundo em que o trabalho será dividido de forma igualitária, propiciando tempo livre para o descanso, o lazer e os estudos, para o desenvolvimento da humanidade.

Um mundo em que a beleza, o amor e tantas outras coisas deixarão de ser mercadorias a serem consumidas e as pessoas não se olharão mais com desconfiança, como concorrentes pela sobrevivência, mas todos irão se ajudar, cooperarão para a construção de uma sociedade feliz. A felicidade estará na vida, não em outra vida, não em uma pílula.

Sonhos... apenas sonhos de um jovem, continuam a dizer os “sensatos”. Sim, são sonhos, mas se esquecem eles que são sonhos já pensados por muitos no passado, e que muitos deram a vida para construir esse sonho. Passou da hora desse sonho sair das mentes e tomar a realidade.

A luta para construir esse novo mundo é difícil, existem os que querem nos desanimar, existem os que nos atacam por ver seus privilégios ameaçados, existem os que dizem lutar pelo mesmo sonho, mas já trairam a nossa causa e se tornaram mais “sensatos”, buscando se dar bem no jogo.

Apesar de tudo não devemos nos curvar, devemos nos alimentar dos sonhos e lembrar que não estamos sozinhos, nem na história, nem no presente. Nossas idéias se alastram. A crise desse sistema desnuda sua falência. Até mesmo alguns “sensatos” começam a pensar que alguma coisa deveria ser feita.

Passo a passo, tijolo a tijolo, vamos construir um novo mundo. Um mundo construído por aqueles tão acostumados a construir, a classe trabalhadora, que irá abrir o caminho para uma nova sociedade, uma sociedade SOCIALISTA!

É hora de ser realista, companheiros! É hora de ser revolucionário e socialista.

*por Alex Minoru

21 de fevereiro de 2009

Projeto que reduz maioridade penal poderá ser votado no senado em 2009

Volta e meia é reaberto o debate sobre a maioridade penal, via de regra sob a ótica conservadora que pretende diminuir a idade mínima dos atuais 18 anos. No ano de 2009, essa pauta deve ressurgir pelas mãos do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que tem substituivo sobre o tema pronto para ir ao plenário.

A proposta do senador torna penalmente responsáveis os jovens entre 16 e 18 anos que tenham consciência ou "plena capacidade" de entendimento sobre o ato ilícito cometido. No caso, se condenado, o jovem ficaria recluso em local distinto dos detentos com mais de 18.
Patrícia Saboya, senadora pelo Ceará (PDT), é contra a proposta justamente por considerar que a juventude representa parcela vulnerável da população e tem, na grande maioria da vezes, suas necessidades e direitos subjugados.

"Eu não posso condenar as crianças porque o Estado brasileiro não cumpriu suas responsabilidades. A sociedade está com razão quando quer tranquilidade, mas asseguro, com minha experiência, que a redução da maioridade não é solução", diz.

E a depender das propostas de alguns parlamentares, a senadora não exagera quando fala em condenar "crianças". A PEC 90/03, por exemplo, do senador Magno Malta (PR-ES), quer tornar sujeitos à punição penal os maiores de 13 anos. Esse projeto é um dos cinco sobre o tema que foram juntados no substitutivo apresentado por Demóstenes.

Curioso é o fato de que ganha relevo nesse debate, sempre, o delito praticado pelo jovem e nunca o frequente descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente por parte dos adultos e dos governos. Os excelentíssimos senadores logo buscam a claridade dos holofotes para denunciar quando algum "menor" comete um crime, pois se aproveitam da comoção gerada para buscar dividendos políticos.

Porém, são poucas as vozes que se levantam para combater a violência policial que vitima milhões nas periferias, a péssima qualidade da educação ou a falta de oportunidades para os jovens, camada mais afetada pelo desemprego.

É necessário que as entidades do movimento juvenil, conselheiros tutelares, entidades ligadas à defesa dos direitos da criança e do adolescente e parlamentares progressistas estejam preparados, desde já, para desmascarar as propostas que visam criminalizar a juventude brasileira.


* por Fernando Borgonovi, no site oficial da ujs: www.ujs.org.br

20 de fevereiro de 2009

Liberdade de expressão


Galera, tava demorando!

A polícia federal invadiu a UNICAMP e fechou a Rádio Livre que é refêrencia no país todo, a Radio Muda.

Sabemos que por trás dessas ações estão os grandes conglomerados de mídia (globo, band, ...) que tem medo das rádio pequenas que estão ganhando audiência. Eles estão usando argumentos totalmente mentirosos, que já foram refutados cientificamente inclusive por outros delegados da PF de que o sinal interfere em comunicação de aviões.

Além disso, essas ações ferem o direto constitucional de liberdade de expressão. Leia o manifesto à baixo:

Na manhã de hoje, quinta-feira, dia 19 de fevereiro de 2009, mudeiros encontram o local da Rádio Muda com a fechadura trocada. De fora, notaram o desaparecimento do cabo e da antena da Rádio Muda. Quando conseguiram entrar no local, verificaram que todos os equipamentos da Rádio haviam sido levados. Não havia, no local, nenhum papel que explicasse o ocorrido. Informalmente, várias pessoas disseram que tudo havia sido feito nesta madrugada pela Polícia.
No momento, uma comissão de mudeiros está no Gabinete do Reitor e, com o Reitor, procura informar-se sobre o que aconteceu e quais as providências que o Reitor pretende tomar. Neste momento, agradeço a sua solidariedade, através de mensagens endereçadas a
radiomuda@lists. riseup.net ou através de manifestação, diretamente ao Reitor, de seu apoio à Rádio Muda, através gabinete@reitoria. unicamp.br. E, por favor, avise os seus amigos.

A União da Juventude de Mato Grosso se manifesta contrário à essa decissão da reitoria, e vem a público dizer que estamos terminado de montar a nossa rádio através da grande ajuda da Rádio Muda,que sofreu esse ataque de liberdade de expressão.

Vamos continuar a construir essa rádio, e ajudar nessa manifestação em favor da liberdade de expressão e dos estudantes.

versos

"vamos desobedecer

com o sorriso doce de quem sabe

que tem razão"

TROTE ...até ele tem PL

A notícia de que a Câmara aprovou projeto de lei que proíbe os trotes violentos nas instituições de ensino está em todos os grandes jornais. O projeto prevê multa de até R$ 20 mil e a suspensão ou mesmo expulsão do estudante que cometer trote que exponha de forma vexatória alunos recém-aprovados.

A universidade terá que criar uma comissão disciplinar para analisar os casos de violência e adotar as medidas punitivas rapidamente,como a Expulsão e multa contra trotes violentos

Pela proposta, que segue para votação no Senado, antes do início das aulas, a universidade terá que criar um grupo, formado por alunos e professores, para estabelecer, no lugar do trote, atividades de "integração universitária", como prestação de serviços à comunidades. Essas medidas foram chamadas de trote comunitário ou social. O projeto prevê também que essas atividades durariam, no máximo, vinte horas, e poderiam ser distribuídas em vários dias.

Cronologia

1999: O estudante Edison Tsung Chi Hsueh morreu afogado na piscina da Associação Atlética Oswaldo Cruz, durante um trote na Faculdade de Medicina da USP

2000: Um calouro da Faculdade de Educação Física da UniTau sofreu queimaduras no rosto, orelhas e pescoço após ser pintado com tinta a óleo por um grupo de veteranos

2002: Um calouro da UniSantos recebeu uma tesourada no abdômen por se recusar a permitir que o cabelo fosse raspado

2005: Uma aluna de Medicina da Unicamp foi jogada de roupa na piscina, recebeu cuspidas no rosto e foi presa em um galinheiro junto com colegas

2006: A Universidade Federal de Uberlândia expulsou e suspendeu alunos que obrigaram um calouro a deitar sobre um formigueiro. Ele levou mais de 250 picadas. Não morreu por não ser alérgico.
Vamos dar o exemplo aqui no estado de MT...Através da doação de sangue, doação de agasalhos e alimentos,entre outras idéias para dar boas vindas para os klouros,da melhor forma!

Por Uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade

O ano de 2009 será determinante para aqueles que defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos. É preciso organizar o enfrentamento à crise mundial que reflete desde já na educação e pode ter como conseqüência mais grave o corte nos investimentos públicos para as áreas sociais.

É neste cenário que construiremos a Conferência Nacional de Educação que será um marco na elaboração e sistematização de diretrizes que nortearão a construção do projeto educacional para nosso país.

Começaremos pelas Conferências dos Pólos do nosso querido Mato Grosso,onde poderemos aprofundar os debates sobre a assistência estudantil, acesso ao ensino básico e a universidade, que esse ensino seja realmente GRATUITO, sem cobranças de diploma ou passe.
Pelos desafios colocados é preciso mais do que nunca construir uma ampla frente em defesa da educação que organize as lutas e mobilizações tão necessárias neste momento.

Já tivemos o CONEG da UBES e o CONEB da UNE, onde aconteceu grandes discussões do ensino básico,técnico e superior, e assim, através dos debates e do documento base feito, podemos fazer um balanço do que a juventude pretende melhorar no ensino, e fazer uma busca por uma educação de qualidade.

Nossa palavra de ordem é democratizar a universidade brasileira em diversos aspectos: democratizar o acesso à universidade, suas estruturas acadêmicas e currículos, e também a participação da comunidade nas decisões dos rumos da instituição,entre outras tantas coisas.

Visando a construção de um grande debate aqui dentro do Estado de MAto Grosso, entendendo que é preciso que o tema da Educação ganhe relevância e destaque neste ano, convidamos as entidades, lutadores e lutadoras parceiras desta luta para uma Plenária de Convergência, onde podemos fazer um balanço das discussões que já aconteceram.

DIA: 04 de Março
HORA: 17:00
LOCAL: ADUFMAT
TEMA: Educação pública, gratuita e de qualidade, para os 03 níveis (Básico,Técnico e Superior).

8 de fevereiro de 2009

Por um mundo sem racismo, machismo e homofobia!

Vai ocorre no FAmoso Chorinho, a festa denominada de Beijaço, no dia 19/02, às 00:00hrs.
Em 28 de junho de 1969, em Nova Yorque, a homossexualidade era tratada como doença e uma prática ilegal. O “Stone Wall In”, um bar onde gays e lésbicas eram os principais frequentadores, foi palco de uma revolta que deu origem às “Paradas” que ocorrem até hoje.

Várias cidades do mundo organizam o Dia do Orgulho GLBTT, não só com o objetivo de relembrar e celebrar o dia 28 de Junho, mas também, com intuito de minimizar os preconceitos existentes e ultrapassar os efeitos da discriminação. É um dia de celebração. Celebração à diversidade, celebração ao respeito, celebração a um mundo novo. É isso que querem os gays, lésbicas, transexuais, transgêneros, e também aqueles que lutam por um mundo de igualdade.

Os LGBTTT são uma parcela da população, realmente expressiva e impossível de ser ignorada. A discriminação e a exclusão social causam problemas sérios de ordem psíquica e emocional, demandas sociais, culturais e/ou jurídicas. Os militantes do LGBT deram início a um Movimento que busca a liberdade de expressão sexual e de igualdade de direitos. É uma parcela da população que merece, como todas as outras, ser ouvida, reconhecida e assistida.
A União da Juventude Socialista – UJS acredita que a luta por uma sociedade mais justa, democrática e igualitária implica necessariamente no fim de TODAS as formas de opressão e preconceito, as quais nada mais que são instrumentos de segregação criados para dividir a Juventude, privando-a de seus direitos mais elementares e relegando à esfera jurídica a igualdade de TODOS.

Nas lutas do povo brasileiro a juventude sempre esteve presente, lutando pela independência nacional, pela democracia, pelos direitos sociais, pelo fim de qualquer forma de opressão à livre orientação sexual.

A UJS sempre foi ousada. Precisa-se ousar sempre. Ousar pela livre orientação sexual, compreendendo a comunidade LGBT; são mulheres, homens e jovens que ousam ser o que são e com isso quebram muitos padrões sociais sustentados pelo capitalismo e suas instituições políticas e jurídicas. A homofobia, também é um fator estruturante das desigualdades sociais.

Os jovens da UJS acreditam no socialismo, e este não se refere apenas ao fim de toda opressão e exploração. É também uma luta para a libertação de todos os preconceitos e toda a repressão que distorcem e destroem a sexualidade.

A UJS acredita que é preciso combater a homofobia (e suas expressões específicas como a lesbofobia e a transfobia), e promover a construção de novos padrões de relações de gênero que libertem mulheres, homens e jovens, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Por um Brasil, sem preconceito!

7 de fevereiro de 2009

Declaração Aprovada na Assembléia das Mulheres de todo o mundo


Declaração da Assembleia de Mulheres
Belém, 1 de fevereiro de 2009 - Forum Social Mundial (FSM)

No ano em que o FSM encontra-se com a população da Pan-Amazônia, nós mulheres de diferentes partes do mundo, reunidas em Belém, afirmamos a contribuição das mulheres indígenas e das mulheres de todos os povos da floresta como sujeito político que vem enriquecer o feminismo a partir da diversidade cultural de nossas sociedades e conosco fortalecer a luta feminista contra o sistema patriarcal capitalista globalizado.

O mundo hoje assiste a crises que expõem a inviabilidade deste sistema. As crises financeiras, alimentar, climática e energética não são fenômenos isolados, mas representam uma mesma crise do modelo, movido pela superexploração do trabalho e da natureza e pela especulação e financeirização da economia.

Frente a estas crises não nos interessam as respostas paliativas e baseadas ainda na lógica do mercado. Isto somente pode levar a uma sobrevida do mesmo sistema. Precisamos avançar na construção de alternativas. Para a crise climática e energética, negamos a solução por meio dos agrocombustíveis e do mercado de créditos de carbono. Nós, mulheres feministas, propomos a mudança no modelo de produção e consumo. Para a crise alimentar, afirmamos que os transgênicos não representam uma solução. Nossa proposta é a soberania alimentar e a produção agroecológica. Frente à crise financeira e econômica, somos contra os milhões retirados dos fundos públicos para salvar bancos e empresas. Nós mulheres feministas reivindicamos proteção ao trabalho e direito à renda digna.

Não podemos aceitar que as tentativas de manutenção desse sistema sejam feitas à custa de nós mulheres. As demissões em massa, o corte de gastos públicos nas áreas sociais e a reafirmação desse modelo produtivo afeta diretamente nossas vidas à medida que aumenta o trabalho de reprodução e de sustentabilidade da vida.

Para impor seu domínio no mundo, o sistema recorre à militarização e ao armamentismo; inventa confrontações genocidas que fazem das mulheres botim de guerra e sujeitam seus corpos à violência sexual como arma de guerra contra as mulheres no conflito armado. Expulsa populações e as obriga a viver como refugiadas políticas; deixa na impunidade a violência contra as mulheres, o feminicídio e outros crimes contra a humanidade, que se sucedem cotidianamente nos contextos de conflitos armados.

Nós feministas propomos transformações profundas e radicais das relações entre os seres humanos e com a natureza, o fim da lesbofobia, do patriarcado heteronormativo e racista. Exigimos o fim do controle sobre nossos corpos e sexualidade. Reivindicamos o direito a decidir com liberdade sobre nossas vidas e territórios que habitamos. Queremos que a reprodução da sociedade não se faça a partir da superexploração das mulheres.

No encontro das nossas forças, nós nos solidarizamos com as mulheres das regiões de conflitos armados e de guerra. Juntamos nossas vozes às das companheiras do Haiti e rechaçamos a violência praticada pelas forças militares de ocupação. Nossa solidariedade às colombianas, congolesas e tantas outras que resistem cotidianamente à violência de grupos militares e das milícias envolvidas nos conflitos em seus países. Nossa solidariedade com as iraquianas que enfrentam a violência da ocupação militar norte-americana. Nesse momento em especial nós nos solidarizamos com as mulheres palestinas que estão na Faixa de Gaza, sob ataque militar de Israel. E nos somamos a todas que lutam pelo fim da guerra no Oriente Médio.

Na paz e na guerra nos solidarizamos às mulheres vitimas de violência patriarcal e racista contra mulheres negras e jovens.

De igual maneira, manifestamos nosso apoio e solidariedade a cada uma das companheiras que estão em lutas de resistência contra as barragens, as madereiras, mineradoras e os megaprojetos na Amazônia e outras partes do mundo, e que estão sendo perseguidas por sua oposição legítima à exploração. Nós somamos às lutas pelo direito à água. Nós nos solidarizamos a todas as mulheres criminalizadas pela prática do aborto ou por defenderem este direito. Nós reforçamos nosso compromisso e convergimos nossas ações para resistir à ofensiva fundamentalista e conservadora, e garantir que todas as mulheres que precisem tenham direito ao aborto legal e seguro.

Nos somamos às lutas por acessibilidade para as mulheres com deficiência e pelo direito de ir e vir e permanecer das mulheres migrantes.

Por nós e por todas estas, seguiremos comprometidas com a construção do movimento feminista como uma força política contra-hegemônica e um instrumento das mulheres para alcançar a transformação de suas vidas e de nossas sociedades, apoiando e fortalecendo a auto-organização das mulheres , o diálogo e articulação das lutas dos movimentos sociais. Estaremos todas, em todo o mundo, no próximo 8 de março e na Semana de Ação Global 2010, confrontando o sistema patriarcal e capitalista que nos oprime e explora.

Nas ruas e em nossas casas, nas florestas e nos campos, no prosseguir de nossas lutas e no cotidiano de nossas vidas, manteremos nossa rebeldia e mobilização.

Saramago manifesta-se sobre a crise


O escritor português José Saramago manifestou-se sobre a crise econômica. Ao se pronunciar contra as políticas capitalistas, defendeu que “Marx nunca teve tanta razão”. As declarações de Saramago repercutiram na imprensa mundial, pois ele culpou os banqueiros e as grandes empresas pela crise.

Ao relacionar a crise mundial com a história do livro e do filme, disse que “estamos sempre mais ou menos cegos. O ideal seria que todos fossemos cidadãos ativos, mas cada um tem os seus problemas e a sua felicidade a conquistar”, porém, para ele, “as piores consequências ainda não se manifestaram”.

Ainda completou: “Se há uma catástrofe em qualquer lado, aparecem logo países a querer ajudar, mas um ano depois a ajuda ainda não chegou. Como é possível demorar-se tanto a disponibilizar dinheiro para uma emergência e agora, de repente, saltam milhões? Onde estavam? O dinheiro apareceu para salvar vidas? Não: apareceu para salvar bancos. E dizem que sem bancos isto não funciona. Marx nunca teve tanta razão como hoje”.

Ele publicou em seu blog um manifesto intitulado “Novo capitalismo?”. Além do próprio Saramago, assinam Federico Mayor Zaragoza, Francisco Altemir, Roberto Savio, Mário Soares e José Vidal Beneyto.

“Ásia Oriental, Argentina, Turquia, Brasil, Rússia, a hecatombe da Nova Economia, provam que não se trata de acidentes conjunturais fortuitos que acontecem na superfície da vida económica mas que estão inscritos no próprio coração do sistema”, diz uma parte do texto que está abaixo.

Novo capitalismo?
By José Saramago

Há uns dias atrás, várias pessoas de diversos países e diferentes posições políticas, subscrevemos o texto que reproduzo abaixo. É uma chamada de atenção, um protesto, a expressão do alarme que sentimos diante da crise e das possíveis saídas que se afiguram. Não podemos ser cúmplices.

“Novo capitalismo?”

Chegou o momento da mudança à escala pública e individual.
Chegou o momento da justiça.

A crise financeira aí está de novo destroçando as nossas economias, desferindo duros golpes nas nossas vidas. Na última década, os seus abanões têm sido cada vez mais frequente e dramáticos. Ásia Oriental, Argentina, Turquia, Brasil, Rússia, a hecatombe da Nova Economia, provam que não se trata de acidentes conjunturais fortuitos que acontecem na superfície da vida económica mas que estão inscritos no próprio coração do sistema.

Essas rupturas, que acabaram produzindo uma contracção funesta da vida económica atual, com o argumento do desemprego e da generalização da desigualdade, assinalam a quebra do capitalismo financeiro e significam o definitivo ancilosamento da ordem económica mundial em que vivemos. Há, pois, que transformá-lo radicalmente.

Na entrevista com o presidente Bush, Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, declarou que a presente crise deve conduzir a uma “nova ordem económica mundial”, o que é aceitável, se esta nova ordem se orientar pelos princípios democráticos – que nunca deveriam ter sido abandonados – da justiça, liberdade, igualdade e solidariedade.

As “leis do mercado” conduziram a uma situação caótica que levou a um “resgate” de milhares de milhões de dólares, de tal modo que, como se referiu acertadamente, “se privatizaram os ganhos e se nacionalizaram as perdas”. Encontraram ajuda para os culpados e não para as vítimas. Esta é uma ocasião única para redefinir o sistema económico mundial a favor da justiça social.

Não havia dinheiro para os fundos de combate à SIDA, nem de apoio para a alimentação no mundo… e afinal, num autêntico turbilhão financeiro, acontece que havia fundos para que não se arruinassem aqueles mesmos que, favorecendo excessivamente as bolhas informáticas e imobiliárias, arruinaram o edifício económico mundial da “globalização”.

Por isto é totalmente errado que o Presidente Sarkozy tenha falado sobre a realização de todos estes esforços a cargo dos contribuintes “para um novo capitalismo”!… e que o Presidente Bush, como dele seria de esperar, tenha concordado que deve salvaguardar-se “a liberdade de mercado” (sem que desapareçam os subsídios agrícolas!)…

Não: agora devemos ser resgatados, os cidadãos, favorecendo com rapidez e valentia a transição de uma economia de guerra para uma economia de desenvolvimento global, em que essa vergonha colectiva do investimento de três mil milhões de dólares por dia em armas, ao mesmo tempo que morrem de fome mais de 60 mil pessoas, seja superada.

Uma economia de desenvolvimento que elimine a abusiva exploração dos recursos naturais que tem lugar na actualidade (petróleo, gás, minerais, carvão) e que faça com que se apliquem normas vigiadas por uma Nações Unidas refundadas – que envolvam o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial “para a reconstrução e desenvolvimento” e a Organização Mundial de Comércio, que não seja um clube privado de nações, mas sim uma instituição da ONU – que disponham dos meios pessoais, humanos e técnicos necessários para exercer a sua autoridade jurídica e ética de forma eficaz.

Investimento nas energias renováveis, na produção de alimentos (agricultura e aquicultura), na obtenção e condução de água, na saúde, educação, habitação… para que a “nova ordem económica” seja, por fim, democrática e beneficie as pessoas. O engano da globalização e da economia de mercado deve terminar! A sociedade civil já não será um espectador resignado e, se necessário for, utilizará todo o poder de cidadania que hoje, com as modernas tecnologias de comunicação, possui.

Novo capitalismo? Não!

Chegou o momento da mudança à escala pública e individual.
Chegou o momento da justiça.

UNIDADE contra a Crise

Nenhuma Demissão - Estabilidade no emprego já!
Os trabalhadores não podem pagar pela crise. Os ricos que paguem!

A crise econômica vai sendo uma escola de unidade para as principais centrais sindicais brasileiras. Em janeiro, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central Sindical e CGTB, anuciaram um PActo de Ação Sindical para enfrentar as ameaças contra os trabalhadores e, a principal delas, o desemprego.

A CUT não participou da reunião que definiu a ação conjunta, mas garantiu que apoia o movimento e vai assinar o documento que contém nove propostas e foi aprovado, no dia 15/01, em reunião na sede nacional da CTB, em São Paulo.

A ação já teve uma primeira consequencia importante: a Força Sindical, que vinha conversando com a Fiesp sobre medidas para enfrentar a crise, atendeu à solicitação das centrais e suspendeu aquelas negociações por dez dias, reforçando a unidade da luta dos trabalhadores´.

É natural que existam opiniões divergentes, mas as centrais precisam buscar a unidade para desenvolver a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.

A assinatura, por 35 lideranças, representando cinco das seis principais centrais sindicais, aponta nesse rumo e deve ser saudada como uma conquista dos trabalhadores que podem, assim, enfrentar como um só bloco a crise que ameaça seus empregos e sálarios.

Na reunião, a defesa das seuintes propostas vão ser feitas:
  1. Exigência de contrapartidas sociais, especialmente a garantia dos empregos, de todas as empresas/setores econômicos, beneficiados com recursos públicos (empréstimos, insenção fiscal, etc);

  2. Fim das horas extras;

  3. Eliminação do banco de horas;

  4. Redução imediata de, pelo menos, dois pontos percentuais da taxa básica de juros (selic);

  5. Redução substancial do "spread" bancário dos bancos públicos e privados;

  6. Ampliação das parcelas de seugro desemprego;

  7. Ampliação dos aportes financeiros do fundo de amparo ao trabalhador, destinados à qualificação da mão de obra.

  8. Autorização para que o trabalhador possa utilizar até 20% (vinte por cento) da sua conta do FGTS no Fundo de Infraestrutura (FI-FGTS);

  9. Manisfestação em São Paulo pela redução da taxa de juros.

Somente uma observação: em contraste com o péssimo número divulgado em Dezembro, 2008 fechou com a menor taxa de desemprego desde 2002: 6,8%. O lado ruim da noticia é que os efeitos da crise aparecerão nos dados de Janeiro...

4º Cngresso de Extensão Universitária

Estão abertas as inscrições de trabalho ao 4º Congresso de Extensão Universitária, com o objetivo de difundir a produção intelectual dos universitários brasileiros. Ocorre, de 27 a 30 de abril, em Dourados, Mato Grosso do Sul, os interessados podem enviar trabalhos até o dia 20 de fevereiro.

O Congresso Cientifico é um espaço que congrega todos que trabalham na área da extensão universitária, sendo o tema “Tecnologias Sociais e Inclusão: Caminhos para a Extensão Universitária”. O evento ainda conta com mesas-redondas, minicursos, sessões de comunicações orais, apresentação de pôsteres, lançamentos de livros e atividades culturais.


Mais detalhes acerca do evento podem ser obtidos no site www.ufgd.edu.br/cbeu ou por e-mail cbeudourados@ufgd.edu.br.

1 de fevereiro de 2009

Mobilização na França

Um dia de mobilização bem sucedida! O UNEF chama à assembleias gerais
Dezenas de milhares de jovens participaram nas manifestações, que reuniram 2.5 milhões de pessoas por toda a parte na França. Os jovens e os estudantes eram nomeadamente 10.000 em Bordeaux, 10.000 em Marseille, 3000 em Liyon, 5000 em Montpellier.
A participação importante dos jovens testemunham a sua apreensão perante a um futuro marcado pelo desemprego e marca a recusa das políticas do governo que não protegem as consequências da crise e acrescentam dificuldades a um futuro já frágil (supressões de milhares de postos na função pública que aumentam de um verdadeiro plano social, degradação do enquadramento nas universidades, aumento das desigualdades entre as universidades, aumento da precariedade da vida do estudante…).

Antes de fazer a metereologia das catástrofes sociais, o governo deve hoje tirar o seu guarda-chuva a fim de proteger-nos das consequências da crise. Os jovens recusam ser os reféns da crise e do desemprego, para construir o seu futuro.A UNEF chama os estudantes a reunir-se em assembleias gerais nas universidades a partir de segunda-feira 2 de Fevereiro para debater e dar sequência à este dia bem sucedido.
A UNEF chama os estudantes a ampliar a sua participação nas mobilizações nas universidades para obter uma mudança na política do governo em matéria de ensino superior e das medidas para fazer face à crise e responder à precariedade dos jovens.

Saudações estudantis
*Por Flavio Franco (Ciências Sociais - UFBA)
Atualmente em Intercâmbio Acadêmico no Instituto de Estudos Politicos em Rennes-França
UJS/UNEGRO/PC do B/
UNIÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DA FRANÇA: www.unef.fr