29 de julho de 2008

A placa de "NÃO HÁ VAGAS" é a senha de nossa exclusão e marginalização


Jovens ocupam 7,8% dos empregos gerados no Brasil, diz OIT

Dos 14,7 milhões de empregos gerados entre 1986 e 2006 no país, os jovens entre 15 e 24 anos ocuparam apenas 7,8% do total. Foi o que apontou uma pesquisa inédita da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que será lançada em outubro.

Com o apoio do projeto de Promoção do Emprego de Jovens na América Latina (Prejal), o estudo traça, com base em microdados da Pesquisa Nacional de Domicílio (PNAD) de 2006, o perfil do jovem de 15 a 24 anos. O relatório apontará, ainda, caminhos a serem seguido por governos e empresas na busca de soluções para o desemprego juvenil.

O estudo foi baseado, também, em dados do Ministério do Trabalho. Entre as conclusões do documento, está que a precariedade do sistema educacional brasileiro e a pouca escolaridade leva, na maioria das vezes, os jovens a entrarem no mercado de trabalho de maneira precária.

Por isso, apresentam taxas de desocupação e informalidade acima das demais faixas etárias, baixos níveis de rendimento e de proteção social. A desvantagem dos jovens no mercado de trabalho é maior, apesar de passarem mais tempo na escola que os adultos.

Enquanto 41% desses têm de zero a quatro anos de estudo, 11,9% dos jovens de 15 a 24 anos possuem essa mesma escolaridade. Já para a faixa de escolaridade de nove a 11 anos de estudo, o percentual de adultos é de 24% e 44% para jovens.

A juventude brasileira está concentrada, predominantemente, em áreas urbanas. Em 2006, do total de 34,7 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, 28,9 milhões (83,3%) moravam em áreas urbanas e 5,8 milhões (16,7%) encontravam-se no campo.

A desigualdade educacional também persiste entre esses jovens: apenas 1,4% dos jovens rurais tinha 12 anos de estudo ou mais. Esse percentual atingia 9,8% dos jovens das cidades. As desigualdades regionais também pesam.

A taxa de analfabetismo entre os jovens era, em 2006, de 0,9% na região Sul e 5,3% no Nordeste.

Raça

Outro dado da OIT mostra que persiste uma elevada desigualdade em termos de acesso à educação entre pessoas com a cor da pele diferente.

Enquanto 39,7% dos jovens negros tinham de cinco a oito anos de estudo, o número cai para 29,5% quando se trata de brancos com mesmo período de escolaridade.
Mais de 13% dos brancos tinham 12 anos ou mais de estudo. Esse número cai para 3,7% entre os negros. O estudo considerou como população negra o total de pessoas pardas e pretas.

Gênero

O desemprego de jovens tem maior incidência para o sexo feminino, para a etnia negra a população urbana. A taxa de desemprego entre 15 a 24 anos era de 17,8% e dos adultos, 5,6%.

O desemprego entre os homens jovens era de 13,8% e 23% entre as mulheres da mesma faixa etária. Do total das jovens ocupadas entre 15 e 24 anos, 14,8% eram trabalhadoras domésticas sem carteira assinada. E 11,6% das mulheres adultas trabalhavam na mesma situação.

Informalidade

Os jovens são, no Brasil, as principais vítimas da precariedade do mercado de trabalho informal. A taxa de informalidade entre eles afeta 60,5% dos jovens trabalhadores ocupados.

De acordo com o relatório, a probabilidade de um jovem com até quatro anos de estudo estar no setor informal é o dobro daquela prevalecente para uma pessoa de 15 a 24 anos com 12 anos ou mais de estudo.

Apesar dos números, a coordenadora nacional do Prejal, Karina Andrade, diz que o Brasil tem demonstrado esforço em promover empregos aos jovens, mas ainda há muito a ser feito.

Segundo ela, a criação de conselhos estaduais da juventude seria um passo positivo na busca de políticas públicas voltadas para os jovens e aponta que a profissionalização de qualidade é um dos caminhos. "Não dá para falar em trabalho sem falar em educação”, afirma.

Fonte: Jornal do Brasil

27 de julho de 2008

È Hora de Mudar...

Quatro anos de Imobilidade, inexpressão e acomodismo, a Câmara Municipal de Cuiabá tem baixo rendimento legislativo e esta atolada em denuncias e escandalos. Só este ano, foram apresentados 115 projetos de lei. Desses, 15 foram enviados à sanção do prefeito e apenas 5 se transformaram em lei. Em percentual: 7,6%. Isto é: na função de legislar, criar leis que possam mudar a vida do cidadão, o desempenho pode ser considerado muito ruim em uma capital, além de duas CPI's, a do transporte que não resultou em nada e a do lixo que esta caminhando pelo mesmo caminho que a primeira.

Durante esses quatro anos, os vereadores confrontaram-se diretamente com o eleitorado cuiabano, em especial com os estudantes e a juventude. O Passe-Livre foi duramente atacado, na tentativa de sua restrição, o decreto legislativo que propunha a redução da tarifa não conseguiu as assinaturas necessárias, enquanto isso a câmara de vereadores se comportava e ainda comporta-se como advogado dos empresários do transporte que devem mais de 110 milhões de impostos para o cofre municipal.

Mas Também sofreram duras derrotas para os Movimentos Sociais. O movimento Estudantil garantiu a permanencia do passe-livre , o Movimento Comunitário, derrubou o aumento do IPTU com a Lei de iniciativa popular, que conseguiu mais de 20 mil assinaturas.

Agora a Câmara de Cuiabá, tenta sobreviver a enxurrada de denúncias e investigações a que se tornou alvo por causa da gestão da ex-vereadora Chica Nunes (PSDB), atual deputada estadual. A ex-dirigente é acusada de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e coação de testemunha. O atual presidente, Lutero Ponce (PMDB), também esteve envolvido no caso, mas, conseguiu provar que apenas assinava os cheques sem saber do que se tratava.

É claro que nem todos os vereadores se compactaram com essas situações, como o caso do Ludio Cabral e Enelinda escala, ambos do PT e Luiz Poção (PP), que sempre se proporam a colaborar com os Movimentos Sociais. Mas de fato a Câmara Munical não representa nenhuma expressão politica na Capital, não reflete os anseios do Povo Cuiabano que não sente representado.

Todo candidato tem necessidade de sustentar um discurso – a um só tempo correto,coerente e permeado por propostas factíveis. Mais: é preciso difundi-lo em termos compreensíveis e capazes de atrair apoios e, se possível, emocionar o eleitor.
Um Candidato a vereador, mesmo quando eleito por uma fatia do eleitorado identificável social e geograficamente, estará na Câmara como representante de todos os munícipes – ou do povo, dos que vivem do seu trabalho. Isto significa que no exercício do mandato não poderá se negar a debater nenhum tema relativo à vida na cidade. Isso exige conhecimento dos problemas, preparação prévia.
Portanto, é hora de Mudar, é fazer com que a nossa Câmara Municipal saia desse mar de lamas que se encontra. É trazer a Câmara para perto do Povo, ou melhor, Colocar os filhos do Povo lá dentro através de candidaturas que represente os Movimentos sociais, que avance a luta Popular.
Isso não é uma formula, talvez um bom exemplo.
Ouse Fazer diferente, vote em um(a) Candidata(o) que seja de Toda Cuiabá.

24 de julho de 2008

PROSA@POESIA e etecetera e tal...

Espaço pra fuxico, desabafo, falar bonito
poetar, criar, tranformar, reproduzir, dedicar
pedir, explicar, brigar, questionar, concordar
responder, enviar, ou apenas ler.
Envie seu email.

AMÉRICA LATINA

Tantas vezes saqueada
Tantas vezes agredida

Que Galeano denunciou tuas veias abertas,
Tantas vezes saqueada,
Tantas vezes mutilada,
Que Niemeyer esculpiu
Uma mão aberta
Com uma fenda de sangue
Na palma.
Embora que sempre houve luta
Por mais que tenham sido violentas
As ditaduras.
Sempre houve resistência,
E da bravura persistente dos teus povos
E da ardente paciência
De que falava Neruda
E do sonho incandescente de teus heróis,
Da soma do teu passado
De lutas gloriosas
Com teu presente de levantes, marchas,
E rubras auroras
Os teus povos festejam o Ano Novo
Com a alegria das colheitas fartas.
E num Planeta tão ferido e conturbado
Chama atenção do mundo
A chama de esperança
Que se alastra pelo teu mapa.
O Sul é um norte

Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB. Publicou três livros de poemas: Os Sonhos e os Séculos(1991); Os Verbos do Amor &outros versos(1997) e As delícias do amargo & uma homenagem(2007).

23 de julho de 2008

SOY LOCO POR TI AMÉRICA : Universidade Federal da Integração Latino-Americana JÁ!!!

"Soy loco por tí, América"
Louco por teus sabores
Fartura que impera, mestiça mãe terra
Da integração das cores
Nas densas "Florestas de cultura"
Sendo firme, "sin perder la ternura"
Liberdade a construir
Apagando fronteiras, desenhando
Igualdade por aqui
Forte e unida
Feito o sonho do libertador
A essência latina é a luz de Bolívar
Para bailar "La Bamba", cair no samba
Latino-americano som No compasso da Felicidade
"Irá pulsar mí corazón"

["Soy Loco Por Tí, América: A Vila Canta a Latinidade", G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel, carnaval de 2006, de autoria de André Diniz, Serginho 20, Carlinhos do Peixe e Carlinhos Petisco.]

Uma forte reivindicação do movimento estudantil latino-americano é a inclusão, com caráter de prioridade, da pauta educacional na agenda da integração regional em nosso continente. Com o avançar do Mercosul muitos temas são impostos na ordem do dia, fundamentalmente os relacionados à integração econômica e comercial. Sob um ponto de vista estratégico necessita ganhar mais força a dimensão educacional, aliada a novas políticas culturais e científicas regionais.
Leia na integra o Artigo de Luciano Rezende >>>

Fidel Castro: A educação em Cuba

O líder cubano Fidel Castro escreveu mais uma de suas reflexões, na qual destaca o sistema educacional da Ilha e lembra que "nenhum país desenvolvido possui neste campo nossos índices de escolaridade e as possibilidades educacionais de todos os cidadãos, apesar do bloqueio injusto e o roubo descarado de braços, músculos e cérebros que sofre Cuba". "Os Estados Unidos e outros países ricos não podem sequer equiparar-se com o nosso. Têm, isso sim, muitos mais automóveis, gastam mais gasolina, consomem muitas mais drogas, compram mais quinquilharias e se beneficiam com o saque de nossos povos, como o fizeram durante séculos", acrescenta.

Leia na íntegra do texto, reproduzido pela União da Juventude Socialista:

19 de julho de 2008

Na semana passada, ocorreu a comemoração do aniversário da UBES em Mato Grosso, onde diversos debates e passagens nos colégios, lembraram da história e das lutas que a UBES já travou... Na sexta feira, ocorreu uma passiata no centro de cuiabá, para pedir aos governantes, que nessas eleições, eles façam um debate sobre educação, cultura, segurança e outros pontos, nas quais a juventude necessita. No domingo, com o 1º Forum de grêmios de Mato Grosso, uma carta foi lançada para a juventude Matogrossense, sendo feita pela a juventude que acompanhou os debates.
A união da Junvetude Socialista, divulga essa carta, para que todos os secundaristas e universitarios possam somar com essas propostas e com as batalhas que estão por vir...Vamos lutar por maiores direitos da juventude, pois se o presente é de luta, o futuro nós pertence!

A CARTA:

Movimento “Nada Se Constrói Parado”!

Somos estudantes dispostos a dar nossa contribuição para mudar nossas escolas e o Brasil. Com a convocação do Fórum de Grêmios, decidimos nos organizar no movimento “Nada Se Constrói Parado”. A mudança da realidade do Brasil só acontecerá com sua participação nesse grande movimento, ajudando a fortalecer o movimento estudantil em entidades que representem todos os estudantes brasileiros.
Leve essa experiência de volta para sua cidade e escola e venha com a gente para as ruas de Mato Grosso! Com sua ajuda conquistaremos uma nova escola e mudaremos a cara do Brasil.

O Brasil caminha rumo às mudanças!

Em outubro de 2006 Lula foi reeleito após um processo eleitoral acirrado, marcado por grande polarização de projetos para o País. A vitória de Lula representa o êxito de uma nova concepção de País – pautada pelas idéias de aprofundamento da democracia, de reforço da soberania nacional e de inauguração de um novo ciclo de desenvolvimento, com valorização do trabalho, geração de empregos, distribuição de renda e combate às desigualdades sociais.
Mas a oposição e a mídia burguesa trabalham unidas para atrapalhar os avanços, mantendo o governo na defensiva, impondo ao país um bombardeio de boatos e mentiras. Agora, os movimentos sociais precisam fazer seu papel e pressionar fortemente para que Lula com a aprovação popular e capital político que dispõe caminhe decididamente no rumo de mudanças mais profundas e estruturais.
Graças à nossa luta, os primeiros anos de Lula trouxeram muitas conquistas, tais como...

* Democratização do Estado e intenso diálogo com os movimentos sociais;
* Lançamento de conferências democráticas, como a conferência de juventude, da educação básica, cidades e meio ambiente;
* Geração de milhões de empregos com carteira assinada e aumento real do salário mínimo, tirando mais de 20 milhões da linha da pobreza, batendo assim a meta do milênio de redução da pobreza. A taxa de desemprego é a menor nos últimos 10 anos;
* Reduziu a vulnerabilidade externa do país;
* Política externa soberana;
* Programas sociais, como Bolsa Família e Luz Para Todos;
* Avanços na área educacional, como a ampliação de vagas nas universidades públicas com o REUNI, o ProUni, o PDE, o Fundeb, entre diversos outros;
* Oportunidades para a juventude, através de programas como ProJovem, Segundo Tempo, Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura), entre outros.
* Fim da DRU.

... Mas persistem insuficiências, que só serão superadas com muita luta:

* Juros altos;
* Elevado superávit primário (economia para pagar despesas da dívida pública);
* Política monetária de liberdade de câmbio, prejudicial à indústria nacional;
* Necessidade de reformas estruturais (agrária, política, urbana, educacional e tributária) que ajudem a distribuir renda e combatam as grandes mazelas nacionais;
* Monopólio dos meios de comunicação;

Assim como Nada Se Constrói Parado, compreendemos que os estudantes Mato-grossenses atuarão de forma decisiva nesse processo de conquista de um novo Brasil.

Nada Se Constrói Parado

Em todo o país os estudantes assumem o papel de protagonistas das mudanças. A UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) lança campanhas nacionais de construção de grêmios e de entidades municipais. Estas entidades defendem uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Porém, em Mato Grosso temos uma situação diferente. As entidades estudantis foram destruídas há algum tempo. Hoje não existem mais a ACES (Associação Cuiabana dos Estudantes) e nem a AME (Associação Mato-grossense dos Estudantes). Os grêmios estudantis foram desorganizados.
Para piorar a situação alguns oportunistas criaram entidades fantasmas que não organizam debates, não fazem lutas e votam contra o passe livre. São apenas fabricas de carteirinhas e pegam o dinheiro para o próprio bolso.
Compreendemos que o movimento estudantil tem que possuir instrumentos próprios de financiamento, como a carteirinha da UBES, porém somos contra entidades que nunca realizaram congressos e só existem no cartório, não tendo dialogo com os estudantes.
Assim o movimento “Nada Se Constrói Parado” compreende que temos que reorganizar a AME, e a construção da ACES e muitas entidades municipais em Mato Grosso, construindo um movimento organizado, independente, politizado e combativo.

Para isto Propomos:

· Reconstrução da ACES com a reformulação de seu estatuto;
· Reconstrução da AME e das demais entidades municipais de Mato Grosso, através de fóruns de grêmios e congressos;
· Lutar pela livre organização dos grêmios em todas as escolas, já garantida por lei, mas ainda não respeitada;
· Lutar pela garantia de espaço físico para os grêmios e entidades municipais;
· Filiação das entidades a UBES;
· Financiamento das entidades através da carteirinha da UBES;
· Derrubada da medida provisória 2208/01 que permite a fabricação de carteirinhas pelas entidades fantasmas.

Uma “nova escola” não se constrói parado!

Nos últimos anos assistimos assustados às avaliações educacionais em Mato Grosso. Tivemos avaliações muito negativas das nossas escolas. Vemos hoje os professores lutando contra esta situação e reivindicando justamente um aumento salarial.
Diante desta situação os estudantes não vão ficar parados diante desta situação. Temos que defender uma Nova Escola para mudar a educação de nossa juventude. A atual conjuntura nacional permite a proposição de passos mais ousados na construção de um novo projeto educacional.
Recentemente obtivemos grandes vitórias com a aprovação do governo federal de algumas bandeiras da UBES. O fim progressivo da DRU combinada com a aprovação da lei do FUNDEB irá garantir os investimentos necessários as nossas escolas. Outra grande vitória no plano curricular foi à inclusão da Filosofia e da Sociologia no ensino médio.
Vemos com grande entusiasmo a ampliação do ensino técnico federal com a ampliação dos CEFETs e da Escola Agrotécnica de Cáceres. Alem disso estamos vivendo o processo de criação de novas escolas em Juina, Barra do Garças, Pontes e Lacerda e Campo Novo do Parecis.
O aumento do acesso à educação superior também é uma realidade. A UFMT com a aplicação do REUNI teve recentemente aprovados novos cursos e diversas novas vagas. Além disso, ela ampliou o Campus de Barra do Garças, criou o Campus de Sinop e se prepara para a aprovação do projeto de criação da Universidade Federal de Rondonópolis.
Nas universidades federais outra grande vitória foi a aprovação do Projeto de Lei da reserva de vagas nas universidades públicas para estudantes oriundos de escolas públicas, considerando o sistema de cotas para negros e indígenas de acordo com o censo do IBGE de cada estado.
Assim temos uma situação favorável onde teremos que nos organizar para fazer as mudanças em Mato Grosso, travando lutas no sentido de garantir a valorização do ensino público com aumento das vinculações de recursos municipais e estaduais para a educação. Ao mesmo tempo em que temos que ampliar o debate sobre a educação básica.
O acesso e permanência do estudante na escola têm que ser mais bem debatido. Em Mato Grosso, o passe livre, existe apenas Cuiabá. Temos que articular ações em outras cidades, além de muitas vezes discutir o transporte coletivo municipal e intermunicipal.

Para isto Propomos:

· Defesa das bandeiras históricas da UBES pela construção de uma educação pública, gratuita e de qualidade;
· Defesa do Passe Livre nas demais cidades do Estado e Ampliação em Cuiabá;
· Ampliar o debate sobre a educação básica e a Nova Escola em Mato Grosso;
· Reivindicar o maior acesso e permanência ao ensino superior e técnico;
· Contra propostas de redução da maior idade penal ou que trate a juventude como um problema policial;
· Aumento de verbas para investimentos em infra-estrutura, equipamentos e valorização dos professores;
· Promoção da inclusão digital através da instalação de computadores conectados à internet nas escolas públicas; apoio à proposta de distribuição popular de laptops;
· Ampliação e melhoria dos programas de distribuição do livro didático;
· Participação da Comunidade nas políticas Educacionais escolares;
· Retirada da DRU da Constituição;
· 10% do PIB para a Educação
· Gestão Democrática nas Escolas;
· Eleições diretas para Diretor;
· Orçamento Parcipativo na escola;
· Liberdade de Movimentação Estudantil
· Garantia de Avaliação Justa para membros do Grêmio Estudantil;
· Formação não só de professores, mas sim de Educadores;
o Melhor Valorização e qualificação para os professores do ensino básico, garantindo uma melhoria das aulas tornando-as mais atrativas.
· Criação de cursos Pré-Vestibulares públicos e Gratuitos.
· Criação e Fortalecimento das APEM (Associações de Pais, Estudantes e Mestres).
· Para a Juventude Educação e não Cadeia – Contra a Redução da Maioridade Penal.
· Melhor Capacitação aos Professores de educação Física, fomentando a realização de aquecimento e alongamento antes da atividade física. Além de atividades dinâmicas e interativas.
· Obrigatoriedade das Aulas Teóricas sobre a História, regras dos esportes, Prevenção e manutenção da Saúde.

Se a juventude é levada a sério, o futuro nos pertence!

Os jovens compõem o segmento populacional mais vulnerável na sociedade. Hoje convivem diariamente com a exposição às drogas e à violência. Nossa juventude sofre hoje um verdadeiro processo de extermínio, derivado de um sistema injusto e excludente. Por isto o movimento “Nada Se Constrói Parado” considera de extrema importância à efetivação de avançadas Políticas Públicas de Juventude.
Em 2005 foi criada a Secretaria Nacional de Juventude, que já conta com várias ações e com um Conselho Nacional de Juventude em plena atividade. Este ano tivemos uma grande vitória com a conferencia nacional de juventude, a aprovação do Plano Nacional de Juventude, do Estatuto e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Juventude. Porém temos que cuidar para que todas as nossas demandas sejam atendidas.
Por isso propomos:
· Estímulo ao fortalecimento das organizações juvenis existentes, respeitando sua autonomia;
· Construção de conselhos municipais de juventude com ampla participação dos movimentos estudantis e juvenis.
· Criação de secretarias municipais de juventude com destinação orçamentária própria;
· Instalação de Comissões Especiais de Políticas de Juventude nas Câmaras Municipais para debater questões sobre a realidade dos jovens brasileiros, bem como projetos e programas ligados à juventude;
A educação vai muito além da sala de aula!
É fundamental que, o jovem, independente de sua classe social, tenha acesso a cultura, esporte e lazer para a sua formação. Para que isso aconteça, a escola e o poder público precisam oferecer condições favoráveis.
Por isso o movimento “Nada se constrói parado” defende a democratização do acesso, da produção e da difusão dos bens culturais e esportivos, com incentivo às expressões e iniciativas juvenis que estejam fora da lógica do mercado.
É para isso que propomos:
· Investimento de 2% do PIB para financiar a cultura;
· Desenvolvimento de campanha entre os jovens para a preservação do patrimônio cultural do município, do estado e do país (conjunto arquitetônico, obras de arte, meio-ambiente, documentos escritos, imagens, danças, músicas, lendas, estórias infantis, etc.);
· Ampliação do Programa Cultura Viva (Pontos de Cultura), do Ministério da Cultura;
· Criação e manutenção dos espaços públicos destinados às práticas culturais e esportivas, como os teatros de arena, ciclovias, pistas de skate;
· Aumento do tempo de permanência do aluno na escola, com o desenvolvimento e ampliação de programas como o Segundo Tempo, do Ministério do Esporte;
· Construção de ciclovias, pistas de skate e de caminhada.
· Implantação de programas orientados de atividade física e ginástica, que sejam oferecidos gratuitamente à população;
· Modernização e ampliação das bibliotecas públicas;
· Incentivo aos jogos e olimpíadas escolares;
· Concessão de bolsas para os jovens atletas;
· Fortalecimento das práticas esportivas e culturais nos assentamentos rurais e em todas as formas de organização popular e comunitária;
· Abertura das escolas nos finais de semana, com programações esportivas, culturais e recreativas voltadas à comunidade.
Os Estudantes Sem Preconceitos, na Construção de uma Nova Sociedade!
· Criação de um cargo dentro dos Grêmios Estudantis voltado ao Combate de todos os Preconceitos.
· Criação de um Dia Nacional de Lutas da UBES contra os Preconceitos.
· Fomentar Debates em todos os Fóruns da UBES acerca do combate aos Preconceitos.

Apóiam estas propostas:

Rarikan Heven – 1° Diretor de Políticas Institucionais da UBES
Felipe Lima Vieira – Vice Presidente da UBES Centro Oeste
Pablo Rodrigo – Vice Presidente da UNE MT/MS
Grêmio Estudantil Nilo Povoas (GENPO)
Grêmio Estudantil São Gonçalo
Grêmio Estudantil Tiradentes (GET)
Grêmio Estudantil Maria Hermínia Alves
Grêmio Estudantil Onze de Março – Cáceres (GEOM)
Grêmio Estudantil União e Força – Cárceres
Grêmio Estudantil Revolução Gremista – Jangada
Jhone de Souza Pereira – Escola Albert Einstein de Guarantã do Norte
Alunos da Escola Agrotécnica de Cáceres
Professor Rogério – Militante do Movimento LGBTT
Professora Rubiane - Jangada

18 de julho de 2008

QUESTÃO DA AMAZÔNIA TAMBÉM É IDEOLÓGICA


Com o objetivo de refletir sobre a polêmica questão da Amazônia, a Fundação Maurício Grabois promoveu na última quarta-feira (16/07), no âmbito da 60º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o debate “Amazônia: soberania e desenvolvimento sustentável”. Realizado em parceria com os sindicatos dos professores de Campinas e dos trabalhadores da Unicamp, o evento reuniu, no auditório da Faculdade de Educação da Unicamp (universidade que sedia a 60º SBPC), mais de 100 pessoas entre professores, estudantes, pesquisadores, militares e gestores públicos, muitos deles oriundos da região amazônica.

17 de julho de 2008

Ato contra Gilmar Mendes

Meus amigos e minhas amigas:
Estou participando da mobilização nacional para o ato de repúdio a Gilmar Mendes, convocado pelo blog Cidadania.Com (http://www.edu.guim.blog.uol.com.br/).
Gostaria de contar com a participação daqueles que entendem que o que o presidente do Supremo fez foi um ato contra a democrácia e mais um lance na sua conduta de defesa dos poderosos.
Minha proposta é nos reunirmos no próximo sábado, às 10 horas, na Praça Alencastro, em frente a prefeitura.
Quem se dispuser a comparecer, por favor, confirme a participação respondendo a este email.
Abraços

10 de julho de 2008

9 de julho de 2008

Correios de MT aderem a Greve Nacional


Carteiros param em MT

Depois de oito dias de hesitação, sindicato da categoria Decide aderir ao movimento; correspondências vão atrasarDANA CAMPOSDa Reportagem
Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso aderiram oficialmente ontem à greve nacional da categoria, que já dura oito dias. Dos sete centros de distribuição de domiciliar (CDD) de Cuiabá e Várzea Grande, local onde os carteiros fazem a separação das correspondências e sua distribuição, três deles - CPA, Coxipó e Vista Alegre - tiveram as atividades parcialmente interrompidas. A paralisação deve atrasar a entrega de correspondência.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Mato Grosso (Sintect), Francisco da Silva Adão, o movimento está ganhando força. Segundo ele, o Estado não tem histórico de adesão imediata. “A categoria geralmente sente como estão as manifestações pelo país. Depois adere”. De acordo Adão, além dos carteiros dos CDDs de Cuiabá, os de Várzea Grande, Cáceres, Rondonópolis, Barra do Garças e Sinop deverão integrar o movimento ainda hoje.
O diretor regional dos Correios em Mato Grosso, Nilton do Nascimento, classificou a atitude dos sindicalistas de “incoerente”. Segundo ele, o Sintect está agindo de forma “descompromissada com a coletividade”. O diretor explicou que o sindicato exige um aditivo em cima do salário de cada servidor, independente do tempo de serviço. “A empresa estudou a possibilidade e verificou que haveria um prejuízo salarial da grande maioria dos funcionários. Então ficou decidido pela equiparação salarial, onde foi pago a cada servidor um adicional de R$ 260. A categoria considerou que dessa forma foi melhor para todos. Por isso, a pouca adesão ao movimento”, destacou Nascimento.
Desde o dia dois deste mês, o sindicato vem anunciando a greve em Mato Grosso. No entanto o movimento foi adiado para a última sexta-feira, e somente ontem, parte dos carteiros da empresa aderiu à greve. Segundo Adão, todo esse atraso foi devido ao “detalhe jurídico”. Conforme ele, a entidade “esqueceu” de oficializar junto à empresa um documento informando a posição da classe.
As reivindicações da categoria são a adoção de um novo Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), mudanças na forma de distribuição da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e o cumprimento do termo de compromisso que garante adicional de 30% sobre o salário.

Matéria publicada na edição 12158 em 09/07/2008 no Jornal Diário de Cuiabá

A Presidente Municipal da UJS de Cáceres destaca que o racismo diminue o acesso da população negra ao SUS

Racismo na assistência dos serviços e saúde: Atitudes discriminatórias dificulta o acesso da população negra ao SUS.

SUS e Políticas Públicas de Saúde.

A década de 1990 consta de um grande marco na saúde, onde traz significativas mudanças com a implementação do SUS.O Programa de Políticas Publica está especificamente preocupado com o primeiro nível de acesso e de contato da população com o sistema de saúde, com isso integra-se os princípios básicos de saúde:
Universalidade: Universalidade como sendo um direito de todos os cidadãos à saúde, um direito ao atendimento a qualquer nível de atenção, sem qualquer tipo de discriminação, onde todos têm direito e cabe a autoridade o dever e a garantia deste direito de acesso.
Eqüidade: Todo o cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades, o serviço de saúde devem saber quais são as diferenças dos grupos da população e trabalhar para cada necessidade, oferecendo mais a quem mais precisa, diminuindo as desigualdades existentes.O SUS deve tratar desigualmente os desiguais.(ALMEIDA, et al,2001,p.35).
Integralidade: Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como um ser integral,submetido às mais diferentes situações de vida e de trabalho,que levam a adoecer e a morrer.O Indivíduo deve ser entendido como um ser social,cidadão que biológica,psicológica e socialmente está sujeito a riscos de vidas.Dessa forma,o atendimento deve ser feito para a sua saúde e não somente para as suas doenças.Isso exige que o atendimento seja também para erradicar as causas e diminuir os riscos,além de tratar de danos,ou seja, é preciso garantir o acesso à ações de:Promoção,Proteção e Recuperação.(ALMEIDA, et al, 2001).


Políticas Públicas de Saúde Integral da População negra.


A Primeira experiência de inclusão de questões raciais na área da saúde em ações governamentais teve início na década de 80 com a contribuição do Movimento Negro em São Paulo, e outros estados e municípios buscaram institucionalizar através da secretaria de saúde .
O movimento Negro Em 1995, através da marcha zumbi dos Palmares contra o racismo, enfatizou a importância de se trabalhar a saúde da população negra.Através das suas reivindicações fez com que o governo federal instituísse por decreto presidencial um Grupo de Trabalho Interministerial Para a Valorização da População Negra/GTI, cujo sub-grupo saúde, procurou implementar as recomendações do movimento negro.
Nota-se que apesar do Brasil ser um país miscigenado, contando com mais de 40% da sua população afro-descendentes, somente em anos recentes observa-se o início de estudos e ações voltadas a população negra na área da saúde.
O Perfil epidemiológico da população negra é marcado por singularidades, tanto do ponto de vista genético, como das condições de vida que geram diferenças no processo de adoecimento, cura e morte.(BARBOSA, Maria Inês da Silva; FERNANDES, Valcler Rangel,2004).
“Os negros incluindo os pardos e pretos, representam 45% da População; Corresponde a 65% da população pobre e 70% em extrema pobreza; O Risco de uma criança parda ou preta morrer antes dos 5 anos de idade por doença infctocontagiosa parasitária é 60% maior do que uma criança branca e por desnutrição é de 90%;O risco de morte por Tuberculose é 1,9 vezes para as pessoas pardas e 2,5 vezes para as pessoas pretas.”
Trabalhar saúde da população negra, é avaliar a forma de atendimento que esta população esta recebendo, a assistência, a chegada desta população aos serviços de saúde,as políticas implementadas para que possam diminuir ou amenizar as doenças decorrentes desta população.

Segundo a coordenadora da Organização não governamental, Lúcia Xavier,a discriminação da população negra ocorre desde a sua chegada ao serviço de saúde até a realização de exames e outros procedimentos.Lúcia, que também faz parte do Comitê Técnico de Saúde da População Negra, vinculado ao Ministério da Saúde, citou pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Prefeitura do Rio na qual fica demonstrado que mulheres negras recebem menos anestesia do que as brancas na hora do parto “As parturientes acabam recebendo menos anestesia, porque se acredita que as mulheres negras seguram mais a dor. Então, a seleção de quem vai receber uma medicação, independe de ser uma prescrição, tem a ver também com o olhar que se tem sobre a mulher negra” argumentou Lúcia, para ela, tal tipo de prática tem relação direta com a mortalidade materna, cujos índices nacionais para as mulheres negras estão acima dos registrados para as brancas.Os negros têm dificuldade de acesso aos serviços de saúde não só do acesso físico, mas em relação à quantidade de consultas ou tratamento de qualidade.

Atitudes Discriminatórias por Profissionais da Área da saúde dificulta o acesso da população negra ao SUS.

A deficiência na assistência influencia em um diagnóstico preciso e causa o distanciamento do cliente aos serviços de saúde, que por conta do mau atendimento recebido evita tratar ou informar-se de doenças que são prevalentes em sua comunidade.
Estudos em diversas áreas de atendimento ao SUS, mostram um maior índice de discriminação e falta de cordialidade para com a população negra, iniciando com a recepcionista na sua chegada até a ineficácia do atendimento médico.
Dados da pesquisa nacional sobre Discriminação Racial e Preconceito de cor no Brasil,realizada pela Fundação Perseu Abramo e Instituto Luxemburgo Stufting em 2003,revelam que 3% da população brasileira já se percebeu discriminada nos serviços de Saúde.Entre as pessoas negras que referiram discriminação, 68% foram discriminadas no hospital, 26% nos postos de saúde e 6% em outros serviços não especificados.
Ao entrevistar usuários e usuárias portadores de hipertensão arterial essencial, atendidos em serviços públicos do município do Rio de Janeiro, Cruz(2004) observou que,embora a significância estatística tenha sido observada apenas em relação não cordial oferecido ao brancos pelo médico cardiologista,os negros relataram com maior freqüência tratamento desigual.A falta de cordialidade por parte dos recepcionistas foi citada por 4,5% dos brancos e 13,3 dos negros; por parte do(a) auxiliar de enfermagem, 4,5 para os brancos e 5,4 para os negros ;por parte do(a) clínico geral,4,5% entre os brancos e 13,3% entre os negros.(LOPES, Fernanda).
Algumas medidas auxiliam na diminuição da descriminação nos Serviços de Saúde como as pesquisas referentes à Saúde da População Negra, desenvolver ações específicas para as doenças de maior prevalência, capacitar profissionais da saúde e estimular a população negra a denúncias quando estas se sentirem descriminados ou constrangidos diante de uma atuação do profissional da saúde.


Aline Figueiredo de Oliveira - Acadêmica de enfermagem da UNEMAT, militante do
NEAB- Nucleo de Estudo Afro Brasileiro e Presidente municipal da UJS- cáceres

A GLOBO É O PRINCIPAL CACIQUE DO PIG ( Patido da Imprensa Golpista)

A Globo mais uma vez demonstra a sua parcialidade diante dos fatos politicos do País. A Mirian leitão que não cansa de atacar os movimentos sociais ( principalmente a UNE), agora tenta ligar o caso Dantas ao mensalão para atrelar o caso ao governo.
No Sitio de Paulo Henrique Amorim - conversa afiada- ele narra essa trajetória golpista da Mirian leitão.

Paulo Henrique Amorim

DANTAS: POR QUE MIRIAM QUER QUE A ORIGEM SEJA O MENSALÃO ?

Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista


O EQUIVOCO HISTÓRICO DO ANARQUISMO


Anarquismo, uma teoria particular que pretende suprimir não o capital e, consequentemente, a luta de classe entre capitalistas e assalariados, que surgiu no curso da evolução social; o que quer eliminar é o Estado. O poder do Estado e apenas a organização que as classes dominantes, proprietários, latifundiários e capitalistas articularam para preservar seus privilégios. O Anarquismo acredita que o Estado criou o capital e que o capitalista detém seu capital somente graças ao Estado. Já que o mal maior é o Estado, raciocina eles, é necessário, em primeiro lugar, suprimi-lo; a seguir, o capital desaparecerá por si mesmo. Engels diz o contrário: suprima o capital, a concentração dos meios de produção em poder de poucos e o Estado desaparecerá. A diferença é grande: a supressão do Estado sem uma prévia modificação radical da sociedade é um absurdo. A supressão do capital é precisamente uma revolução social e implica numa transformação total da produção. Mas como, para os anarquistas o Estado é o mal em primeiro lugar, é necessário não fazer nada que possa manter o Estado. É preciso, pois, abster-se completamente da política. Deve-se fazer propaganda, denegrir o Estado, organizar-se; quando se tiver o apoio de todos os operários e, consequentemente, da maioria, fechar-se-ão todas as administrações e suprimir-se-á o Estado para substituí-lo pela organização Internacional. Este grande ato pelo qual se inaugurara a era da felicidade, Engels denomina de: a liquidação social.
Tudo isto parece tão radical e tão simples que pode ser aprendido, de cor, em cinco minutos, e esta e a razão pela qual a teoria Anarquista encontrou rapidamente adeptos entre jovens pequeno-burguês, doutores e o outros doutrinários burgueses. No entanto, jamais se conseguirá convencer as grandes massas operárias de que as questões públicas dos seus paises não são também questões suas. Elas são políticas por temperamento e, por fim, afastar-se-ão de quem lhes prega abstenção política. Pedir aos operários que se abstenham da política e, em qualquer circunstancia, joga-los nos braços dos padres ou dos republicanos burgueses.
Acreditamos assim como Marx e Engels, que a dissolução gradual e, definitivamente, a desaparição da organização política denominada Estado – organização que sempre teve como tarefa principal assegurar, através da força armada, a tutela econômica da maioria dos trabalhadores pela minoria dos proprietários. Desaparecendo esta minoria, desaparece a necessidade de uma força estatal armada que serve as finalidades da repressão.
Os Anarquistas invertem o problema: afirmam que a revolução proletária deve começar pela eliminação da organização política do Estado. Ora, após a vitória do proletariado, e justamente o Estado que representa a única organização que a classe operaria triunfante encontra para utilizar. É verdade que, para o desempenho de novas funções, o Estado exige importantes modificações. Mas destruí-lo completamente neste momento equivaleria a destruir o único aparelho como o apoio do qual o proletariado vitorioso pode assumir o poder que acaba de conquistar, reprimir seus inimigos capitalistas, e realizar a revolução econômica da sociedade, sem a qual a sua vitória transformar-se-ia inevitavelmente num fracasso e no extermínio maciço dos operários, como ocorreu na Comuna de Paris.




(Com base nos manuscritos de F. ENGELS)

8 de julho de 2008

Presidente da UJS destaca conquistas do Movimento Estudantil


Dias de grandes conquistas


Os últimos dias têm sido marcados por boas notícias para a educação em nosso país: Piso nacional para os professores, fim da incidência da DRU nas verbas da educação, aumento de 133% da produção científica, além da implantação do Reuni que tem ajudado na expansão do ensino superior brasileiro.
Foi aprovada pelo senado a promessa da campanha presidencial de 2006 com relação ao piso salarial nacional de R$ 950,00 para professores do ensino básico. A proposta depende agora de sanção do Presidente Lula, a partir daí os professores que ganharem menos do que o piso receberão um terço da diferença neste ano, outro terço em 2009 e mais um em 2010. A expectativa é que 1,5 milhão de professores sejam beneficiados com a medida.
Essa é uma ação de grande importância para acelerarmos a construção de um projeto de país que dê à educação o tratamento que é devido. Não é possível conceber uma educação de qualidade com salários tão baixos como os que são praticados em várias partes do país. Sabemos também que apenas os aumentos salariais não resolverão por si só a situação calamitosa na qual a educação brasileira se encontra, contudo, afirmamos que estamos, nesse momento, dando um grande passo.
A construção de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade depende, sobretudo da capacidade da sociedade e dos governantes de perceberem que é mais do que necessária a construção de uma profunda reforma do nosso sistema educacional. Uma reforma que elabore métodos pedagógicos eficazes, que possa ampliar ainda mais os investimentos, incentivar e fortalecer a participação da comunidade, investir na formação e na qualificação dos professores e equipar nossas escolas com material capaz de colocar os milhares de jovens em contato com as novas tecnologias.
E para garantir tudo isso ter profissionais bem pagos é fundamental. Um piso salarial dará aos docentes o testemunho do valor que a sociedade confere a sua profissão e representa o início da construção de um processo de valorização do magistério. Nesse sentido nosso objetivo deve ser garantir as condições para construir uma carreira digna para atrair bons profissionais.
Ainda no sentido de garantir mais verbas para a área da educação podemos comemorar o resultado da votação no Senado da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que acaba com incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre os recursos da educação, o que poderá representar um aumento de sete bilhões no orçamento da educação.
Essa proposta foi aprovada por unanimidade em segundo turno e seguirá agora para a Câmara dos Deputados. A PEC prevê que a desvinculação será gradativa a partir de 2009 e sua suspensão em 2011. Vale lembrar que a DRU é um mecanismo que garante ao governo federal gastar 20% de qualquer arrecadação sem justificar a destinação dos recursos. Ou seja, com a aprovação dessa nova PEC o governo não poderá mais mexer nas verbas destinadas à educação.
Outra boa notícia a ser comemorada é a confirmação do aumento da produção científica aqui no Brasil. Medida em números de artigos publicados em periódicos internacionais, a produção científica brasileira cresceu 133% nos últimos 10 anos.
Dentre os países chamados "em desenvolvimento" o Brasil só não cresceu mais do que a China que por sua vez quadruplicou a publicação de artigos. Com esse resultado o Brasil segue ocupando o 16º lugar em um ranking que lista 233 países. Esse desempenho de 2007 representa mais da metade de toda a produção científica da América Latina.
Por fim podemos falar de vitórias também na luta pela expansão da educação superior. Depois de muitos debates começamos a colher os frutos por ter apoiado e aprovado em várias universidades o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e a expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica.
O Reuni é uma vitória dos que defendem a expo crescimento e a democratização das universidades. Por causa dele foram aprovados, também no Senado Federal, dois Projetos de Lei que criam cerca de 50 mil cargos em Instituições Federais de Educação Profissional Tecnológica e de Ensino Superior. Essas vagas serão abertas ao longo dos próximos três anos e segundo o Ministério da Educação, a criação dos novos cargos visa dar suporte a implementação do Reuni.
Ainda estamos longe de alcançar o modelo educacional que buscamos, contudo, nunca é demais afirmar que os dias de hoje em nada nos lembra a situação vivida por nós antes de 2002.
Não queremos parar por aí. Para que o Brasil possa continuar nesse rumo é preciso que o Governo Lula continue fazendo sua parte. É necessário que faça a sanção do piso nacional do professor, assim como apoiar na Câmara dos Deputados o fim da DRU na educação.
Marcelo Gavião - Presidente Nacional da UJS
"Coisas"

"Nós não achamos que o mundo se move sozinho. A juventude vive do jeito que vive porque homens e mulheres construíram a história do Brasil e do mundo. Quando entramos na UJS, tomamos a decisão de amar este país. Esta é a escola do socialismo, a escola para se tornar verdadeiramente um ser humano (Manu)

Não basta olhar o mapa do brasil.
É necessario andar sobre ele,
sentir de perto as angustia do povo,
suas esperanças,
suas histórias e
sua fé no destino da nacionalidade!


" somos educados nos guetos
somos do mato, da goela do futuro
com direitos escritos no papel
com direitos mofados na vida real
somos juventude educada nas escolas
nos papiros, na televisão há outra face
que se aprendeu na rua a garimpar solidão
porém, as entrelinhas revelam
que a esperança não morre jamais.
e é por isso que as águas do rio não esquecem
o rumo do mare a esperança é uma jovem criança
educada pra não se calarao ver flores tristonhas na sala
ao ver mãos estendidas na praça
aí então nossos olhos são réstias de luz
que se rendem a força do bem
ao lutar por um mundo melhor".
(ronaldo muniz)

3 de julho de 2008

Fidel Castro: da revolução até hoje

Fidel Alejandro Castro Ruz, nasceu no dia 13 de agosto de 1926, no povoado cubano de Birán (província de Holguin). Seu pai, Ángel Castro Argiz, era um agricultor neste povoado. Em 1956, Fidel Castro comandou ao lado do Ernesto "Che" Guevara, uma revolução que culminou com a destituição do ditador, em 1º de janeiro de 1959. Os objetivos da revolução consistiam em conduzir Cuba à democracia, à libertação social e à autonomia nacional.

Com o passar do tempo, Fidel foi dando à revolução uma orientação marcante de socialismo de Estado. Introduziu, com êxito, amplas reformas, que geraram importantes conquistas como o fim do analfabetismo, o estabelecimento de um sistema social, a assistência médica gratuita, e a expropriação dos latifúndios.Em 1961, Fidel declarou oficialmente Cuba como Estado socialista. No mesmo ano, os Estados Unidos cortaram relações diplomáticas e iniciaram um embargo econômico extremo à Cuba, que dura até hoje.

Em abril de 61, milhares de exilados auxiliados pelos EUA tentaram derrubar o regime cubano. Porém, sua investida à Baía dos Porcos foi derrotada pelas forças castristas. Vale lembrar que os EUA tentaram por várias vezes assassinar Fidel Castro, com medo do crescimento da força comunista no mundo. Mesmo com a queda da URSS, grande apoio de Cuba à epóca, e o embargo dos EUA, Fidel conseguiu governar Cuba.

Conseguiu acabar com o analfabetismo, tornar Cuba exemplo mundial em educação e implantar o melhor sistema de saúde pública do mundo.Após 49 anos à frente de Cuba, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Castro abdicou ao direito de ser votado no processo eleitoral cubano. Há então uma ofensiva da mídia burguesa para distorcer os fatos de sua saída, dizendo que Fidel renunciou ao cargo de presidente. Isso comprova a força de Fidel Castro e o incomôdo que o mesmo causa para os setores conservadores mundias, pois até quando Fidel se prepara para sair do campo político por motivos de saúde, a midia burguesa o persegue através de uma tentativa falhida de menosprezar o grande ícone revolucionário.

E para terminar este artigo, nada melhor do que essa frase dita por Fidel Castro: "Em vez de nos agredirem como nos agridem, por que é que não fazem simplesmente uma pergunta: como é possível que Cuba em 30 anos tenha feito o que a América-Latina não fez em 200 anos?"

* Este artigo foi escrito por Daniel Carvalho, membro da direção municipal da UJS Campos.

2 de julho de 2008

NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DO CAMARADA CARLOS REINERS

"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis."
Bertold Brecht.

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e a União da Juventude Socialista (UJS), manifestam profundo pesar em face do falecimento do querido camarada Carlos Reiners. Ao mesmo tempo, externa sinceras condolências aos familiares e amigos enlutados.

Filho do alemão Karl Heinrich George Reiners e de dona Maria Leopoldina de Almeida, Carlos Jorge Reiners nasceu em 1933 na fazenda Corixo, em Santo Antônio de Leverger. Ele ficou conhecido como "o último comunista convicto do Pantanal", conforme registrado pelo cineasta Amauri Tangará em documentário, ou por "Guevariano Cuiabano" na tese de monografia do historiador Jeferson Lobato.

Carlos Reiners soube da notícia do golpe militar de 1964 no início da noite de 29 de março. A Rádio Tupi informava que as tropas de Minas Gerais marchavam para a capital Federal e que o presidente João Goulart não iria oferecer resistência. Em uma reunião naquela mesma noite, os comunistas de Mato Grosso decidiram que ao menos eles resistiriam de algum modo.

No dia seguinte fizeram uma reunião à luz do dia para organizar uma resistência armada em Rondonópolis. Na madrugada do dia 31 de março, Reiners e mais 15 pessoas dirigiram-se para Jaciara tendo ao seu encalço 250 soldados deslocados de Cáceres especialmente para acabar com o movimento. O grupo tinha um acerto com um sargento do Exército em Campo Grande, que forneceria as armas para eventuais conflitos, mas ele foi morto no mesmo dia do golpe. A luta dos comunistas de Mato Grosso passou a ser, então, para se esconder e sobreviver no meio do mato.
Recebiam, porém, o apoio de lideranças das comunidades onde passavam. Alguns até passaram a engrossar o grupo. No entanto, um dos integrantes incumbido de fazer contato com o sargento assassinado, foi capturado pelo Exército e, sob tortura, acabou dando a direção dos resistentes. Agora eles não podiam nem parar para descansar. Depois de atravessar o rio São Lourenço, o grupo se espalhou, só voltando a se juntar na prisão do 16º Batalhão de Caçadores, em Cuiabá, onde chegaram a ficar presos 250 pessoas. Reiners foi preso assim que voltou para casa, depois de ficar mais de 24 horas correndo, sem ter o que comer. Na prisão, serviram-lhe uma refeição apenas no terceiro dos mais de 100 dias em que lá ficou.
Defensor do comunismo, foi torturado nos porões da ditadura, Carlos Reiners conheceu Che Guevara, numa possível passagem dele por Cuiabá a caminho da Bolívia. Ele foi o primeiro mato-grossense oficialmente reconhecido como vítima do regime militar, porém não chegou a receber indenização como anistiado político, mais jamais se curvou ante a ação dos órgãos de repressão e dos poderosos. Como professor, Reiners, que morava no distrito de Mimoso, formava cidadãos. Ele também ensinava noções de política e cidadania, sentado perto do pé de tarumã de sua chácara.

Temos plena convicção que o seu legado continuará em nossos corações e mentes, servindo de inspiração para a atual e futuras gerações de lutadores por um Brasil livre, democrático e socialista e por um mundo onde a miséria e a opressão sejam apenas cicatrizes da História.

Obrigado, Professor Carlos Reiners!