4 de janeiro de 2009

Carta feita durante o 14º Congresso da UJS, em SP

Somos a juventude que se indigna contra qualquer injustiça cometida em qualquer parte do planeta. E vivemos uma época em que as injustiças são tantas que é preciso mudar o mundo.

O capitalismo massacra a nossa juventude, povo e destrói a natureza: a barbárie capitalista, a guerra, a exploração e o consumismo são as maiores razões da infelicidade e ameaçam a própria vida na Terra.

Por isso tudo, e graças às lutas dos que nos antecederam, assumimos para nós o desafio que a História nos legou: somos a geração das mudanças no Brasil.

Filhos (as) das lutas contra a ditadura e da resistência ao neoliberalismo, a maioria de nós ingressou na luta após a vitória de forças progressistas com a eleição de Lula – um período de maior democracia e conquistas do povo brasileiro, conquistas que defendemos e aprofundaremos.

Abraçamos com honra a oportunidade que nos foi dada pela História de sermos a geração a enterrar definitivamente o neoliberalismo neste país. Com a nossa militância diária, pelo nosso amor ao Brasil e ao povo, por todas as vítimas do capitalismo, assumimos nosso posto de combate na luta da Nação para que a triste noite neoliberal jamais volte a dominar nosso país.

Nossa luta é um importante capítulo da história que o povo trava em todo o mundo dos milhões de jovens, como nós, que se levantam contra o imperialismo e suas guerras. Em especial na América Latina, temos vencido a direita neoliberal e, em uma incrível sintonia, a Argentina, a Bolívia, o nosso Brasil, a indomável Cuba, o Equador, a Nicarágua, o Paraguai, o Uruguai, a Venezuela reescrevem os sonhos de Simon Bolívar, José Martí, José Bonifácio, Tiradentes, Castro Alves e Che Guevara, de libertar nossa América da dominação das grandes potências.

E é com a rebeldia desses próceres que alertamos às forças imperialistas que a América Latina não é quintal de ninguém. Defenderemos unidos a nossa soberania e a nossa Amazônia. E a forma mais concreta desta defesa é avançar na integração latino-americana que está ao alcance de nossas mãos.

Para concretizar tamanhos objetivos, esta nova geração de militantes da UJS é chamada a iniciar uma nova fase, ao consolidar os êxitos do relançamento. A UJS caminha a passos largos para uma maior consolidação orgânica, o enraizamento de seu trabalho através dos núcleos e direções municipais e estaduais, a diversificação, com o fortalecimento das frentes, o avanço no movimento estudantil e mais atenção ao movimento estudantil secundarista, o impulso na organização da juventude trabalhadora, a luta contra quaisquer formas de opressão e discriminação.

O Brasil é um país imenso e complexo e é necessária uma tática ousada que una todos aqueles que defendem o Brasil para que possamos definitivamente romper as cadeias da especulação financeira que ainda nos limitam. Isto só se fará com o protagonismo político da juventude brasileira e a nossa disposição em unir todas as juventudes que lutam para derrotar o neoliberalismo.

Para isto precisamos construir uma UJS ainda maior, mais influente, diversificada, de massas, uma UJS que fale para toda a juventude brasileira. Somos a escola do Socialismo. E, como aprendemos com o Che, “deveremos ser a vanguarda de todos os movimentos, os primeiros a estar dispostos para os sacrifícios que a revolução demande, qualquer que seja a sua natureza: os primeiros no trabalho, os primeiros no estudo, os primeiros na defesa do país. E para isto temos que nos colocar tarefas reais e concretas, tarefas que são do trabalho cotidiano que não podem admitir o menor vacilo”.

Estas lições aprenderemos juntos na UJS, fortalecendo a capacidade de transmitir à nossa militância e a toda a juventude os valores e a tecnologia social que desenvolvemos ao construir esta que é a maior organização socialista do Brasil. A consolidação deste amplo movimento com a cara do Brasil atinge um novo patamar com nossos 130 mil filiados que falarão para toda a juventude brasileira, traduzindo através de múltiplas linguagens a mesma mensagem socialista.

O Brasil contribuirá de maneira decisiva para construir um futuro de paz e solidariedade, de dignidade para todos (as), superando as trevas do capitalismo.Todo (a) revolucionário (a) é movido (a) por grandes sentimentos de amor, como nos ensinou Ernesto Che Guevara, cujo nascimento, há oitenta anos, celebramos dando a esse Congresso o seu nome, incorporando sua imagem ao nosso símbolo, seguindo sua mensagem emancipadora.

Nele nos inspiramos para dizer em alto e bom som: nosso presente é de luta e o futuro nos pertence!

Hasta la Victoria, siempre!

São Paulo, 15 de junho de 2008

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